segunda-feira, 28 de maio de 2012

MORADORES DA FERCAL DIZEM, QUE PODERÃO FECHAR VIA DE TRÂNSITO NOS PROXIMOS DIAS.


Foto: Ana Paula Santos
   
   Em abril de 2011, o Governador Agnelo Queiroz lança a Fercal como a XXXI Região Administrativa do Distrito Federal, antes a região era administrada pela a Administração de Sobradinho II  hoje a cidade tem 17 comunidades e com um enorme problema para o novo administrador resolver Junto com os demais órgão do GDF.
    Neste domingo 27/05 uma grande manifestação foi realizada pela a Associação de moradores e lideres comunitário das 17 comunidades da nova região administrativa, tinha como reivindicação a nomeação de um Administrador e que fosse morador da cidade, uma das organizadoras do movimento a dona Linda, diz: “não podemos ter uma cidade com uma administração e não ter um administrador, não podemos viver em um lugar sem escola de qualidade, sem posto de saúde, o único vai ser fechado no fim do mês, o posto policial foi apedrejado nesta noite, falta transporte de qualidade, estrada, creche, falta tudo, nomear o próprio Administrador, criar uma administração e não ter o administrador é a mesma coisa de nada, senhor Governador. É  este o novo caminho? desabafa a líder comunitária, dona Linda.  
    Para a maioria dos presentes a única solução é fechar a via de acesso a Fercal, o que não  gostaria acontecesse a líder comunitária, mas se ver obrigado a fazer isto por falta de dialogo do Governo com a população. 

Fonte: Redação  / 28/05/2012

Liliane se firma como herdeira política de Roriz

Deputada distrital Liliane Roriz (PSD): herdeira política do rorizismo tem movimentos monitorados pelo PT
Se um interlocutor desavisado abordar a deputada distrital, Liliane Roriz (PSD), sobre o tema “herdeira política de Joaquim Roriz”, certamente vai ter uma resposta de uma filha admiradora do pai, mas com um estilo próprio de se fazer política. É natural que a maioria dos filhos sigam os passos e exemplos dos pais. Tanto em empresas familiares quanto na política, essa tradição já faz parte de nossa cultura. Liliane não é diferente. O pai, verdadeiro animal político, sempre impregnou o ambiente familiar com as discussões intermináveis sobre política. A história já é do conhecimento de todos habitantes do Distrito Federal. Liliane, a rebelde, peitou a coligação de partidos que apoiavam o pai na eleição passada para o governo e saiu candidata. Conquistou o mandato por merecimento e muito trabalho. ...

Aos poucos, se firma como uma hábil opositora ao governo de Agnelo Queiroz (PT), sem a virulência da colega de partido, Celina Leão. Sua moderada oposição desperta nos adversários uma preocupação a mais para 2014: ela realmente será a herdeira do rorizismo? “Liliane nem aceita discutir isto. O enfoque dela é no parlamento e não a sucessão de Agnelo em 2014”, resume um aliado que priva das conversas reservadas da deputada. No ambiente familiar, poucas vezes este assunto foi abordado, até por uma questão de hierarquia, pois a outra filha, Jaqueline é deputada federal e não fica bem apontar qualquer uma delas como “herdeira política”. No entendimento de Liliane, já manifestado algumas vezes, “isto é uma conquista natural”.

Joaquim Roriz sabe que não volta mais a disputar qualquer cargo público, por conta de a Justiça eleitoral tê-lo como ficha suja. Nas conversas amenas e raras que mantêm com as filhas, quando estão juntos, ele nunca aborda este assunto; quando muito, elogia ou orienta sobre situações políticas. “Roriz vai morrer exercitando o diálogo político. Como ele mesmo sempre diz: Podem me tirar o direito de concorrer, mesmo assim vou continuar a fazer política”, conta um sobrinho.

Uma das características de Liliane é a simplicidade. Roriz sempre orientou as filhas para que tivessem uma profissão, graduassem num curso superior e, caso entrassem na política, fossem independentes de qualquer pressão financeira. Liliane seguiu à risca o conselho. Sempre buscou ser empreendedora, independente financeiramente. É neste ponto que reside sua força como parlamentar: não precisa bater à porta do Executivo.

