terça-feira, 29 de abril de 2014

Homem é preso suspeito de abusar de menina de 12 anos no DF

Polícia diz que abusos ocorriam há pelo menos 1 ano na casa da vítima.
Suspeito era colega de trabalho do pai da criança; ele nega o crime.

Homem de 48 anos é suspeito de abusar sexualmente de uma criança de 12 anos em São Sebastião, região do Distrito Federal (Foto: Ricardo Moreira / G1)
A Polícia Civil prendeu um homem de 48 anos suspeito de abusar sexualmente de uma criança de 12 anos em São Sebastião, no Distrito Federal. De acordo com a 30ª DP, Genival Pereira da Costa aproveitava os momentos em que o pai da criança, colega de trabalho dele, saía de casa para abusar da menina. Os abusos ocorreram por quase um ano dentro da casa onde vivia a menina, numa chácara do Núcleo Rural Capão Comprido. Na delegacia, Costa negou o crime.
Segundo o delegado-chefe da 30ª DP, Érico Cunha, a irmã mais velha da vítima relatou que presenciou um dos abusos supostamente cometidos por Costa.O suspeito foi indiciado por estupro de vulnerável cuja pena varia de oito a 15 anos de prisão.
Suspeito abusava da criança quando o pai dela saia para
trabalhar, informou o delegado-chefe da 30ª DP, Érico Cunha
(Foto: Ricardo Moreira / G1)
A menina foi submetida a exames no IML, que comprovaram a violência física, disse o delegado.
O crime chegou ao conhecimento da Polícia Civil há cerca de quatro meses, por intermédio do Conselho Tutelar de São Sebastião. Foi quando a vítima começou a apresentar um quadro de depressão profunda na escola. O caso acabou chamando a atenção de professores.
O suspeito, já sabendo que era investigado, aproveitou uma oportunidade oferecida no trabalho para realizar uma viagem com duração de três meses a uma cidade localizada no Sul país.
Nesse período, a polícia conseguiu da Justiça um mandado de prisão do suspeito. Ao voltar para o DF, Costa foi preso.
Fonte: G1


Mulher morre após bater carro em mureta na L4 Sul, em Brasília

Motorista bateu carro em mureta de viaduto que leva à Ponte JK.
Bombeiros se deslocaram para socorrer vítima, mas ela morreu no local.

Uma mulher morreu depois de bater o carro em uma mureta na L4 Sul, em Brasília, na manhã desta segunda-feira (28). Segundo o Corpo de Bombeiros, o acidente ocorreu por volta de 11h, perto da Ponte JK.

Os bombeiros informaram que a vitima morreu no local. Segundo a corporação, apenas a perícia vai poder esclarecer a dinâmica do acidente, já que não havia testemunhas no local.
Fonte: G1

Casal tem carro e jet ski roubados em saída de shopping do Riacho Fundo

Vítimas foram ameaçadas com uma arma de fogo quando saíam de um jantar

Publicação: 28/04/2014 16:29 Atualização: 28/04/2014 16:26
Veículos continuam desaparecidos; a 28ª DP investiga o caso
Um casal teve o carro e um jet ski roubados no estacionamento de um centro comercial, no Riacho Fundo, na noite deste domingo (27/4). Segundo o dono dos veículos, ele saía de um jantar quando foi abordado por um homem com uma arma de fogo. O jet ski estava preso ao reboque do veículo na hora do roubo.
O centro não possui um estacionamento pago, com cancela. "Pensei até que seria difícil ele se locomover com o carro e uma 'carretinha'. E Nada. Ele saiu sem dificuldades", lembra a vítima.
O casal disse que o suspeito ameaçou atirar caso eles não entregassem a chave do carro. "Se reagir eu atiro", disse.
O caso foi registrado na 28ª Delegacia de Polícia (Riacho Fundo). O suspeito, descrito magro, alto e aparentando ter entre 25 e 30 anos, continua foragido.


Com informações de Mariana Laboissiere.
Fonte: Correio Web.

Polícia indicia suspeito por ameaçar criadora do #eunãomereçoserestuprada

Um homem e um adolescente foram identificados pela polícia. Outros suspeitos também são investigados

Publicação: 28/04/2014 20:03 Atualização: 28/04/2014 20:01
Nana Queiroz, na Campanha #EuNãoMereçoSerEstuprada, divulgada nas redes sociais
A polícia civil do Distrito Federal indiciou um suspeito por ameaçar a jornalista Nana Queiroz, criadora do movimento "Eu Não Mereço Ser Estuprada". O jovem de 23 anos prestou depoimento na cidade em que morava e deve responder por injúria e ameaça. Um adolescente de 16 anos também foi identificado e irá responder por ato infracional análogo a ameaça. De acordo com a Delegacia da Mulher, a polícia também investiga outros suspeitos.
A jornalista recebeu ameaças de estupro e violência após a criação da campanha. O movimento foi criado após a divulgação de uma pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que revelou erroneamente que 65% dos entrevistados disseram que as mulheres  mereciam ser atacadas quando vestidas com roupas mostrando o corpo. O percentual correto era de 26%, mas apesar da confirmação do erro, o resultado da pesquisa causou reação da sociedade. A campanha "Eu não mereço ser estuprada" foi reproduzida por milhares de pessoas nas redes sociais.
A presidente Dilma Rousseff também apoiou a jornalista. "O governo e a lei estão do lado de @nanaqueiroz e das mulheres ameaçadas ou vítimas de violência #respeiteasmulheres", escreveu Dilma na conta oficial do Twitter.

Nana Queiroz ficou conhecida por sua foto sem roupa e os dizeres "eu não mereço ser estuprada" escritos no corpo. Ela foi ameaçada por internautas após a criação da campanha e denunciou as centenas de ameaças que recebeu à Delegacia da Mulher.
Fonte: Correio Web.

terça-feira, 22 de abril de 2014

Confusão na Hélio Prates: polícia prende homem e apreende dois adolescentes

Uma mulher passou mal durante as manifestações e foi levada ao Hospital Regional de Ceilândia
Avenida Hélio Prates tem via no sentido Brasília liberada após protestos do supermercado Tatico

A Polícia Militar prendeu um homem e apreendeu dois adolescentes durante o protesto contra a interdição do supermercado Tatico, em Ceilândia Centro, na tarde desta terça-feira (22/4). O homem tentava arremessar objetos nos policiais, enquanto os dois detidos, menores de idade, tentavam fechar novamente a Avenida Hélio Prates no sentido Brasília, que já havia sido liberada.

