quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Diretor de presídio cai após regalia para Delúbio

Por Laryssa Borges

Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT e condenado no processo do mensalão, deixa o Centro de Progressão de Pena (CPP), onde cumpre pena em regime semiaberto, e vai para seu trabalho na CUT nacional (Sérgio Lima/Folhapress)...

Ministério Público do Distrito Federal encaminhou pedido à Justiça cobrando o fim das mordomias concedidas aos petistas no presídio da Papuda.

As mordomias concedidas aos mensaleiros encarcerados no Complexo Penitenciário da Papuda causaram mais uma baixa: Afonso Emílio Alvares Dourado pediu demissão da diretoria do Centro de Progressão Penitenciária (CPP), unidade que abriga os detentos que cumprem pena no regime semiaberto e já obtiveram direito ao trabalho externo.

A saída de Dourado foi a segunda baixa no CPP em menos de dez dias: o vice-diretor da unidade, Emerson Antonio Bernardes, foi demitido do cargo no dia 19 depois de discordar dos privilégios concedidos ao ex-tesoureiro petista Delúbio Soares. Bernardes entrou em conflito porque o mensaleiro mantém uma rotina diferenciada no presídio – recusou-se a tirar a barba (exigência para os internos), recebe visitas fora do horário permitido e tem um motorista da Central Única dos Trabalhadores (CUT) que estaciona o carro no pátio da penitenciária.

Conforme revelou VEJA desta semana, o ex-tesoureiro petista detém forte influência no CPP. Os benefícios, considerados irregulares pelo Ministério Público do Distrito Federal, incluem até refeições especiais, como feijoada aos finais de semana, o que é proibido para todo o restante da população carcerária. Outro exemplo da influência de Delúbio dentro do CPP ocorreu quando o petista teve sua carteira roubada. Ele chamou o chefe de plantão, que determinou que ninguém deixasse a ala do centro de detenção até que a carteira, os documentos e os 200 reais em dinheiro fossem encontrados.

Nesta terça-feira, o MP encaminhou pedido para que o governador Agnelo Queiroz (PT), companheiro de partido dos mensaleiros, acabe com os privilégios aos condenados que cumprem pena na Papuda. Se não houver resposta satisfatória do governo local, os promotores querem que o Supremo Tribunal Federal (STF) determine a transferência dos condenados para penitenciárias federais, onde o tratamento seria bem diferente.

Para o Ministério Público, as irregularidades em favor dos mensaleiros, além de impedir que todos os condenados sejam tratados de forma igual, provocam um componente ainda mais preocupante: o risco de rebelião. Por determinação judicial, as regalias que os mensaleiros cultivavam clandestinamente no sistema prisional do DF deveriam ter sido suspensas no final do ano passado. Mas as decisões judiciais, segundo o Ministério Público, foram descumpridas, permitindo que os mensaleiros continuassem com os privilégios mesmo atrás das grades. “Não pode o Ministério Público ficar inerte, sobretudo após a constatação de descumprimento reiterado de decisões judiciais que expressamente determinaram a observância do princípio constitucional da isonomia”, diz trecho do pedido do MP à Vara de Execuções.

100 anos de perdão
Condenado a oito anos e onze meses de prisão por formação de quadrilha e corrupção, o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares está cumprindo parte de sua pena em regime semiaberto no Centro de Progressão Penitenciária. Trabalha durante o dia como assessor da CUT, em Brasília, e dorme na cadeia. No mês passado, sua carteira, contendo 200 reais, foi furtada dentro do presídio. O perrengue, porém, não durou muito. Diante da pressão dos carcereiros, o ladrão decidiu devolvê-la — intacta
Fonte: Revista Veja - 26/02/2014 - - 13:57:05

Coleta seletiva no DF é criticada por moradores uma semana após início


Caminhões que são usados na coletiva seletiva de lixo no Distrito Federal (Foto: Dênio Simôes/GDF)...

Moradores de várias regiões do Distrito Federal reclamam que os 32 caminhões que fazem a coleta seletiva desde a última semana não estão passando nas datas e horários previstos no cronograma divulgado pelo Serviço de Limpeza Urbana (SLU).

A professora Janaína Borba, que é filha da síndica do bloco G da QI 14 do Guará, disse que o caminhão da coleta seletiva não passou nos dias previstos para a quadra. Segundo a professora, o lixo separado foi recolhido pelo caminhão de coleta normal.

"Separamos baldes diferentes durante a semana para recolher o lixo. Na quarta, o caminhão não passou. Mesmo assim, continuamos recolhendo o lixo, mas no sábado também não foi recolhido", afirmou. "Agora os moradores questionam. Eles ficaram mais resistentes para separar o lixo, porque ninguém veio buscar."

A moradora do Recando das Emas Daniele Dias, conta que desde o anúncio do início da coleta seletiva nenhum caminhão passou na quadra 403. Ela afirmou que o lixo seco está sendo misturado com o orgânico.

"Como o caminhão não passa, acaba que o caminhão de lixo orgânico recolhe tudo.  Andando na rua, você vê que os moradores estão separando o lixo, mas nenhum caminhão passou nos dias previstos", disse.

