segunda-feira, 27 de julho de 2015

Anotações de Marcelo Odebrecht revelam corrupção e também muitos enigmas

Príncipe dos Empreiteiros: Perdeu, príncipe

Hora de recomeçar.

Chamou-se “O jogo da imitação” o filme sobre a vida do criptoanalista Alan Turing, que desvendou os códigos nazistas durante a Segunda Guerra. O esforço coletivo será menor para desvendar as anotações no iPhone de Marcelo Odebrecht. Elas revelam algumas indicações contundentes e inequívocas de corrupção. Mas trazem muitos enigmas que nos impelem a devendá-los, pelo menos para saber o que, realmente, aconteceu com o Brasil. E, é claro, extrair as consequências...

Marcelo Odebrecht foi intitulado o Príncipe dos Empreiteiros. Jovem, rico e bem educado, adotou a tática petista de negar, encarou com desdém a investigação. Na cadeia, tropeçou pela primeira vez, enviando um bilhete determinando a destruição de um e-mail sobre venda de sondas. Mas agora, com as mensagens em seu telefone, eu diria: perdeu, playboy, na linguagem plebleia, mas o adequado é: perdeu, Príncipe.

São evidentes, mesmo com as barreiras de códigos, as relações íntimas entre a Odebrecht e o governo. Cúmplice na Lava-Jato, pede um contato ágil com o grupo de crise do governo. Esperar um contato ágil do grupo do governo é sonho de executivo. De todas as maneiras, isso demonstrava como estavam juntos, na tarefa de escapar da polícia.

Recados como este a Edinho Silva, tesoureiro da campanha de Dilma: avisa a ela que pode aparecer a conta da Suíça. Não é preciso grandes decifradores para supor que a campanha do PT foi feita com dinheiro que veio da Suíça. Bem que desconfiei. Uma campanha tão bem educada: a grana vinha da Suíça. Esse tópico é tão interessante que quase todos fingiram não notar, como se não olhar para a bomba impedisse que exploda.

Odebrecht usou métodos de máfia, ao mobilizar dissidentes da Polícia Federal para melar a Lava-Jato. Tudo indica que foram esses dissidentes, numa outra ação, que colocaram uma escuta clandestina na cela de Alberto Youssef, na esperança de anular o processo. Está quase tudo lá no telefone de Marcelo. Amigos poderosos, propinas, orientação para artigos. Numa dessas, ele reclama que o foco da Lava-Jato está sobre os empreiteiros e é preciso deslocá-lo para os políticos. Mas a tática está dando certo. Políticos são mais experientes e escorregadios. O grande material contra eles virá precisamente das delações, de anotações como essas do iPhone.

Marcelo Odebrecht optou pelo silêncio. Mas deixou pistas pelo caminho. Como se dissesse; se querem me pegar, trabalhem um pouco com a cabeça. Ele terá que se explicar ao juiz Sérgio Moro. Mas se usar a tática do bilhete, destruir/desconstruir, vai se dar mal. É hora de contar tudo ou então assumir as consequências. Até plano de fuga, saída Noboa, estava previsto em suas mensagens. Noboa é um dirigente equatoriano que fugiu do país para a República Dominicana.

Chega de esconde-esconde. Isso vale também para Dilma e o PT. Em Portugal, abriram-se investigações sobre o negócio entre telefônicas no Brasil. Uma equipe peruana vem investigar no país o caso Odebrecht, pois suspeita que houve corrupção. Os americanos monitoram a Odebrecht. O Brasil virou uma grande cena do crime. Qualquer dia vão nos cercar com aquelas fitas pretas e amarelas e chamar os turistas para filmarem o PT, aliados e a Odebrecht, dizendo que não roubaram nada. Foi tudo dentro da lei. Só pela cara de pau mereciam uma punição extra.