Por volta de 16h30, após seis horas de protesto, as duas vias da região foram definitivamente liberadas. Os manifestantes se concentram no estacionamento em frente ao supermercado.

O Batalhão de Policiamento de Choque (BPChoque) foi acionado e chegou ao local por volta das 15h20. A Polícia utilizou spray de pimenta para conter os manifestantes que tentavam fechar a via no sentido Brasília. Durante a operação, uma mulher passou mal e teve que ser levada ao Hospital Regional Ceilândia.

Nesta manhã, A Agência de Fiscalização do Distrito Federal (Agefis) interditou o supermercado Tatico. Segundo a agência, o estabelecimento ocupa, irregularmente, 3.316 metros de área pública e as multas chegam a R$ 100 mil. Em protesto contra ação de interdição, os cerca de 800 funcionários do estabelecimento fizeram uma fogueira em cada lado da Avenida Hélio Prates, bloqueando a via.

Por volta de 13h15, um grupo de manifestantes tentou entrar no supermercado pelos fundos do estabelecimento, mas a polícia impediu a entrada com o uso de spray de pimenta. Um outro grupo, que não estava identificado com uniformes do supermercado, atirou pedras contra os policiais.

Fonte: Correio Web.

OBJETIVO É DESGASTAR.

A VOZ DA VERDADE- Por Celson Bianchi

Engana-se quem pensa que o objetivo do Ministério Público do Distrito Federal é impedir o ex-governador Arruda de se candidatar com as novas investidas jurídicas recém encaminhadas ao judiciário. A intenção é outra, buscam desgastar a imagem de Arruda perante a sociedade, pois sabem de cor e salteado que nenhuma das ações movidas em consequência da delação premiada de Durval podem tirá-lo do caminho. De concreto mesmo somente a ação do jogo do Brasil x Portugal, em 2008, onde Arruda foi condenado, em primeira instância, por falta de projeto básico e o filme divulgado em 2011 por Durval onde ele entrega dinheiro para Jaqueline Roriz e diz que foi a mando de Arruda, o que foi negado pela própria beneficiária do dinheiro. Pior é que a sociedade tem consciência de que toda esta movimentação só ocorreu agora porque Arruda se lançou candidato ao governo.

PROPAGANDA ENGANOSA
Nem a propaganda oficial está conseguindo tirar o governo do conceito de reprovação cristalizado na sociedade do DF. Até a UPA de Ceilândia, decantada nos anúncios oficiais de TV, passa por dificuldades como registrou matéria da TV Brasília no final de semana apontando a falta de médicos naquela unidade de saúde. É o típico tiro no pé. Será que ninguém na saúde se dá conta do mal que estão causando na população e no governo?

PROPAGANDA ENGANOSA 2
Não é possível que as pessoas ligadas ao governo não se dão conta da falta de comprometimento do seu primeiro escalão para o êxito da última grande festa antes das eleições. Decantada pelos jornais, rádios e TVs de Brasília com uma expectativa de público de 100 mil pessoas a festa do aniversário da cidade esteve longe disto. Pior foram os veículos de comunicação ao final da festa, que tiveram dificuldade em definir uma média de público, que variou dos 10 mil no SBT até os 350 mil inflacionados do Correio Braziliense. Enquanto isto teve secretário, administrador e dirigente de empresa viajando numa boa com a família, como se tudo fossem flores. Faltou comprometimento de muita gente graúda.

TIRO PELA CULATRA
A tentativa do Partido dos Trabalhadores em tirar do ar a propaganda de televisão do presidente do Democratas do DF, o ex-deputado Alberto Fraga saiu pela culatra. De forma unânime os Desembargadores Eleitorais do TRE/DF deram ganho de causa para Fraga, cujas propagandas tem sido um tormento, ainda mais com refrão “Governador, Respeita o Povo”. Na decisão o Desembargador Romão destacou que a propaganda está em perfeita sintonia com a legislação eleitoral, pois ressalta o posicionamento do partido e do seu presidente ante aos fatos divulgados amplamente na mídia local e nacional.

TRE E MPE VÃO AGIR?
A propaganda ostensiva de candidatos ao pleito eleitoral de outubro próximo não passou desapercebida durante o jogo entre Brasília e Payssandu, com destaque para os milhares de panfletos do presidente do PT/DF, deputado Policarpo. Além disto o parlamentar ainda fixou dezenas de faixas nas cidades do Paranoá e Itapoã, registrando seu apoio ao aniversário das mesmas, num típico gesto de propaganda antecipada. O mesmo vem acontecendo durante o culto e os eventos promovidos por igrejas católicas e evangélicas, onde pré-candidatos desfilam abertamente e os premiados são chamados até para usar da palavra nas barbas da justiça eleitoral.  O Ministério Público Eleitoral, por sua vez, deve estar deitado em berço esplêndido, enquanto o desrespeito à legislação eleitoral acontece quase que diariamente, como se nada estivesse acontecendo.

POLICIAIS DE MENOS
Um estudo da própria secretaria de segurança e divulgado pelo site da globo, o G1, apontando a diminuição de policiais civis nas delegacias do DF, com exceção apenas das DPs de Brasília vem causando muita polêmica. A polícia civil contesta o estudo e afirma ter havido aumento de efetivo e não diminuição. Polêmica à parte o único consenso no DF é de que a sensação de insegurança pela população aumentou e aumentou muito.

Frase da Semana: “Hoje faz um ano e três meses que a menina Rafaela Luiza morreu ao receber uma superdosagem de adrenalina no HMIB e até agora ninguém foi punido.”

terça-feira, 15 de abril de 2014

Eleições: Marina Silva é confirmada como vice de Eduardo Campos


Apesar de melhor colocada nas pesquisas, ex-senadora abrirá espaço para o ex-governador ser o candidato do PSB


A ex-senadora Marina Silva foi confirmada nesta segunda-feira 14 como candidata a vice-presidente na chapa do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB). A confirmação era aguardada desde que Marina se filiou ao PSB, após fracassar em conseguir as assinaturas necessárias para a criação do seu próprio partido –a Rede Sustentabilidade...