No setor O, em Ceilândia, a coleta, que deveria ter sido feita no sábado entre as 17h e 19h, não foi realizada. O servidor público Sidclei Lopes disse que o sentimento de separar o lixo e não vê-lo recolhido é "frustrante".

"Todos nós aqui da rua separamos o lixo, inclusive orientamos um morador que havia misturado a fazer a separação. Infelizmente, o caminhão não passou e tivemos essa chateação. Muito frustrante", afirmou. "O panfleto de orientação não chegou aqui, mas acho que quem quer fazer a separação faz. Vamos esperar para ver se vai dar certo."

O SLU informou que das 770 rotas feitas pelo caminhão da coleta seletiva na primeira semana de implantação do sistema, cerca de 60 precisaram sofrer adaptações. A empresa afirmou que trabalha para corrigir os erros e que colocará um fiscal para acompanhar cada um dos 32 caminhões para garantir que a coleta está sendo feita.

Além disso, o SLU afimou que a mistura de tipos de lixo não será tolerada. Caso sejam observados casos assim, as empresas responsáveis serão notificadas e multadas, conforme prevê cláusula do contrato.
Fonte: Portal G1 DF - 26/02/2014 - - 20:39:07

Liberdade de policiais é assunto para Justiça e PM resolverem, diz GDF


Por Ricardo Moreira


Policiais militares deixam entrada da Câmara dos Deputados, em Brasília (Foto: Isabella Formiga/G1).

Em nota, governo fala em 'expectativa de relaxamento da prisão' de PMs. Comando da PM ordenou a prisão de 12 por incitar atos de desobediência...

O governo do Distrito Federal divulgou nota na noite desta quarta-feira (26) informando que "reconhece como legítima" a preocupação manifestada pelo presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves, sobre o protesto de policiais militares realizado durante à tarde no Congresso.

Um grupo de PMs ocupou a entrada da Câmara dos Deputados para pedir que 12 PMs presos por suposto envolvimento na operação tartaruga sejam soltos. O grupo, que também manifestou contra a proposta de reajuste salarial apresentada pelo GDF, deixou o prédio cerca de uma hora depois.

O GDF esclareceu na nota que há "expectativa de relaxamento da detenção dos policiais militares" e que diante disso, "as autoridades que presidem os inquéritos policiais militares (IPMs) e o Poder Judiciário" são responsáveis por analisar o caso.

PMs presos estão na Papuda
O estudante de aviação civil Elienai Meireles Sanches, de 22 anos, afirma que o pai, Valdez Sanches da Costa, 1° sargento do Batalhão de Polícia Militar Ambiental, foi preso injustamente por incitar outros policiais a aderirem a atos de desobediência e desordem.

O PM foi preso na sexta-feira passada (21) depois de ter se recusado, segundo o filho, a dirigir uma viatura da PM. O pai diz que concluiu um curso para direção de veículos, mas que essa habilitação não vale para um tipo de caminhonete nova adquirida recentemente pela corporação, segundo o relato de Sanches.

O estudante conta que o pai estava com a família em casa quando recebeu uma ligação do comando da PM solicitando que ele comparecesse no batalhão onde servia. Costa saiu de casa por volta das 16h. Chegando ao batalhão, foi chamado para uma reunião que só terminou à noite. Foi quando o filho conversou com o PM por telefone. "Ele disse que não iria voltar para casa naquele dia e pediu que nós não nos preocupassemos com a situação. Ele acreditava que iria ficar preso por pouco tempo".

Sanches diz que o pai está na PM há 27 anos e que nunca cometeu atos de indisciplina. O policial está numa ala do presídio da Papuda, chamada de Papudinha, onde ficam presos os policiais militares. As visitas só são liberadas aos sábados.

Costa e outros sete policiais militares, que também foram presos por incitar atos de desobediência, disse Sanches, ocupam celas individuais. "Eles tem autorização para pedir que funcionários comprem comida de fora. As refeições são preparadas lá mesmo", contou o estudante. "Meu pai está num estado emocional muito abalado e já emagreceu bastante. Em toda minha vida, o vi chorando poucas vezes. Após saber que minha mãe e minha irmã tiveram que ficar nuas durante a revista antes de visita-lo ele desabou", afirma o filho do PM.

Reajuste
No último dia 18, uma assembleia marcada por oficiais, realizada no Clube de Oficiais da PM, decidiu aceitar a proposta de reajuste feita pelo governo do DF à categoria. Na manhã da mesma data, outra reunião em frente ao Palácio do Buriti havia rejeitado o plano de reajuste e reestruturação da categoria.

O GDF ofereceu aos policiais militares reajuste de 22% nos salários escalonado em três anos, para aproximar os salários da PM com os da Polícia Civil. No caso dos benefícios, os reajustes variam entre R$ 560, para praças, e R$ 1,2 mil, para oficiais. Pela proposta, o pagamento será feito com recursos do governo local, por meio de decreto.

Operação tartaruga
Policiais militares entraram em operação tartaruga em outubro do ano passado para reivindicar reajuste salarial, reestruturação da carreira e pagamento de benefícios a PMs em atividade e policiais reformados. O governador Agnelo Queiroz afirmou que o movimento tinha caráter político.