Hoje, Dilma, Renan e Eduardo Cunha constituem um triângulo das Bermudas. Nele desaparece toda a esperança. Cunha agora é contra Dilma, Renan também. Há quem ache que é preciso poupá-los porque são contra Dilma. Mas hoje quase todo mundo é. Cunha está sendo acusado de levar US$ 5 milhões da Toyo Setal. Um dos indícios era o requerimento que a deputada Solange Gomes apresentou para pressionar os empresários. O requerimento foi produzido no computador de Cunha.

Fui deputado com os dois, Cunha e Solange. Um dia, ela veio com um jabuti para acrescentar numa medida provisória: isentar a indústria nuclear de alguns impostos. Fui perguntar o que era aquilo e ela não sabia responder. Percebi que era apenas uma assinatura de aluguel. Trabalhava em sintonia com Eduardo Cunha. Quando surgiu essa pista do requerimento de Solange, mesmo antes de descobrirem que veio do computador de Cunha, na solidão do quarto hotel, soltei o grito da torcida do Atlético Mineiro:

— Eu acredito!

As próximas semanas devem ser decisivas contra essas forças que ainda dominam o Brasil mas estão em contradição com ele. Ministros, deputados, presidentes e ex-presidente, todos farão o esforço final para escapar da enrascada. Dilma contra Cunha, Renan contra Dilma, Dilma contra Renan, eles podem dançar à vontade o balé dos enforcados. Lembram-me uma canção da infância, nascida nas rodas de capoeira: “A polícia vem, que vem brava, que não tem canoa cai n’água. Pau, pau, peroba, foi o pau que matou a cobra.” Pelo menos cantávamos, naquela época.

Hora de recomeçar.
Fonte: Por Fernando Gabeira, O Globo - 27/07/2015 - - 00:10:49

segunda-feira, 20 de julho de 2015

Agnelo Queiroz: "Estou de alma lavada”

À Queima-roupa

Agnelo Queiroz, ex-governador do Distrito Federal (PT). ...

Brasília vive uma grave crise econômica, ainda atribuída pelo atual governador, Rodrigo Rollemberg, a seu governo. Como avalia o quadro?
Essa crise é nacional. O Brasil inteiro está passando por dificuldades.Todos os governadores estão enfrentando crises e buscando soluções. Não é um problema exclusivo do Distrito Federal. Esse plano de obras, de R$ 5 bilhões em investimentos, deixa claro definitivamente que o atual governo mentiu o tempo inteiro. O caixa não está quebrado. Fica claro que ele não estava falando a verdade.

Rollemberg diz que os recursos destinados aos investimentos são federais e não podem ser usados na fonte 100, para pagar fornecedores e salários…
Mas esses recursos foram captados no meu governo. Do plano que ele lançou, 95% são obras que já estavam em curso e foram interrompidas, o que aliás é um absurdo porque desaqueceu a economia e deixou milhares de operários desempregados.

A arrecadação prevista no orçamento não se confirmou por causa da crise nacional ou pelos problemas do DF?
O governo está arrecadando até mais do que no ano passado. Sabe por quê? Graças a uma política do meu governo de modernização da área de arrecadação da Secretaria de Fazenda. Se as obras não tivessem sido paralisadas, o governo poderia ter mantido a economia em atividade e aquecida. Estou de alma lavada. Um governo que anuncia um plano de obras de R$ 5 bilhões não pode estar quebrado.
Fonte: Por Ana Maria Campos, Correio Braziliense com foto de Daniel Ferreira/CB/D.A Press - 19/07/2015

quinta-feira, 9 de julho de 2015

O lixo que desafia um país: Um futuro contaminado

Cavalcanti alerta para os problemas na Estrutural: ameaça ao meio ambiente

Fim dos lixões não é solução a curto prazo. Segundo pesquisadores da UnB, a emissão de poluentes ainda deve continuar por mais 40 anos ...