O evento de lançamento ocorre em Brasília, duas semanas após Campos sair do seu cargo em Recife. Apesar do anúncio, a chapa só deve ser formalizada em junho, na Convenção Nacional do PSB.

Apesar de o ex-governador encabeçar a chapa, Marina era mais bem sucedida que Campos nas pesquisas feitas até o momento. Na última pesquisa Datafolha, de 5 de abril, Campos tinha 10% dos votos e aparecia em terceiro lugar. Quando seu nome era trocado pelo de Marina, a ex-senadora chegava a 27% dos votos, levando a disputa ao segundo turno com a atual presidenta Dilma Rousseff.
Fonte: Carta Capital - 14/04/2014 - - 23:03:36

Paulo Coelho: O exílio


Na Suíça, o escritor critica a política brasileira, artistas como Chico e Caetano – e diz que sua geração “envelheceu mal”


A vida do escritor Paulo Coelho em Genebra é um paraíso peculiar. Aos 66 anos, depois de se recuperar de um problema cardíaco, ele mantém um cotidiano movimentado. 


Acorda tarde, às 11 da manhã, para cortar lenha e praticar arco e flecha – hábitos que, segundo ele, “ajudam a pensar”. Depois, monitora a atividade das redes sociais. Ele tuíta em português, inglês e espanhol...

Comunica-se com leitores no mundo inteiro. No fim da tarde, interrompe o que estiver fazendo para rezar em silêncio. À noite, reúne-se com amigos e celebridades. Com tudo isso, é difícil imaginar como acha tempo para escrever livros. Mas ele escreve – com a colaboração dos leitores. Paulo Coelho lança nesta semana o romance Adultério (Sextante, 240 páginas, R$ 24,90), o 27º livro em 31 anos de carreira e o primeiro elaborado segundo uma técnica interativa. O livro sai no Brasil nesta semana, com tiragem de 100 mil exemplares. As traduções para 34 países sairão até o fim do ano. Seus livros já atingiram a marca de 174 milhões de exemplares, número que o aproxima da inglesa J.K. Rowling, de Harry Potter, e do americano Dan Brown, de Código Da Vinci. Coelho é o autor brasileiro mais traduzido da história, com edições em 73 idiomas, e o primeiro a se tornar bilionário. Sua fortuna é estimada em US$ 400 milhões – em reais, 1 bilhão.

Tais números se materializam num modo de vida prazeroso, mas sem ostentação. Coelho e sua mulher, a pintora Christina Oiticica, moram desde 2013 num apartamento dúplex de 700 metros quadrados em Champel, bairro elegante nos altos de Genebra. A vista dá para o Monte Branco, as montanhas de Jura e o jet d’eau, o jato d’água de 100 metros de altura localizado à beira do Lago Léman, ponto turístico mais visível da cidade. O casal não tem filhos e conta com três empregados: um mordomo, uma copeira e um secretário. Acabou de comprar um Audi. Coelho e Christina dizem que enjoaram do jatinho para sete passageiros que compraram há cinco anos – não o usam mais. O casal mantém um apartamento luxuoso no centro de Paris, mas não o visita há quatro anos, apesar de ficar a três horas de trem de Genebra. “Paris e eu não combinamos”, afirma Coelho. Ele prefere emprestar o apartamento a amigos e parentes. Seu casarão em Tarbes, diante dos Pirineus franceses – onde morou de 2002 a 2005 –, está à venda, assim como o primeiro apartamento que comprou na Suíça.

>> Paulo Coelho: “A barra vai pesar na Copa do Mundo”
Não se vê uma única estante de livros na casa de Coelho em Genebra. “Agora só leio no tablet”, diz, acendendo um cigarro. “Bibliotecas particulares de escritores são coisas obsoletas.” Ele começa a usar o Google Glass, apetrecho do Google que traz um computador para dentro de um óculos, e pretende ler textos também com o novo aparelho. Diz que adora ler livros, notícias e posts de blogs e redes sociais. Sua maior diversão é mesmo viajar. No ano passado, combinou com Christina que conheceriam pelo menos quatro cidades por semana. “Só neste ano, já visitamos 144 lugares”, afirma. “Aproveito a vida, mas às vezes fico em dúvida sobre se aproveito tanto quanto deveria. Daí me viro para a Chris e pergunto: ‘Será que estou perdendo alguma coisa?’.” Hiperativo e conectado, Coelho não se perdoaria se perdesse algo. E tenta não perder nada.

ORAÇÃO
Paulo Coelho se prepara para rezar numa sala de seu apartamento (Foto: Lucien Fortunati/AP)

Foi atento às notícias que escolheu Genebra para morar em 2006, quando saiu da França. “Apesar de ser uma das cidades mais caras do mundo, Genebra tem alto padrão de segurança, saúde e transporte”, diz. “Além disso, minha casa fica a cinco minutos do campo, e preciso estar perto da natureza. Mudei-me para a Suíça porque havia a paranoia de que os países da União Europeia vetariam vistos de residência aos estrangeiros e porque o fisco francês abocanhava 60% dos meus rendimentos”, diz. “Todo mundo está saindo da França. Ninguém aguenta a carga tributária. Entendo por que o (ator) Gérard Depardieu adotou a cidadania russa.” Num ponto, Coelho é diferente de Depardieu. Mesmo vivendo e recolhendo impostos na Suíça, quer continuar a ser cidadão brasileiro.

Às vezes, aparece incógnito no Rio de Janeiro, sua cidade natal, para encontrar a família, jantar com amigos e passear pela praia. Sua média de visitas são duas vezes por ano. A exceção foi em 2013, quando não viajou por motivo de saúde. Em novembro de 2012, Coelho teve duas obstruções nas artérias coronárias. O médico que o atendeu disse que ele teria apenas dois dias de vida. “Não me abalei”, diz. “Naquele momento, fiz um balanço de minha vida e concluí que havia feito tudo o que eu sonhara: vivia havia mais de 32 anos com a mulher que amava, realizara o sonho de ser escritor e o projeto de levar a milhões de pessoas a mensagem de que elas podem realizar suas lendas pessoais. Então, fiquei tranquilo. Estava pronto.” A implantação de dois stents no coração salvou-lhe a vida. “A iminência de morrer não mudou minha vida. Continuo a ser o que sou.”