Por participação no movimento, doze policiais militares foram presos entre a última quinta e sexta (20 e 21). Os policiais presos são suspeitos de vários crimes militares, incluindo incitação à desobediência, incitação à violência e publicações indevidas. O primeiro deles, preso na noite de quinta, é um soldado suspeito de desacatar ordens de superiores.

Segundo o corregedor-geral da PM, Civaldo Florêncio, os policiais divulgaram postagens em redes sociais e espalharam e-mails sobre a operação tartaruga. "Não se tratam de bandidos ou marginais. Essas medidas visam reestabelecer a ordem e a hierarquia dentro da PM", disse.

A previsão é que os policiais fiquem presos por 30 dias, período que pode ser estendido até o fim do inquérito. Foram abertos processos administrativos contra os policiais presos nesta sexta. Os processos podem originar de advertência até a expulsão da corporação, explicou o corregedor. Além disso, os policiais podem pegar até dois anos de prisão caso sejam condenados.

A categoria ficou dividida depois que o GDF encerrou as negociações sobre reajustes salariais publicando, na quarta, dois decretos. Os líderes das associações decidiram em reunião não se posicionar contra a medida, mas anunciaram que vão enviar carta de repúdio a Agnelo Queiroz.

Em um e-mail divulgado na noite de quarta, havia orientações para que a categoria boicote as atividades. Entre elas, está até mesmo dar informações incorretas a turistas estrangeiros durante a Copa do Mundo, orientando-os a ir a lugares a mais de 40 quilômetros do centro de Brasília, onde ocorrerão os jogos.

"[Sobre] informações aos turistas estrangeiros: oriento-os de maneira incorreta (mande-os para o Sol Nascente, Águas Lindas, Planaltina, Vale do Amanhecer etc.), e só os ajudem, claro, de forma incorreta, se ele (estrangeiro) souber falar português (mesmo que o policial saiba falar outra língua)", diz o e-mail que circula entre os PMs. O texto não é assinado.
Fonte: Portal G1 DF - 26/02/2014 - - 21:53:02

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

PODE OU NÃO PODE?


Já virou rotina!
A Lei vale para mim,
para você, ...
Ninguém pode alegar desconhecer a lei. 
Que papelão!


Veja a Lei n° 2.753/2001, que proíbe propaganda de bebida alcoólica nos logradouros públicos e próprios do DF: http://www.eli.pe/AyhEr

Paralisação de ônibus prejudica passageiros em quatro cidades do DF


Rodoviários reclamam que contratos com as empresas que vão deixar o transporte do DF ainda não foram rescindidos

Publicação: 26/02/2014 06:46 Atualização: 26/02/2014 06:51
Em protesto, 70% dos rodoviários do Grupo Pioneira cruzaram os braços
Os moradores de Santa Maria, Gama, São Sebastião e Paranoá devem enfrentar problemas para usar o transporte público nesta quarta-feira (26/2). De acordo com o secretário geral do Sindicato dos Rodoviários, Cláudio Galvão, 70% dos rodoviários do Grupo Pioneira cruzaram os braços, desde as 5h, para reclamar da demora na rescisão dos contratos com as empresas Satélite, Planeta e Cidade Brasília, que devem deixar de operar no Distrito Federal.

A paralisação é de 24h e, segundo o sindicato, apenas as empresas da cooperativa Cootarde e da empresa Rota do Sol, que fazem linhas circulares, devem funcionar. Como elas têm representatividade mínima, quem precisa de transporte para chegar a outras cidades vai encontrar bastante dificuldade. Só no Gama, 380 funcionários deixaram de trabalhar hoje.

Os rodoviários afirmam que, no processo de transição de empresas do transporte público, apenas a Pioneira ganhou a licitação. A Satélite, a Planeta e a Cidade Brasília devem sair, mas os funcionários reclamam que seus direitos trabalhistas ainda estão pendentes, o que impede a contratação pelas empresas que vão assumir o transporte no DF.

Fonte: Correio Web.

Agressores confessos de professor vão ficar pelo menos 30 dias presos

A medida visa evitar que os dois suspeitos, detidos em flagrante, sejam postos em liberdade ou interfiram nas investigações
Lucas permanece na UTI após ter a mandíbula quebrada e sofrer traumatismo craniano

Após serem presos em flagrante na noite dessa segunda-feira (24/2), os jovens que agrediram o professor de Educação Física, Lucas Silva Lopes Xavier, 27, no Shopping Pier 21, tiveram a prisão convertida em preventiva. A medida  do Tribunal de Justiça pretende evitar que Yago Barboza da Silva, 21 anos, e Matheus Phanta Junges, 20 anos sejam soltos e cometam outros crimes ou atrapalhem a investigação. Eles devem ficar ao menos 30 dias presos e esse período pode ser prorrogado.

Segundo testemunhas, o crime ocorreu quando a vítima dirigiu-se ao banheiro próximo à entrada principal do shopping no último domingo (23/2) e reclamou com rapazes que urinavam em área pública. O professor está internado na unidade de terapia intensiva (UTI) do Hospital Santa Helena e não se recorda do episódio. Ainda não há previsão de alta. Embora Lucas esteja consciente, o quadro dele é considerado grave. As pancadas provocaram traumatismo craniano e a quebra da mandíbula.