Os lixões brasileiros vão contaminar os solos, as águas e o ar por cerca de 40 anos depois de serem desativados. A estimativa é de pesquisadores do Instituto de Geociências da Universidade de Brasília (UnB), que identificaram impactos causados pelo lixão da Estrutural. O depósito, considerado o maior do mundo em atividade, é vizinho ao Parque Nacional de Brasília e está localizado na bacia hidrográfica do Paranoá, formadora do lago artificial que circunda a cidade e de onde o Governo do Distrito Federal planeja captar água para abastecer a população.

A bióloga Patrícia Blauth confirma a previsão, que ela chama de “vida inútil” dos lixões. “Esse tempo pode ser maior do que a ‘vida útil’, que é, em média, de 20 a 25 anos. O tempo que vai durar a liberação de contaminantes depende da quantidade de resíduos depositada, da forma de disposição e das condições de clima e do solo, entre outras variáveis”, diz. O lixão de Brasília é usado há mais de 40 anos.

A coordenadora de Resíduos Sólidos do Instituto Polis, Elisabeth Grimberg, copromotora da Aliança Resíduo Zero Brasil, diz que “é comum” a contaminação de lençóis freáticos por depósitos irregulares de resíduos. “O chorume também pode percolar e ir direto para as águas superficiais”, diz.

O prazo para o fechamento dos lixões, determinado pela Lei de Resíduos Sólidos (n° 12.350) se encerrou em agosto de 2014. Agora, o Senado Federal quer ampliar esse limite até 2021, dependendo do tamanho do município. A regra ainda precisa ser confirmada pela Câmara dos Deputados.

Depósitos como o da Estrutural emitem contaminantes altamente tóxicos — conhecidos como chorume — que se infiltram no solo e atingem as reservas de água. A contaminação também escorre superficialmente e é carregada pelos ventos. Além disso, a decomposição da matéria orgânica nos lixões libera metano, gás de efeito estufa com impacto 21 vezes maior do que o gás carbônico. O metano liberado pelo lixão da Estrutural é a terceira maior fonte de emissões de gases estufa do Distrito Federal, de acordo com estudo realizado em 2014, atrás do setor de transporte e da fabricação de cimento. De acordo com a diretora de Ambiente Urbano do Ministério de Meio Ambiente, Zilda Veloso, alguns dos resíduos descartados “emitem substâncias perigosas, muitas vezes com metais pesados”.

Chorume
O levantamento feito pela UnB mostra que o chorume da Estrutural já contamina o Parque Nacional de Brasília e chega ao lençol freático da região. Porém, ainda não é possível determinar os limites da contaminação. “Há fluxo subterrâneo de chorume percolando para fora do lixão, mas a quantidade de dados ainda é pequena para se determinar a extensão disso”, afirma Luciano Soares, coordenador de graduação em geologia da UnB e um dos responsáveis pelo estudo. “Ainda falta determinar a que profundidade a contaminação pode chegar e onde ela pode sair”, completa Márcio Maciel Cavalcanti, que também assina o levantamento.

Os custos do estudo foram bancados com recursos do próprio grupo, que contou com apoio logístico da universidade. “Participamos de seleções de financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF) por três vezes, mas nunca fomos selecionados”, conta o professor Welitom Rodrigues Borges.

A Lei Orgânica do DF destina mensalmente o mínimo de 2% da receita orçamentária para a fundação, para apoio científico, tecnológico e de inovação, visando “o bem-estar da população, defesa do meio ambiente e progresso da ciência e tecnologia.” A Assessoria de Comunicação da FAPDF informou que, entre mais de 7 mil processos, há pelo menos uma pesquisa sobre “condições de saúde dos moradores do lixão da Estrutural”.

A Resolução n° 420 do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama), de 2009, estabelece que empreendimentos com “potencial de contaminação dos solos e das águas subterrâneas” devem fazer monitoramento e apresentar relatórios.A Assessoria de Comunicação da Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Distrito Federal, no entanto, informou que a pasta não tem nenhum estudo sobre contaminação provocada pelo lixão e que “está incorporando ao Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE) informações sobre o lixão e a contaminação da pluma que está se movendo no solo, com base nos estudos realizados pelo Instituto de Geociências da UnB.”
Fonte: Por Warner Bento Filho, Correio Braziliense com foto de Carlos Moura/CB/D.A Press - 

À Queima-roupa: Renato Santana, Vice-governador do DF


Não existe esse risco de não pagar os salários

“Não existe esse risco de não pagar os salários. O governo está buscando soluções. Não trabalho com essa hipótese nem o governador Rodrigo Rollemberg” ...