E assim Coelho continuou a viajar. Registra-se em hotéis com nomes fictícios, como qualquer celebridade, e vai aonde quer ir sem dar satisfação a ninguém. De tão raras suas idas ao Rio, muitos cariocas pensam que se trata de uma aparição ou mesmo de um sósia do Mago, como ele é conhecido. “Quando volto a meu apartamento, em Copacabana, sinto um grande vazio. É como se não fizesse mais parte de mim, porque a minha alma não está mais lá.”

>> Paulo Coelho assiste, pela primeira vez, ao filme sobre sua vida
Seu comportamento excêntrico gerou boatos de que Coelho entra como clandestino no país para driblar a Receita Federal. Coelho acha graça, enquanto mostra na tela do computador a Certidão Negativa de Débitos Relativos a Tributos Federais e a Declaração de Saída Definitiva de Residência Fiscal no Brasil, ambos os documentos datados de 2010. “Estou em dia com a Receita Federal brasileira”, diz. “Pago meus impostos regularmente na Suíça, onde os tributos deduzidos na fonte são de 27% sobre a renda total do contribuinte, mais ou menos o que pagaria no Brasil.”

Coelho não faz uma visita profissional ao Brasil desde 2003, quando lançou o best-seller Onze minutos. “Minha ausência não ocorre só no Brasil. Deixei de fazer turnês de lançamento e noites de autógrafos porque eram muito desgastantes. A última vez que fiz isso anos atrás em Moscou, houve tumulto, 500 pessoas ficaram de fora da livraria gritando que queriam entrar. Era impossível controlar a multidão. Desde então, mantenho contato direto com meus leitores pelo blog, pelo Twitter e pelo Facebook.” Ele se tornou seletivo para divulgar seu trabalho pela imprensa. “Quase não concedo mais entrevistas. Hoje, sozinho, tenho mais seguidores que o número total de leitores dos dez jornais de maior circulação no mundo.” O Twitter e o Facebook de Paulo Coelho reúnem 28 milhões de seguidores. Eles são alimentados por feeds diários de novidades, aforismos e conselhos. “Diferentemente de muitos autores de renome, escrevo para ser lido”, afirma. “Os leitores são a meta de tudo o que faço. São os juízes da literatura, não os críticos.”

Mesmo que receba diariamente apelos dos leitores para que retorne ao Brasil, não pretende fazê-lo tão cedo. Ele se diz desgostoso com a política, a literatura – e até o futebol. “Sou um exilado cultural do Brasil. O país me decepciona em vários sentidos. Ele foi dominado por uma onda de conservadorismo que despreza as conquistas do povo, como os direitos trabalhistas para as empregadas domésticas e a mobilidade dos trabalhadores, como as faixas de ônibus, medida totalmente justa”, diz. Segundo ele, o governo brasileiro se revelou clientelista e deu espaço à corrupção. “Não sinto a mínima falta disso.” Ele diz que é hora de a política mudar, mas nada acontecerá. “O problema não é o PT no poder ser incompetente. É seus adversários serem ainda piores.” Reserva farpas especiais para Marina Silva, pré-candidata a vice-presidente na chapa do governador Eduardo Campos. “Marina Silva representa tudo o que o Brasil deveria evitar: o moralismo, o conservadorismo e o atraso. Ela está acabando com as chances de Eduardo Campos, se é que ele tinha alguma.”

A política é uma das razões por que ele não comparecerá aos jogos da Copa, apesar de ter sido convidado pela Fifa. “É uma questão de coerência”, afirma. Coelho previu que o Brasil venceria a Copa das Confederações. Para os que aguardam, ansiosos, o vaticínio do Mago para a Copa do Mundo, Coelho acena com o risco de maracanazo: “Certamente, o Brasil irá à final, mas há duas seleções fortíssimas nesta Copa: a Espanha e a Alemanha. O Brasil tem chances de não ganhar”. Em 2007, Coelho participou do comitê que conseguiu que o Brasil sediasse a Copa do Mundo. “Daquele comitê não resta mais ninguém”, diz. “Eu era um dos idiotas que acreditavam que a Copa do Mundo melhoraria a infraestrutura do Brasil. Pior, estou desapontado porque a Fifa não cumpriu o que prometeu, reservar ingressos a pessoas com problemas de mobilidade.”

Ainda assim, Coelho afirma que a Copa será importante para mostrar o Brasil ao mundo, inclusive seu lado negativo. “A barra vai pesar na Copa”, diz. “Os protestos explodirão durante os jogos porque haverá mais gente fora que dentro dos estádios. Espero que isso ajude a mudar o Brasil. Sonho em que o circenses interfira no panis dos brasileiros.” É uma referência à expressão latina panis et circenses, ou pão e circo.

Coelho condena a atuação dos black blocs nos protestos: “São vândalos que se escondem sob o anonimato das máscaras. Não há nada mais covarde e condenável que o anonimato. Me admira um artista como Caetano Veloso posar para uma foto fantasiado de black bloc. Ele depois diz que não sabia do que se tratava. Ora, Caetano não tem nada de ingênuo. Eu não posaria para uma foto vestido com traje de um movimento que não conheço”, afirma.

TRABALHO
Paulo Coelho monitora avidamente as redes sociais – e tuíta em inglês, espanhol e português (Foto: Lucien Fortunati/AP)

Paradoxalmente à condição de exilado voluntário, Coelho se tornou um dos intelectuais mais influentes do Brasil. É como se sua ausência preenchesse um vazio na vida brasileira. Seu prestígio lhe valeu em 2007 o título de imortal da Academia Brasileira de Letras. Seus colegas acadêmicos consideram-no omisso na instituição. “Eles têm razão”, diz. “Eu deveria fazer mais pela literatura brasileira.” De qualquer forma, Coelho é hoje o único autor nacional com possibilidades de figurar entre os candidatos ao Prêmio Nobel. Ainda assim, os críticos locais desprezam sua obra. Etiquetam-na de “mística”, “fácil” e “autoajuda” – caraterísticas que o ajudaram a se transformar num autor universalmente aceito. “Os escritores brasileiros consagrados pela crítica se esqueceram que o principal é saber contar histórias”, diz. “Ninguém consegue ler os livros deles. Eles frustram o leitor com o excesso de pretensão. Mas se iludem, porque a curriola literária cria um ambiente de elogios mútuos que lhes dá a ilusão de que são incríveis. Me esforço diariamente para tornar minha literatura simples aos leitores. E ser simples é difícil.”