O maxilar será reconstruído por intervenção cirúrgica, mas o que mais preocupa os médicos são três coágulos no cérebro. Talvez seja necessário submetê-lo a um procedimento a fim de drenar o sangue. Além disso, Lucas está com os movimentos do lado esquerdo do corpo comprometidos.

Yago foi detido no momento em que chegava da faculdade e informou à polícia onde Matheus morava. O comparsa foi preso logo em seguida. Os dois vão responder por homicídio tentado qualificado com motivo fútil, já que a vítima não teve chance de defesa.

Fonte: Correio Web.

Mensaleiros têm forno elétrico, liquidificador e frigideira dentro da cadeia


Alguns presos do CPP (Centro de Progressão Penitenciária), em Brasília (DF), têm regalias como forno elétrico, liquidificador e até frigideira dentro das celas. Entre eles, estão mensaleiros que cumprem pena no regime semiaberto e também são beneficiados com esses privilégios...

As informações estão em um documento obtido com exclusividade pelo jornalismo da TV Record em Brasília. No local, estão condenados como o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares e o ex-tesoureiro do PL (atual PR), Jacinto Lamas.

A ala que recebeu os equipamentos abriga, além de mensaleiros, policiais condenados pela Justiça.

O documento foi assinado em 27 de janeiro, uma semana depois da transferência de Delúbio para a cadeia. O detalhe é que o forno elétrico, segundo o documento, chegou no dia 30 — três dias após a entrada de Delúbio.

Desde o início da condenação, os presos do mensalão têm  tratamento diferenciado, a começar pela rapidez com que conseguiram autorização para trabalhar no regime semiaberto, alerta a advogada e integrante da Comissão de Ciências Criminais e Segurança Pública da OAB/DF, Aline Batista Duarte.
Fonte: Estação da Notícia / Portal R7, com TV Record Brasília - 25/02/2014 - - 22:57:07

Prisão de PMs da operação tartaruga eleva os ânimos no plenário


A situação dos sete policiais militares presos desde a última sexta-feira, sob a acusação de incentivarem o atraso no atendimento a ocorrências, dominou os debates nesta terça-feira (25), no plenário da Câmara Legislativa. Acusados de comandarem a chamada "operação tartaruga" para pressionar o governo a atender as reivindicações dos militares, os policiais permanecem reclusos no 19º Batalhão da Polícia Militar do DF...

Muitos deputados fizeram questão de se pronunciar sobre o caso, a maioria em solidariedade aos policiais. Aylton Gomes (PR) fez duras críticas ao governo e anunciou sua saída da base de apoio do GDF na Câmara. "No governo anterior os policiais e bombeiros eram respeitados. Essa categoria tem o direito legítimo de defender sua qualidade de vida. Eu não tenho mais condições de permanecer na base do governo e, por isso, quero deixar claro que retiro meu apoio ao governo atual", afirmou. E conclamou a população a apoiar os policiais: "Peço a todo cidadão que abrace seu PM no dia de amanhã".

O deputado Patrício (PT), oriundo da Polícia Militar, criticou a forma como se deu a prisão dos PMs. "Não há mandado de prisão, a detenção é ilegal. Foram os comandantes que decidiram prender. Essa atitude só fez piorar a situação nos quartéis. Hoje os oficiais não têm mais moral para comandar a tropa", alertou. Patrício questionou o porquê de somente praças terem sido presos quando também havia oficiais envolvidos nas manifestações e anunciou que vai solicitar a convocação dos comandantes da PM e dos Bombeiros à Câmara Legislativa. "Quero que eles expliquem por que liberaram a tropa do expediente no dia 18, por que todos os policiais foram à assembleia com viaturas e helicópteros e por que estavam todos armados se a Constituição proíbe esse tipo de reunião", frisou.

O deputado Dr. Michel (PP) fez um apelo ao corregedor da PM para que ele solicite a liberação dos policiais presos. Joe Valle (PDT) e Claudio Abrantes (PT) manifestaram solidariedade aos policiais e suas famílias, e Eliana Pedrosa (PPS) reafirmou que seu partido vai se recusar a votar qualquer matéria enquanto a situação não for resolvida. Aylton Gomes também confirmou estar "em obstrução".

Outro lado – A única voz dissonante foi a da deputada Arlete Sampaio (PT), líder do governo na Casa. Arlete rebateu as acusações de desatenção do governo com a categoria e defendeu que a crise seja contornada sem comprometer os trabalhos do Legislativo. "O governador Agnelo encaminhou à PM uma proposta ousada, se levarmos em conta a realidade financeira do DF. São ganhos reais para os PMs até 2016. Se eles não aceitaram, temos que negociar. O papel do deputado distrital não é o de jogar gasolina no fogo, mas sim de buscar intermediar a situação. Não posso contribuir para a quebra de hierarquia nos quartéis. Nós temos que ser solidários, mas não temos que aderir ao movimento de qualquer categoria. Hoje temos vários projetos importantes para votar, inclusive um em benefício dos servidores da saúde. Não podemos parar", reclamou.
Fonte: Ascom CLDF - 25/02/2014 - - 20:20:43

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

São Sebastião recebe mutirão de limpeza e reparos até sexta

Estão previstas troca de lâmpadas, roçagem e limpeza de bocas de lobo.
Equipes de diversos órgãos vão passar por todas as quadras da região.