Existe um risco real de faltar dinheiro para pagar a folha dos servidores neste fim de ano. O que vai acontecer se os recursos não derem para os salários? 

Não vai faltar. Existe risco de tudo para quem está vivo, inclusive a morte. Não sabemos o que vai acontecer com a gente amanhã. Mas vou dizer uma coisa: não existe esse risco de não pagarmos os salários. O governo está buscando soluções. Não trabalho com essa hipótese nem o governador Rodrigo Rollemberg. 

E o quadro apresentado no Conselho Político de que faltam R$ 1,5 bilhão para honrar os pagamentos?
O governador divulgou uma cena do momento. É obrigação do governo dar transparência no dia a dia. Mas vamos trabalhar mais horas por dia para buscar uma solução.

Que solução é essa?
Uma solução que não cause dano ao servidor e ao cidadão.

O servidor do DF pode dormir tranquilo sem se preocupar com o salário no Natal?
Pode e deve. Os servidores públicos são nossa força de trabalho. Se essa força de trabalho não tiver a sua remuneração vai ficar com a perspectiva para baixo. Isso não vai acontecer. Pelo contrário, o servidor precisa trabalhar mais, empenhar-se mais porque a força de trabalho do governo vem desse pessoal. E é nele que nós confiamos a solução para esse momento delicado.

Qual é a sua opinião sobre a mudança do nome da Ponte Costa e Silva para Honestino Guimarães? Se estivesse em suas mãos, vetaria ou sancionaria o projeto, do deputado Ricardo Vale (PT), aprovado pela Câmara Legislativa?
Esse é um tema que não vai mudar a nossa condição financeira, por exemplo. No passado, lá em Ceilândia, tentaram mudar a Praça dos Eucaliptos. Até apresentaram um projeto de lei, do nobre deputado José Edmar, e a Praça dos Eucaliptos continuou Praça dos Eucaliptos, com os mesmos problemas da época. Se mudar o nome da ponte significa torná-la mais segura, melhor, com manutenção efetiva, maravilha.

É uma bobagem a Câmara discutir isso?
Não acho que é uma bobagem. O que não podemos é dar uma proporção para a mudança de nome que não existe. Se a maioria votou, aprovou e concordou, maravilha. Sinceramente, precisamos ter as coisas palpáveis do mundo real agora. Essa é a discussão tem que dominar a pauta. Temos que gastar energia para resolver o problema do salário dos servidores.

Dá para aprovar auxílio-moradia, alimentação e uniforme para a Polícia Civil?
Aquilo que é direito, o Estado tem que buscar garantir. Mas nós conseguimos implementar isso agora? Os estudos dos impactos vão dizer. Nós temos que dizer a verdade, sem enrolação, sem aquela coisa de moeda de troca. 

Acha que o governo tem respondido com agilidade às demandas do setor produtivo? Muitos empresários reclamam da demora e da burocracia, e que as medidas para aumento de arrecadação, anunciadas pelo governo, levam em conta apenas cobranças de tributos e taxas.
Primeiro, precisamos melhorar o nosso diálogo com a sociedade. A comunicação das ações é que não está encaixando. Por exemplo, quando se fala em IPTU, não é aumento. Brasília tem 100 mil imóveis a mais que Belo Horizonte. Mas arrecada R$ 500 milhões com IPTU, enquanto a capital mineira arrecada R$ 2 bilhões. Por quê? O valor dos imóveis para efeito de cobrança está muito defasado da realidade do DF.