Apesar da distância do Brasil, ele insiste em marcar sua presença na vida cultural, participando de debates e movimentos. Tem sido o maior defensor da publicação de biografias não autorizadas. “Nunca vistorio as biografias produzidas sobre mim. Fernando Morais fez minha biografia (O mago, de 2008) e agora se considera dono do assunto. Não gostou quando a jornalista Hérica Marmo lançou A canção do mago, em 2007, ano em que ele escrevia a dele. A biografia de Hérica é melhor que a de Fernando Morais. Eu disse: ‘Fernando, você não é dono da minha vida. Nem eu sou, como você quer ser?’.” Em 19 de março último, no Dia de São José, dia em que Coelho reúne anualmente seus amigos, ele fechou o cassino de Estoril, em Portugal, para a primeira sessão do longa-metragem Não pare na pista, de Carolina Kotscho. O filme, sobre a vida de Paulo Coelho, deverá estrear em agosto no Brasil. “Não sabia de nada até então, e adorei o filme. Porque ele é fiel à minha vida, inclusive nas partes negativas, como minha relação conturbada com Raul Seixas e o desprezo que sentia contra meus pais quando era hippie. Sou dono de minha vida? Claro que não. Todo mundo tem o direito de exprimir o que pensa sobre a vida dos outros.”

Coelho dirige seu arco e flecha giratório contra o grupo que tenta forçar o governo a censurar biografias não autorizadas. Chama a atenção para a conduta do ídolo de sua juventude: o compositor Chico Buarque de Holanda. “Entendo que o Roberto Carlos seja contra as biografias. Ele é o que é. Mas não perdoo Chico Buarque. Logo ele, o artista libertário por excelência, vir defender a ideia de controlar a informação sobre a vida pública dele. Isso me desapontou profundamente. Se sair uma nova biografia do Chico, não vou ler nem comprar, pois sei que é chapa-branca. O mesmo vale para Caetano e Gilberto Gil. Minha geração envelheceu mal. É mais conservadora que a geração de nossos pais, contra a qual lutamos nos anos 1960.”

À medida que a internet se disseminou, Coelho se tornou um adepto das redes sociais e das novas vertentes digitais da ficção. “A proliferação de blogs e o contato imediato com os leitores alteraram a ficção para sempre.” Coelho adotou o método interativo para escrever o romance que lança agora, Adultério. Ele narra a história de uma mulher suíça de 30 anos, Linda. Ela é rica, mora em Genebra e trai o marido com um antigo colega de faculdade, mesmo sendo feliz no casamento. “A história foi sendo escrita em público, à vista de todos os internautas”, diz. “Não tinha ideia sobre em que se transformaria. Queria escrever algo sobre a depressão. Submeti a ideia nos fóruns da internet e em meu blog e pedi que os internautas enviassem relatos sobre suas experiências. Foi uma surpresa descobrir que o que atormenta mais as pessoas hoje não é a depressão, mas a traição. Foi o e-mail detalhado de uma leitora que serviu para eu criar a personagem de Linda e construir um enredo sobre a culpa e a traição. Alterei o nome e o endereço dela.” A chave da nova ficção, diz, é a participação ativa dos leitores conectados às redes sociais.

Coelho se transformou também no líder e porta-voz dos jovens escritores fantásticos, como Eduardo Spohr ou a dupla Jovem Nerd, André Vianco e Ra­phael Dracon. Por defender essa vertente desprezada pela crítica acadêmica, ele rompeu com o comitê organizador da Feira de Frankfurt em outubro de 2013, quando o Brasil era o país homenageado. “Saí do evento porque a maior parte dos 70 autores convidados não representava a literatura brasileira viva da atualidade. Na realidade, tratava-se de um grupo de amigos que viajou à custa do governo, escritores medíocres que não sabem planejar um enredo e não têm leitores. Quem são eles?” Coe­lho prometeu participar da feira de 2014 e então levar junto os autores que considera representativos. “Os jovens que cresceram com a internet estão mudando o jeito de fazer ficção”, diz. Inspirado na nova legião de jovens autores fantásticos, ele planeja escrever uma saga em vários volumes, um pouco à maneira de George R.R. Martin (de Guerra dos Tronos), usando pseudônimo. “Sou admirador de ficção científica e da literatura fantástica. Será uma experiência estimulante.” Entre tuitar, cortar lenha e praticar arco e flecha, Coelho certamente arranjará tempo para a nova empreitada.