São Sebastião, no Distrito Federal, recebe nesta segunda-feira (24) um mutirão de limpeza e reparos. A iniciativa, chamada de Cidade Limpa, ocorre até sexta. Entre os serviços estão troca de lâmpadas queimadas, roçagem e limpeza das bocas de lobo.

De acordo com o GDF, o mutirão vai passar por todos os setores da região, incluindo vias principais e quadras residenciais. Os serviços são executados pela administração regional, Novacap, Caesb, CEB, Detran, Ibram e SLU.


Fonte; G1 DF.

"Ele pegava dinheiro da minha carteira", diz mãe de dependente químico


O Correio conta a história de Silvana, que enfrenta a dependência química do filho caçula. O rapaz, de 20 anos, já vendeu quase tudo em casa para comprar crack e chegou a ser baleado por criminosos. Hoje, está internado
Quando um dos quatro filhos de Silvana*, 48 anos, foi diagnosticado com câncer, ela teve que encontrar forças para mostrar serenidade e acompanhar o tratamento. Apesar do medo de perdê-lo, enfrentou a rotina pesada em hospitais e as penosas sessões de quimioterapia, sempre com um sorriso no rosto. Refeita do susto, viu o mundo desabar novamente ao descobrir que o caçula, então com 17 anos, era usuário de drogas. “Naquela época, não sabia nada sobre esse problema, não entendia o que era a dependência química. Achei que, se ele fosse para uma clínica, sairia de lá curado”, conta.

Silvana desenvolveu depressão por conta do vício do filho, que já dura três anos
Com essa ideia, a dona de casa conversou com os filhos e o marido. Eles chegaram à conclusão de que o melhor era mesmo uma internação. Envergonhado, Eduardo* não teve coragem de confessar que estava fumando crack. Disse que o problema era a maconha. Foi somente quando chegaram à clínica que souberam do verdadeiro vício do garoto. Depois de três meses, ele implorou para deixar o local. Com pena, a mãe autorizou a interrupção do tratamento, inicialmente programado para durar seis meses.

Uma semana mais tarde, o jovem teve uma forte recaída e voltou para a pedra. “Paramos de dar dinheiro para ele e tomamos a chave de casa. Aí, o Eduardo começou a levar as nossas coisas. Primeiro, foram as semijoias, relógios, pulseiras. Às vezes, pegava dinheiro dos irmãos ou da minha carteira.”

Em pouco tempo, o adolescente carinhoso e caseiro mostrou para a mãe que não era mais o mesmo. A mulher de voz mansa e olhos azuis se lembra, até hoje, do que sentiu na primeira noite em que o filho passou nas ruas de Sobradinho 2, cidade onde a família mora. “Fiquei desesperada sem saber onde procurá-lo ou o que fazer. Quando ele chegou, parecia um mendigo, todo sujo e com chinelos velhos. Não me esqueço daquela cena”, diz, com lágrimas nos olhos.

Fonte: Correio Web.

Governo financiou manifestação em que MST tentou invadir o STF


Eles pregam o fim da Constituição e chamam o Judiciário de “assassino."


A Caixa Econômica Federal e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) fecharam contratos sem licitação de R$ 200 mil e R$ 350 mil, respectivamente, com entidade ligada ao Movimento dos Sem Terra para evento realizado no 6.º Congresso Nacional do MST. O evento, há duas semanas, terminou em conflito com a Polícia Militar na Praça dos Três Poderes que deixou 30 policiais feridos. Houve, ainda, uma tentativa de invasão do Supremo Tribunal Federal...

A Associação Brasil Popular (Abrapo) recebeu os recursos para a Mostra Nacional de Cultura Camponesa, atividade que serviu de centro de gravidade para os integrantes do congresso do MST. As entidades têm relação próxima, tanto que a conta corrente da Abrapo no Banco do Brasil aparece no site do MST como destino de depósito para quem deseja assinar publicações do movimento social, como o jornal Sem Terra.

O contrato de patrocínio da Caixa, no valor de R$ 200 mil, está publicado no Diário Oficial da União de 3 de fevereiro de 2014. Foi firmado pela Gerência de Marketing de Brasília por meio de contratação direta, sem licitação, segundo informação do jornal O Estado de S. Paulo. A oficialização do acordo do BNDES com a mesma entidade foi publicada três dias depois. O montante é de até R$ 350 mil. A contratação também ocorreu sem exigência de licitação e foi assinada pela chefia de gabinete da presidência do banco de fomento.

A Mostra Nacional de Cultura Camponesa, objeto dos patrocínios, ocorreu na área externa do ginásio Nilson Nelson, em Brasília. O congresso teve suas plenárias na área interna. Os dois eventos tiveram divulgação conjunta e o objetivo da mostra era mostrar os diferentes produtos cultivados pelos trabalhadores rurais em assentamentos dentro de um discurso do MST da valorização da reforma agrária.