Mas e as medidas para realização de empreendimentos, que geram emprego, renda e aumento da arrecadação?
Por exemplo, quem parou para revisar o Código de Obras? Nós estamos fazendo isso. Estamos simplificando. Esse documento está pronto. Será remetido à Câmara Legislativa. E não foi construído apenas pelo governo. Teve o apoio da Câmara, de entidades da sociedade civil e de todas as entidades de classe que têm interesse direito nisso aí. Vamos simplificar a concessão de alvarás. Outro projeto pronto é com relação ao licenciamento. Também temos um projeto de lei para desatar os nós da construção civil.
Fonte: Ana Maria Campos, Correio Braziliense com foto de Carlos Vieira/CB/D.A Press

segunda-feira, 6 de julho de 2015

LEIA O JORNAL TRIBUNA DO DF E ENTORNO.










Câmara Legislativa do DF: Energia, você economiza... Eles gastam

O exemplo começa dentro da Casa

Em plena crise econômica, a Câmara Legislativa do DF passou a noite com luzes acesas de várias salas e gabinetes parlamentares.


As fotos foram registradas na noite de quinta-feira (3), por volta das 22h30.
Os deputados distritais entraram em recesso no último dia primeiro. Desde então, a Casa não realiza sessão deliberativa no plenário.
 As comissões temáticas estão também com a pauta zerada. ...
A Mesa Diretora da Câmara Legislativa poderia, portanto, criar uma campanha interna para conscientizar deputados e servidores sobre o consumo consciente de energia. Seria uma bela forma de mostrar que o exemplo começa dentro da Casa.

Fonte: Blog do Sombra.

quarta-feira, 1 de julho de 2015

Operação: PF deve investigar lavagem no exterior em 2ª fase

A Polícia Federal, em uma possível segunda fase da Operação Vícios, deve investigar se houve crime de lavagem de dinheiro fora do país. Segundo o chefe da delegacia de crimes financeiros da PF, Tacio Muzzi, já foi pedida cooperação internacional para a investigação nos Estados Unidos e Suíça.

Na operação deflagrada nesta quarta-feira,...  a Polícia Federal investigou contratação irregular da empresa Sicpa Brasil Indústria de Tintas e Sistemas, acusada de pagamento de propina à servidores da Casa da Moeda, e da Receita Federal, para ser escolhida em licitação. 

De acordo com Muzzi, as investigações encontraram indícios de que a empresa Sicpa foi favorecida com informações privilegiadas e direcionamento na escolha de itens essenciais na licitação. Servidores da Receita e da Casa da Moeda são suspeitos de receber cerca de R$ 100 milhões em propina.

Desde 2008 a Sicpa é responsável pelo Sicobe, sistema da Casa da Moeda que, em conjunto com a Receita, monitora a produção de cerveja, refrigerantes e água para tributação. O contrato chega a R$ 6 bilhões mas, de acordo com a PF, ainda não há indícios de que esse valor tenha sido superfaturado. O Sicobe, porém, começou há sete anos por meio de contrato firmado por inexigibilidade de licitação, sob suspeita de direcionamento.

Nesta fase da Operação Vícios, a PF cumpriu 23 mandados de busca e apreensão: 17 no Rio de Janeiro, cinco em Brasília e um em São Paulo. Não houve pedido de prisão, e a PF também não informou oficialmente quantos servidores são investigados.

A PF pediu o sequestro de oito imóveis de luxo em Brasília que podem somar R$ 10 milhões. As casas pertenciam a um casal, o homem, que não teve a identidade revelada pela corporação, era servidor da Receita Federal em Brasília. No Rio, a PF apreendeu na casa de um dos acusados valores que somam R$ 70 mil.

A PF investiga ainda se a contratação do sistema de controle da produção de cigarros teria sido igualmente objeto de fraude. A sede da Sicpa, no distrito industrial em Santa Cruz, na zona oeste do Rio, foi fechada durante a operação.
Fonte: Valor - 01/07/2015 - - 14:45:30