Fonte: LUÍS ANTÔNIO GIRON, de Genebra revista Época - 14/04/2014 - - 14:22:48


segunda-feira, 14 de abril de 2014

A chave da Pandora


O maior escândalo de corrupção no governo do Distrito Federal, batizado como Caixa de Pandora, pode ruir como um castelo de areia. O processo que teve a origem das investigações pela Sub-Procuradora Raquel Dodge, teve no seu percurso falhas que podem anular todo o processo. O inquérito 650 que deu origem a denuncia teve a colaboração nas investigações do ex-Sub-Procurador e advogado na época, José Roberto Santoro. A procuradora Raquel Dodge colega de Santoro, quando exercia cargo de Sub-Procurador, confidenciou ao então advogado segredos da investigaçao que mais tarde serviu de apoio para Santoro advogar sem aparecer publicamente para um dos réus mais importante no processo. O ex-governador, José Roberto Arruda, contou com a ajuda informalmente, mas remunerado na sua defesa. Santoro nas vésperas de ser deflagrado a operação Caixa de Pandora, estava no Rio de Janeiro acertando detalhes com Raquel Dodge de como seria a ação do Ministério Público no dia seguinte com os pedidos de busca e apreensão e até prisões a ser cumprida pela Polícia Federal. Santoro orientou sua ex-colega e amiga a cumprir somente os mandados de busca e apreensão, e depois de analisar o material apreendido, fariam a segunda operação. Antes mesmo de acontecer a operação, Raquel Dodge, em viagem para o exterior encontrou uma amiga de infância, Maria Helena Pinheiro Penna, que é irmã do então Secretário de Planejamento e Gestão do governo Arruda, Ricardo Penna, também investigado no esquema da Caixa de Pandora. Ricardo Penna, sabia antes mesmo da operação ser deflagrada que o seu nome fazia parte do rol dos investigados. Após a operação ser deflagrada uma rocambolesca história acontecia, o então governador, José Roberto Arruda, entrava na mira do Palácio do Planalto, pelas mãos da  Empresa Brasileira de Inteligência (ABIN). O então presidente Luís Inácio Lula da Silva, tomou conhecimento que o governador de Brasília , tinha em mãos documentos que poderiam respingar no Palácio da Alvorada. Com isso a Casa Militar do Palácio do Planalto, também informava ao presidente que uma operação iria acontecer flagrando Arruda tentando comprar o silencio de uma testemunha, ai começou o rolo compressor do Palácio do Planalto para deter Arruda o mais rápido possível. A Polícia Federal preparou uma operação com o jornalista Edson Sombra para flagrar a tentativa em comprar  o silencio. Enquanto isso, o ex-presidente Lula se empenhava pessoalmente na prisão do governador junto ao presidente do STJ, Cesar Asfor Rocha. O presidente do STJ procurou o ministro encarregado do inquérito, Fernando Gonçalves, que não quis decidir monocraticamente, Lula ao telefone com Cesar Asfor, pedia o empenho absoluto fazendo o presidente do Tribunal telefonar para alguns ministros que já haviam deixado Brasília, pois era véspera de feriado. Alguns ministros retornaram a Capital Federal nas asas de aviões da FAB para votar o pedido de prisão do então governador, José Roberto Arruda. Durante a votação, Lula ficava ao telefone com Cesar Asfor Rocha, monitorando a votação. Depois disso com Arruda já preso na Polícia Federal, o secretário geral da presidencia da república, Gilberto Carvalho, pediu para o seu amigo e vizinho de fazenda, o advogado José Gerardo Grossi, levar para Arruda, o pedido de renuncia em troca da liberdade. O então governador não assinou e permaneceu preso, dai em diante o processo transcorreu lentamente, pois talvez o objetivo de muitos teriam sido alcançados. Vale a pena lembrar que Arruda à época estava cotado para ser o vice-presidente na chapa do PSDB com Serra e Aécio.

Eliana Pedrosa: Saúde no DF é um caos


 Por: Diário da Manhã.
É possível duas mulheres no comando do Buriti – afirmou Eliana Pedrosa

Walter Brito

A deputada distrital e presidenta do PPS candango, Eliana Pedrosa, concedeu entrevista exclusiva ao Diário da Manhã. Pré-candidata ao governo do Distrito Federal, a deputada foi muito cuidadosa em suas respostas, principalmente quando o assunto é a composição de uma frente de oposição para enfrentar o poder da máquina petista no DF. Ela criticou a falta de gestão do governo Agnelo e teceu comentários sobre a reforma política que não se consolidou. Quando questionada pela reportagem sobre a possibilidade de ter como vice em seu projeto rumo ao Palácio do Buriti uma pessoa do sexo feminino, ou seja, ela para governadora e outra mulher como vice, Eliana disse que é positivo. A reportagem entende que nesse sentido, existem bons nomes para vice na oposição, como Liliane Roriz, do PRTB, Anna Christina Kubitschek Pereira, do PP, e Jovita Rosa, do PDT. Jovita é uma das criadoras da Ficha Limpa. Sobre a questão, Eliana afirmou: “os eleitores de Brasília não se espantarão, pois as mulheres já são respeitadas como gestoras”.

Entrevista

“Precisamos de fato de uma reforma política que não aconteceu a tempo para as eleições do dia 5 de outubro. Entendo que somente a questão do financiamento público não resolve o problema, pois são muitas questões que precisam ser discutidas. Acredito que quem tem a possibilidade de interface com o poder econômico continuará recebendo recursos. Por isso, precisa ser uma discussão ampla”, disse Eliana.

Referente à união das oposições para enfrentar a máquina do PT, a deputada afirmou: “O grupo do Arruda e do Roriz decidiu por uma chapa completa sem dar espaço para ninguém. Eles já escolheram sozinhos o candidato ao governo, vice e também o candidato ao Senado, sem ouvir os demais políticos. Nós do PPS estamos procurando conversar de forma democrática com outros partidos, pois temos lideranças importantes na política de Brasília, que precisam ser respeitadas e ouvidas. Estamos procurado o melhor caminho, principalmente no que se refere à identidade de um programa de governo consistente, quando daremos resposta às insatisfações demonstradas nas ruas pelas manifestações, bem como os rolezinhos dos jovens nos shoppings de todo o País. Precisamos valorizar o clamor popular”, arrematou.

Quanto ao governo de Agnelo Queiroz, ela foi dura: “O governo do doutor Agnelo falta gestão, inclusive na saúde pública, que é um caos. Esse governo que aí está, falta-lhe planejamento e pulso firme para que as coisas aconteçam de forma positiva em todos os setores. O que posso mencionar de pronto como exemplo, são as obras da rodoviária para atender o VLT. Ressalto, que as obras do VLT estão sendo tocadas há dois anos, e só agora o governo descobriu que precisa de fazer reforma. É um grande erro levar os ônibus para a plataforma superior da rodoviária. Nota-se que o zigue-zague feito por uma grande quantidade de ônibus, principalmente em ruas estreitas, tornou-se um desastre total. A outra alternativa encontrada pelo governo do PT, seria levar os ônibus para o antigo Touring de Brasília, onde funcionam órgãos importantes como Cras, Creas e Caps. Trata-se de mais um erro. O governo do PT está sem rumo!”.