Marcha

O congresso foi realizado de 10 a 14 de fevereiro e reuniu 15 mil pessoas. No dia 12, uma marcha organizada pelo movimento saiu do ginásio e percorreu cerca de cinco quilômetros até a Esplanada dos Ministérios. O objetivo declarado era a entrega de uma carta ao secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, com compromissos não cumpridos pela presidente Dilma Rousseff na área da reforma agrária.

No decorrer da passeata, o grupo de sem-terra integrou-se a petistas acampados em frente ao STF desde as prisões do mensalão, ameaçando invadir a Corte. Na presidência dos trabalhos, o ministro Ricardo Lewandowski suspendeu a sessão que ocorria no momento.

Um cordão de isolamento feito por policiais e seguranças da Corte impediu os manifestantes de avançar em direção ao Supremo. Eles então se dirigiram ao outro lado da Praça dos Três Poderes, rumo ao Palácio do Planalto. Quando os sem-terra romperam as grades colocadas na Praça o conflito começou.

Manifestantes atiravam cruzes que faziam parte da marcha, pedras e rojões contra a polícia, que usou bombas de efeito moral, gás lacrimogêneo e balas de borracha contra os militantes. Ao todo, 30 policiais e dois manifestantes ficaram feridos.

No dia seguinte ao conflito, a presidente Dilma Rousseff recebeu líderes do movimento para debater a pauta de reivindicações, atitude que sofreu críticas de parlamentares da oposição e ligados ao agronegócio.
Fonte: Portal Diário do Poder - 24/02/2014 - - 10:56:26

Suspensão da suspensão. PMs podem dirigir viaturas


Decisão que suspendeu os efeitos da portaria do comando da PMDF é suspensa pelo TJDFT

O efeito suspensivo da decisão proferida pelo Juízo da Sexta Vara de Fazenda Pública do Distrito Federal se deu em agravo de instrumento interposto pelo Distrito Federal, em face de decisão na ação nº 2014.01.1.018383-9, movida pelo Fórum Permanente dos integrantes das Carreiras Típicas de Estado - FINACATE, que havia suspendido os efeitos da Portaria nº 893, de 8 de fevereiro de 2014, expedida pelo Comandante Geral da Polícia Militar do Distrito Federal. 

No despacho suspendendo os efeitos da tutela antecipada, concedida pela Sexta Vara da Fazenda, a desembargadora Leila Arlanch vislumbrou que a suspensão dos efeitos da portaria, expedida pelo Comando Geral da PM e a manutenção  da decisão agravada, poderiam causar lesão grave e de difícil reparação à população do Distrito Federal...

O comandante-geral da Polícia Militar do DF, Anderson Moura, assinou no sábado (8) de fevereiro portaria que autorizou os policiais a dirigirem viaturas da corporação. O ato foi uma resposta a alegação dos policiais de que não estavam autorizados por lei, a conduzirem veículos de socorro e emergência. Segundo eles, seria necessário passar por curso de formação.   No entanto, segundo a portaria, o curso de formação policial é suficiente para atender a exigência do artigo 145, inciso IV, do Código de Trânsito.  

A portaria foi expedida depois que o comando da polícia militar, tomou conhecimento de que policiais do 4º Batalhão da Polícia Militar do Guará, se recusaram, na noite de sexta-feira (7) de fevereiro a dirigir as viaturas para as rondas nas regiões administrativas de responsabilidade do batalhão: Guará, Lúcio Costa e Cidade Estrutural. As rondas foram feitas a pé.  

A decisão do TJDFT é do dia 19 mas só foi publicada hoje 24 de fevereiro.

Leia a integra da decisão abaixo.

Órgão : 1ª TURMA CÍVEL Classe : AGRAVO DE INSTRUMENTO Processo Número : 2014 00 2 003804-7 Agravante(s) : DISTRITO FEDERAL Agravado(s) : FORUM PERMANENTE DOS INTEGRANTES DAS CARREIRAS TIPICAS DE ESTADO - FINACATE Relator : Desembargadora LEILA ARLANCH 

DECISÃO

Trata-se de agravo de instrumento, com pedido de atribuição de efeito suspensivo ativo, interposto por DISTRITO FEDERAL, em face de decisão de fl. 100/101 que, nos autos da ação de conhecimento nº 2014.01.1.018383-9, movida por FORUM PERMANENTE DOS INTEGRANTES DAS CARREIRAS TÍPICAS DE ESTADO - FINACATE, deferiu o pedido de antecipação de tutela para suspender qualquer efeito decorrente da Portaria nº 893, de 8 de fevereiro de 2014, expedida pelo Comandante Geral da Polícia Militar do Distrito Federal. 

O agravante narra que o agravado ajuizou ação declaratória de nulidade, com pedido de antecipação de tutela, distribuída ao Juízo da 6ª Vara de Fazenda Pública do Distrito Federal, sob o nº 2014.01.1.018383-9, com o fito de obter provimento jurisdicional que anulasse a Portaria nº 893/14, alhures citada, segunda a qual a parte recorrida entende ser ilegal, ante a presença do vício de competência e de contrariar nitidamente o art. 145 do CTB, regulamentado pela Resolução nº 413/2012 do CONTRAN.

