A categoria reivindica, principalmente, a correção das distorções salariais do plano de carreira
Publicação: 13/04/2014 21:55 Atualização: 13/04/2014 22:53
A greve dos metroviários, que revoltou passageiros e
tumultuou o trânsito na cidade nos últimos dias, vai ser retomada a partir da
00h desta segunda-feira (14/4). A categoria decidiu continuar a paralisação,
suspensa desde a última quarta-feira (9/4), em assembleia na noite deste
domingo (13/4) na Praça do Relógio em Taguatinga. A greve, de acordo com os
sindicalistas transcorrerá por tempo indeterminado. Apenas 30% dos trens - o
que equivale a sete composições - circularão e 10 estações ficarão fechadas.
A greve dos metroviários começou há 11 dias, em 2 de
abril. Houve aumento da procura por ônibus; a movimentação na Rodoviária do
Plano aumentou consideravelmente. O Transporte Urbano do Distrito Federal (DF
Trans) teve que remanejar coletivos para as regiões atendidas pelo Metrô-DF.
Nas estações, os últimos dias têm sido de caos. Desde
que a greve começou, cerca de 160 mil usuários do serviço foram prejudicados. A
população tem se aglomerado em filas e enfrentado a superlotação de apenas sete
trens. No dia 9, por exemplo, uma fila de cerca de 200 pessoas se formou com
destino ao Plano Piloto, na estação de Taguatinga.
Nesse mesmo dia, um atraso na circulação de trens do
metrô em Ceilândia Centro terminou em confusão na Avenida Hélio Prates. A
manifestação começou após um trem quebrar na estação, por volta de 7h40. Alguns
passageiros esperavam no local desde as 6h. Os passageiros se revoltaram e
começaram a quebrar o vagão e, com ajuda de extintores, destruíram os vidros e
jogaram pó químico na cabine do piloto. O Batalhão de Choque da Polícia Militar
foi acionado e tentou dispersar os manifestantes com bombas de efeito moral. Ao
menos cinco pessoas foram detidas.
No dia 10, um dos trens apresentou falha elétrica
quando deixava a estação Águas Claras, sentido Rodoviária do Plano Piloto.
Alguns passageiros tiveram que quebrar as janelas e caminhar nos trilhos.
Ainda no dia 9, o sindicato que representa a categoria,
SindMetrô-DF, decidiu suspender a paralisação por pelo menos 48 horas durante
uma reunião no Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (TRT-10) entre
grevistas e a companhia.
Reivindicações
A categoria reivindica, principalmente, a correção das
distorções salariais do plano de carreira, redução de jornada de oito para seis
horas, reajuste salarial de 10% para todos os empregados, além de mais
segurança. Outra demanda dos trabalhadores é a implantação do plano de
previdência, que, segundo o Sindimetrô-DF, foi discutido no último acordo
coletivo, mas não saiu do papel.
Fonte: Correio Web.
Fonte: Correio Web.
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