Outro assunto abordado pela reportagem, foi a corrupção, quando a pré-candidata do PPS ao governo do DF respondeu: “A corrupção se dá de forma muito forte no país, infelizmente. Os políticos deveriam respeitar os trabalhadores, que lutam de sol a sol em suas diversas atividades para sustentar suas famílias com dignidade. É do resultado do trabalho do povo brasileiro, que se tira o dinheiro para a manutenção da máquina pública. Questões relacionadas à corrupção podem ser vistas de dois ângulos: o primeiro é a falta de preparo dos gestores públicos, pois qualquer cargo público exige por exemplo, um curso ou alguma experiência. Na política isso não ocorre, a pessoa precisa apenas saber assinar seu nome, mesmo não tendo conhecimento algum de gestão. O segundo, evidentemente não só na política mas em outras áreas, existem pessoas com um maior desvio de caráter, que praticam essas ações de corrupção de uma forma deliberada. Creio que as penalidades que estão escritas na Lei, deveriam ser cumpridas com maior vigor”, analisou.

Eliana disse que dentro do jogo político, no que se refere à sucessão no DF que se aproxima, as chapas ainda não estão consolidadas, o que ocorrerá por meio das convenções no mês de junho. Na sua fala, a deputada sugeriu que todas as chapas de oposição apresentadas na imprensa são prematuras, pois tudo são conjecturas. Portanto segundo a deputada, muita discussão ocorrerá até junho, no sentido de ser apresentada a chapa definitiva para enfrentar o atual governo. Por outro lado, comentam nos bastidores da política candanga, que o governador Agnelo deverá inaugurar 400 obras, o que certamente ajudará a diminuir a sua rejeição junto aos eleitores do Distrito Federal. E mais, ele contará com o reforço de Lula e Dilma no seu palanque. Conclui-se que a oposição não poderá brincar.

Sobre os nomes que estão tentando se viabilizar na disputa majoritária, a deputada opinou: “Temos nomes fortes para enfrentar o governo Agnelo, desde a chapa que foi lançada por Roriz e Arruda, como também Reggufe; Rollemberg; Pitiman; Fraga, entre outros companheiros. Coloco também o meu nome na disputa para o governo do Distrito Federal, por que possuo filho e netos que moram na cidade. Olhando para eles, estou olhando com muito carinho para toda a população do DF. Os nossos habitantes querem garantia e uma perspectiva de futuro. Se há um lugar no Brasil, que podemos sonhar com isso, é Brasília. Nenhum lugar da federação tem um fundo constitucional, que permite à população pagar melhor a segurança pública, seus profissionais de saúde e educação, como a nossa cidade-estado. Finalizo reafirmando que falta gestão administrativa no governo atual. Estou preparada para ajudar Brasília e seu povo. Serei candidata ao governo do Distrito Federal, se os partidos de oposição e o povo entenderem que o meu nome é viável!”, concluiu. (Walter Brito, jornalista)

Fonte: Blog do Cafezinho.

CAVALOS DE OURO

PMDF VAI GASTAR MAIS DE 3 MILHÕES REAIS NA COMPRA DE CAVALOS DE RAÇA 


A VOZ DA VERDADE - Por Celson Bianchi
Quando a gente pensa que já viu de tudo somos surpreendidos com mais um absurdo na série gastanças do Distrito Federal. Não tem muito tempo e o Comandante da Polícia Militar foi demitido por gastar uma fortuna na compra de capas de chuva. Agora a aquisição é outra mais o gasto milionário é exatamente igual. Através do pregão com registro de preços 23/2014, cujas propostas vão ser abertas no próximo dia 14 de abril, a Polícia Militar pretende gastar mais de 3 milhões de reais, repito mais de 3 milhões de reais para a aquisição de cavalos da raça BH. Esta raça se destina à prática de hipismo na modalidade salto e não para o patrulhamento de ruas. Não consta que a PMDF possua algum cavaleiro ou amazona que possa se destacar nas Olimpíadas de 2016, logo, nossa coluna foi ouvir especialistas no mercado de cavalos e por se tratar de uma aquisição inédita está cercada de mistério. No DF e no Brasil, poucos são os criadores que dispõem de uma quantidade tão grande de animais desta raça, para disponibilizar de uma só vez e muito menos haras cadastrados na forma exigida pela lei de licitações. Em Brasília, por exemplo, não tem nenhum. A suspeita é de alguma empresa ou entidade estará se habilitando para intermediar as aquisições e assim atender, conforme a demanda da PM as encomendas que serão feitas, ao que parece na medida, para as atividades de lazer esportivo,pois o BH não tem a rusticidade necessária para o patrulhamento de rua. Ao que parece o governador do Distrito Federal não foi informado da aquisição e o volume gasto com ração no Regimento de Polícia Montada do DF, nos últimos três anos, nem de longe nos permite concluir que estejam a faltar cavalos, a não ser que estejam dando sumiço nos que existem ou existiam lá. O Ministério Público Militar e o Tribunal de Contas já estão de olho na denúncia, que pode envolver militares ativos e reformados da PMDF nesta compra de milhões, com o apoio de algum grupo de criadores, as propostas já foram entregues e a quebra dos sigilos telefônicos e de e-mails dos envolvidos pode esclarecer muita coisa. É esperar para ver.

Professor que chamou Valesca Popozuda de pensadora já foi punido por método


Acostumado a polêmicas, Antônio Kubitschek de Oliveira agrada aos alunos com suas aulas inovadoras

Publicação: 13/04/2014 08:03 Atualização:

Professor diz que já foi alvo de perseguição política
Durante a última semana, ele se envolveu em uma polêmica nacional e virou um dos temas mais comentados das redes sociais. Tudo porque formulou uma questão para prova de estudantes do Centro de Ensino Médio 3, de Taguatinga, citando a música da funkeira Valesca Popozuda Beijinho no ombro, considerada um hit do momento. O professor Antônio Kubitschek de Oliveira se referiu à cantora como uma “grande pensadora contemporânea”. Não é a primeira polêmica em que Antônio se envolveu.

Em 2004, ele foi alvo de um processo administrativo e, com outros sete docentes, acabou afastado do Centro de Ensino Médio 5, em Ceilândia. Ele lembra do episódio de 10 anos atrás e diz que a decisão foi fruto de “perseguição política”. “Nós bolávamos exercícios interdisciplinares e fazíamos debates sobre temas diversos. Entrou uma nova direção na escola, que discordava dos nossos conceitos e nos considerava de esquerda, por isso nos tirou de lá”, relata. Antônio critica aqueles que rejeitam métodos de ensino inovadores. “Temos que nos reinventar para prender a atenção dos alunos. A aceitação do nosso método era tão grande que, quando saímos de lá, os alunos ficaram 22 dias de greve como forma de protesto. Essa foi a prova que tínhamos razão”, recorda-se.