Discorre que a referida portaria fixou equivalência entre os cursos de formação de soldado, de praça e de oficiais com o curso de especialização para condutores de veículos de emergência, previsto no inciso IV do art. 145 do CTB. 

Assinala que o juízo “a quo”, apesar da não comprovação dos requisitos autorizadores da tutela de urgência, proferiu decisão concessiva de antecipação dos efeitos da tutela postulada pelo recorrido.

Inconformado, o agravante alega, preliminarmente, a ilegitimidade da parte autora para figurar no pólo ativo da demanda. Sustenta que o demandante não observou a norma esculpida no art. 2º-A da Lei 9.497/97 ao ajuizar a ação, porquanto não colacionou junto com a petição inicial a ata da assembléia da entidade associativa que autorizou o ajuizamento da demanda, acompanhada, inclusive, com a relação nominal dos seus associados. Afirma que a via processual eleita é inadequada, porque o recorrido propôs ação de conhecimento, sob o rito ordinário, com nítida natureza de ação civil pública, que exige que a associação, sendo parte autora, esteja constituída há pelo menos um ano. 
No mérito, alega que não subsistem pressupostos legais que autorizem a concessão da antecipação de tutela enfocada, ante a ausência de prova inequívoca das alegações autorais. Assevera que os cursos de condução promovido pela Polícia Militar do Distrito Federal é suficiente para capacitar os integrantes da corporação, sendo certo que a portaria enfocada vai ao encontro com os ditames inseridos na recente Resolução do CONTRAN nº 473, de 11 de fevereiro de 2014. Assenta que, ainda que supostamente ilegal, a portaria deveria ser considerada válida, para resguardar os direitos constitucionalmente protegidos à vida e à segurança pública. 

Deste modo, requer a concessão de efeito suspensivo à decisão agravada. No mérito, pugna por sua reforma. 
Sem preparo ante a isenção legal prevista à hipótese. 
É o relatório. DECIDO.
Ab initio, consoante leciona Walter Vechiato Júnior “o objeto do agravo de instrumento consiste na decisão interlocutória proferida no curso do processo, sem nele colocar fim, com cunho decisório para resolver questões incidentes ou intermediárias”.
Assim, as questões preliminares suscitadas pelo recorrente - ilegitimidade ativa, inadequação da via eleita e ausência de autorização dos associados para ajuizamento da ação primária -, que obstam análise do mérito da demanda, deverão ser apreciadas oportunamente pelo juízo da instância prima, para garantir o contraditório e a ampla defesa e resguardar o duplo grau de jurisdição. 

Como é cediço os atos administrativos emanam de agentes públicos dotados de parcela do Poder Público e produz efeitos jurídicos imediatos, com observância da lei, sob o regime jurídico de direito público.

Os atos administrativos são detentores de características específicas, tais como: imperatividade, presunção de legitimidade e autoexecutoriedade, para alcançar a finalidade pública.

O professor José dos Santos Carvalho Filho leciona que são requisitos de validade do ato administrativo: competência, forma, finalidade, motivo e objeto. 
Conceitua-se competência do agente público o conjunto de poderes e deveres que lhe confere a lei para que exerça suas funções com eficiência e assim assegurem o interesse público.

A finalidade, por sua vez, deve sempre pautar no interesse público. A forma é o revestimento exteriorizador do ato administrativo. O motivo é situação de direito ou de fato que autoriza ou determina a realização do ato administrativo, podendo ser expresso em lei (atos vinculados) ou advir do critério do administrador (ato discricionário). O objeto ou conteúdo é o efeito jurídico imediato que o ato deve produzir. 

Considera-se ato administrativo ilegal, passível de anulação, aquele que não observa os requisitos de validade supracitados ou que violem explicitamente lei em sentido formal e material.

Releva notar que não subsistem mais celeumas relacionadas à possibilidade de controle judicial da legalidade do Ato Administrativo, inclusive em sede de antecipação de tutela, quando o ato impugnado for manifestamente ilegal, irrazoável ou desproporcional. 
Carvalho Filho conceitua o ato administrativo denominado de portaria como ordinatório, porque serve para organizar as atividades exercidas pela Administração.

Estabelecidas as premissas em tela, tem-se por bem examinar o argumento que a Portaria nº 893/2014/PMDF é ilegal, por vício de competência do prolator do ato emanado por contrariar o órgão componente do Sistema Nacional de Trânsito, assim como as normas esculpidas no art. 145, IV, do Código de Trânsito Brasileiro e no art. 33 da Resolução CONTRAN nº 168 de 2004, alterada pelas Resolução CONTRAN 413 de 2012.

Para tanto, confira-se:
PORTARIA PMDF N° 893, DE 08 DE FEVEREIRO DE 2014.
Reconhece os cursos de formação da corporação como equivalentes ao curso de especialização para condutores de veículos de emergência.

