Janine Moraes/CB/D.A Press - 24/11/13 |
Os dois agentes de atividades
penitenciárias que deveriam fazer a escolta de presos no Hospital Regional do
Paranoá deixaram o colega sozinho na cela para almoçar. Dos cinco servidores
escalados para o trabalho, segundo as regras, pelo menos três deveriam ficar o
tempo todo na ala conhecida como “papudinha”. Os outros dois fariam o
revezamento. Além dessa irregularidade, o agente penitenciário da Polícia Civil
do DF se arriscou ao retirar as algemas do preso que pediu para ir ao banheiro.
A falha, por pouco, não custou a vida dele e dos reféns (leia quadro). O
servidor recebeu uma gravata e entrou em luta corporal com o criminoso
Wanderson Alex Borges da Silva, 20 anos, enquanto o outro bandido, Ribamar
Rufino de Lira, 38, pegou a pistola deixada em uma gaveta. O episódio aconteceu
no último domingo.
Fontes ligadas ao sistema
carcerário do DF revelaram ser comum a escolta nos hospitais por apenas um
agente no horário de almoço. “Eles foram almoçar rápido. Geralmente, não dura
nem 15 minutos. Não é correto ficar sozinho, mas o que não pode é um agente
abrir as algemas estando nessas condições”, defendeu um servidor da Secretaria
de Segurança (leia Depoimento).
A regra manda que os demais
servidores não podem se ausentar sem fazer o revezamento. Dessa forma, enquanto
dois almoçavam, a cela teria os três agentes necessários para a vigilância dos
detentos. As falhas são consideradas graves por autoridades e especialistas.
Caso algum criminoso tivesse informações da situação e quisesse resgatar outro
de dentro do hospital ou mesmo matá-lo, um agente não seria suficiente para
impedi-lo.
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