No mais recente episódio, ele diz que alcançou o objetivo, que era mesmo causar polêmica.
Extrovertido e benquisto por todos, o mineiro, de 43 anos, é considerado pelos estudantes um dos melhores professores do colégio e defende sua forma de ensinar. Ele acredita que o ambiente escolar é um local em que é necessário suscitar debates sobre temas polêmicos, para que os alunos pensem além do senso comum. “É o papel do professor, ainda mais o de filosofia, estimular os meninos a refletirem sobre a humanidade e sobre o mundo atual”, opina.

Fonte: Correio Web.

Funcionários do metrô decidem manter greve, após semana de caos no trânsito


A categoria reivindica, principalmente, a correção das distorções salariais do plano de carreira


Publicação: 13/04/2014 21:55 Atualização: 13/04/2014 22:53

A greve dos metroviários, que revoltou passageiros e tumultuou o trânsito na cidade nos últimos dias, vai ser retomada a partir da 00h desta segunda-feira (14/4). A categoria decidiu continuar a paralisação, suspensa desde a última quarta-feira (9/4), em assembleia na noite deste domingo (13/4) na Praça do Relógio em Taguatinga. A greve, de acordo com os sindicalistas transcorrerá por tempo indeterminado. Apenas 30% dos trens - o que equivale a sete composições - circularão e 10 estações ficarão fechadas.

A greve dos metroviários começou há 11 dias, em 2 de abril. Houve aumento da procura por ônibus; a movimentação na Rodoviária do Plano aumentou consideravelmente. O Transporte Urbano do Distrito Federal (DF Trans) teve que remanejar coletivos para as regiões atendidas pelo Metrô-DF.

Nas estações, os últimos dias têm sido de caos. Desde que a greve começou, cerca de 160 mil usuários do serviço foram prejudicados. A população tem se aglomerado em filas e enfrentado a superlotação de apenas sete trens. No dia 9, por exemplo, uma fila de cerca de 200 pessoas se formou com destino ao Plano Piloto, na estação de Taguatinga.

Nesse mesmo dia, um atraso na circulação de trens do metrô em Ceilândia Centro terminou em confusão na Avenida Hélio Prates. A manifestação começou após um trem quebrar na estação, por volta de 7h40. Alguns passageiros esperavam no local desde as 6h. Os passageiros se revoltaram e começaram a quebrar o vagão e, com ajuda de extintores, destruíram os vidros e jogaram pó químico na cabine do piloto. O Batalhão de Choque da Polícia Militar foi acionado e tentou dispersar os manifestantes com bombas de efeito moral. Ao menos cinco pessoas foram detidas.

No dia 10, um dos trens apresentou falha elétrica quando deixava a estação Águas Claras, sentido Rodoviária do Plano Piloto. Alguns passageiros tiveram que quebrar as janelas e caminhar nos trilhos.

Ainda no dia 9, o sindicato que representa a categoria, SindMetrô-DF, decidiu suspender a paralisação por pelo menos 48 horas durante uma reunião no Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (TRT-10) entre grevistas e a companhia.

Reivindicações
A categoria reivindica, principalmente, a correção das distorções salariais do plano de carreira, redução de jornada de oito para seis horas, reajuste salarial de 10% para todos os empregados, além de mais segurança. Outra demanda dos trabalhadores é a implantação do plano de previdência, que, segundo o Sindimetrô-DF, foi discutido no último acordo coletivo, mas não saiu do papel.

Fonte: Correio Web.

Collor: STF marca julgamento da ação penal contra o ex-presidente


O Supremo Tribunal Federal (STF) marcou para o dia 24 de abril o julgamento da ação penal que envolve o senador Fernando Collor (PTB-AL), acusado pelo Ministério Público Federal (MPF) dos crimes de peculato e corrupção passiva. As acusações referem-se ao período em que Collor foi presidente da República, entre 1991 e 1992, ano do impeachment que marcou o final do seu governo...

A denúncia contra o ex-presidente foi recebida pela Justiça de primeira instância em 2000 e chegou ao STF, em 2007. O processo foi distribuído para o ministro Menezes Direito, mas com a morte do magistrado, em 2008, o processo passou para relatoria da ministra Cármen Lúcia.

Em novembro do ano passado, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu ao STF rapidez no julgamento da ação penal. Devido à demora do Judiciário para julgar o caso, a acusação por falsidade ideológica já prescreveu. "Para os crimes de peculato e de corrupção passiva, o prazo prescricional pela pena mínima já foi superado, de modo que, no entender do Ministério Público, é preciso conferir prioridade ao caso em tela", afirmou Janot.

De acordo com denúncia apresentada pelo MPF, foi instaurado no governo do ex-presidente Collor “um esquema de corrupção e distribuição de benesses com dinheiro público” em contratos de publicidade. Segundo o órgão, o esquema envolvia o ex-presidente, o secretário particular da Presidência e empresários.

Os procuradores relatam que o esquema consistia no pagamento de propina de empresários aos agentes públicos para que eles saíssem vencedores em licitações de contratos de publicidade e propaganda com o governo. De acordo com o MPF, valores eram depositados em contas bancárias em nome de laranjas.

Na defesa apresentada no processo, os advogados de Collor negaram as acusações e afirmaram que a denúncia do Ministério Público apresenta falhas. Segundo a defesa, o órgão fez a acusação sem apontar os atos que teriam sido praticados pelo ex-presidente.

"Não fora bastante a falta de mínimo suporte probatório que sustente a imputação, a denuncia é também omissa na descrição da conduta que pretende atribuir ao acusado a fim de ter pretensamente concorrido para a suposta fraude nos procedimentos licitatórios que teria propiciado a alegada prática de peculato. A acusação em momento algum descreve qual foi a atuação do então presidente na realização das referidas licitações ou por que meio teria influenciado seu resultado a fim de propiciar a transferência ilícita de recursos públicos para terceiros", afirmou a defesa.

*Da Agência Brasil
Fonte: Jornal Opção - 13/04/2014 - - 20:28:24