O COMANDANTE-GERAL DA POLÍCIA MILITAR DO DISTRITO FEDERAL, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelos art. 4o da Lei n.° 6.450, de 14 de outubro de 1977, c/c o inciso IV do art. 3o do Decreto n.° 7.165, de 29 de abril de 2010, e Considerando o estabelecido no § 8o do art. 33 da Resolução n.° 168, de 14 de dezembro de 2004, alterado pela Resolução n.° 413, de 09 de agosto de 2012.

RESOLVE:
Art. 1o Reconhecer os cursos de formação de soldado, os cursos de formação de praça e dos cursos de formação de oficiais como equivalentes ao curso de especialização para condutores de veículos de emergência, previsto no inciso IV do art. 145 do Código de Trânsito Brasileiro. 

Art. 2o Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

Lei 9.503/97
Art. 145. Para habilitar-se nas categorias D e E ou para conduzir veículo de transporte coletivo de passageiros, de escolares, de emergência ou de produto perigoso, o candidato deverá preencher os seguintes requisitos:
I - ser maior de vinte e um anos;
II - estar habilitado:
a) no mínimo há dois anos na categoria B, ou no mínimo há um ano na categoria C, quando pretender habilitar-se na categoria D; e 
b) no mínimo há um ano na categoria C, quando pretender habilitar-se na categoria E;
III - não ter cometido nenhuma infração grave ou gravíssima ou ser reincidente em infrações médias durante os últimos doze meses;
IV - ser aprovado em curso especializado e em curso de treinamento de prática veicular em situação de risco, nos termos da normatização do CONTRAN. 
Parágrafo único. A participação em curso especializado previsto no inciso IV independe da observância do disposto no inciso III. (Incluído pela Lei nº 12.619, de 2012) (Vigência) (g.n)
Resolução 168 de 2004 (§ 8º incluído pela Resolução CONTRAN 413/12):
Art. 33. Os Cursos especializados serão destinados a condutores habilitados que pretendam conduzir veículo de transporte coletivo de passageiros, de escolares, de produtos perigosos ou de emergência. 
(...)
§8º São reconhecidos os cursos especializados ministrados pelos órgãos de segurança pública e forças armadas e auxiliares para os seus integrantes, não se aplicando neste caso o previsto na Resolução CONTRAN nº 358/2010. (g.n.)

O CONTRAN é Órgão normativo e consultivo máximo do Sistema Nacional de Trânsito, responsável pela regulamentação do Código e pela atualização permanente das leis de trânsito.

Estabelece o inciso IV do art. 145 do CTB que compete ao CONTRAN normatizar os cursos especializados em treinamento de prática veicular em situação de risco, como no caso de viaturas policiais.

Assim, observa-se, que o CONTRAN usando das faculdades a ele inerentes, editou a norma posta no § 8º do art. 33 da Resolução 168/2004, para reconhecer, que os cursos especializados ministrados pelos órgãos de segurança pública para seus integrantes, afigura-se suficiente para habilitá-los para conduzir veículos emergenciais. 

Portanto, não há, em tese, relevância na alegação de violação ao princípio da reserva legal, porque o CONTRAN, em linha de princípio, não ultrapassou os limites conferidos no art. 145, IV, do CTB, tampouco se vislumbra o vício de incompetência assinalado pela parte autora, na edição da Portaria nº 893/2014 pelo Comando da Polícia Militar do Distrito Federal, que no uso de suas atribuições legais, reconheceu a equivalência entre os cursos de formação de soldado, de praça e de oficiais como curso de especialização previsto no inciso IV do art. 145 da Lei 9.503/97.

Ademais, não há elementos suficientes nos autos primários para se admitir que os referidos cursos, ministrados pela Polícia Militar do Distrito Federal, não cumprem os requisitos estabelecidos pelo próprio CONTRAN.

No caso em exame, em juízo de cognição sumária, não se verifica a relevância da fundamentação do agravado para amparar o pedido antecipatório de suspensão de qualquer efeito decorrente da Portaria nº 893, de 8 de fevereiro de 2014, expedida pelo Comandante Geral da Polícia Militar do Distrito Federal. 

Desta feita, estando presentes os requisitos autorizadores para concessão de efeito suspensivo à decisão agravada, nos termos do art. 527, II, do CPC, em especial, a possibilidade de a decisão vergastada vir a causar à parte lesão grave e de difícil reparação, in casu, a população do Distrito Federal, DEFIRO A MEDIDA DE URGÊNCIA VINDICADA, para suspender os efeitos da decisão agravada. 

Nos termos do art. 527, inciso IV, do Código de Processo Civil, oficie-se requisitando as informações ao Juízo de origem, no prazo legal, sobre o cumprimento pela parte recorrente das disposições do art. 526 do Código de Processo Civil, bem como, quaisquer outras informações que julgar pertinentes ao desfecho do presente agravo. 
Comunique-se.

Intime-se a parte agravada para, querendo, apresentar contraminuta. 
Publique-se. Intime-se.
Brasília, 19 de fevereiro de 2014.

Desembargadora LEILA ARLANCH
Relatora
Fonte: Tribunal de Justiça do DF - 24/02/2014 - - 23:55:35