Na esteira de “herdeiros do rorizismo”, não pode deixar de mencionar o nome do presidente do PSD no Distrito Federal, Rogério Rosso. Embora tenha tido um estremecimento com Roriz assim que ele saiu do PMDB, Rosso goza da simpatia da família Roriz, mantendo um relacionamento afetivo, quase de filho. Pelo menos politicamente, ele é filho de Roriz. Foi no governo de Roriz que Rosso se projetou como político e administrador de Ceilândia. Portanto, nem sob tortura Liliane admitirá para alguém que vai empunhar a bandeira do rorizismo. “Ela é muito amiga da mulher de Rosso, Karine, e qualquer palavra nesse sentido, pode prejudicar a relação de amizade entre as duas”, conta uma amiga de ambas.

Tanto Rogério Rosso quanto Liliane e Karine dão boas gargalhadas quando o assunto entra na conversa do grupo, por amigos ou mesmo em uma provocação de jornalistas. Mas é bom ficar de olho nos movimentos dessa moça, coisa que o PT já vem fazendo desde o ano passado quando ela migrou para o PSD. “No pior dos mundos, ele pode ser candidata a deputada federal em 2014. Se eleita, ela se torna uma competidora forte ao Buriti em 2018”, resume um petista. Mesmo que nada disso aconteça, Liliane é sem dúvida a mais talhada para assumir o posto do pai.

Por Wilson Silvestre

Fonte: Jornal Opção - 28/05/2012

quarta-feira, 23 de maio de 2012

As pizzas

Câmara Legislativa do Distrito Federal

Nos últimos anos, as CPIs instaladas na Câmara Legislativa terminaram em grandes pizzas. Algumas, até tiveram um temperinho extra. Uma calabresa aqui, um queijinho Roquefort dali, como foi a CPI dos Ossos, lembram? Os distritais (na época) Érika Kokay e Reguffe até tentaram botar quente. Deram certa dor de cabeça ao ex-governador Arruda. Outras pizzas foram sem gracinha: molho ralo, fatias finas de mussarela... CPI da Gautama, quem se lembra? Tudo parecia (eu disse, parecia!) ir bem até que uma agenda é encontrada e pronto. Operação abafa, pizza no forno. Depois outras CPIs envergonharam a Câmara ainda mais, como aquela da Codeplan, que até relatório mudado teve, estão lembrados? A última, a do Pró-DF merecia um Prêmio Lula de Cara de Pau. Porque vamos combinar, terminar uma CPI dizendo que é para o governo ter mais atenção com o Pró-DF chega a ser irritantemente hilário. Agora, a nova CPI da Arapongagem, que conta com 21 pizzaiolos, cada um preparando seu temperinho. ...

Pimenta:
Sabe o que é pior? É pensar que nem rogar por uma intervenção federal resolveria o problema de Brasília. Imaginem: a presidenta Dilma Rousseff mandando e desmandando no DF, os ministros do STF levando décadas para decidirem algo e o procurador-geral Roberto Gurgel mandando “beijo do gordo” em entrevistas na TV o tempo todo. Ah, vá...
 
Por Lívio di Araújo

Fonte: Jornal Alô Brasília - Coluna ONs e OFFs - 23/05/2012/Blog do Edson Sombra

terça-feira, 22 de maio de 2012

"Vamos enfrentar a polícia", diz sem-teto sobre área ocupada no DF

Encerrou prazo dado pela Justiça para desocupar área invadida em Ceilândia.
GDF deve se reunir nesta segunda para decidir situação de sem-teto.


Terminou à meia-noite deste domingo (20) o prazo dado pela Justiça para que as famílias que ocupam a região da QRN 01 de Ceilândia, cidade a 26 quilômetros de Brasília, deixem a invasão conhecida como "Novo Pinheirinho". No entanto, lideranças do movimento afirmam que não vão deixar o local e que vão resistir caso a polícia tente invadir o local.
O diretor nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Edson Silva, afirmou que as família não vão aceitar deixar o local. “Ou seja, nós vamos enfrentar a polícia. Vai ter uma resistência por parte das famílias, por parte dos manifestantes. Nós não aceitamos sair do terreno, porque acho que isso não é política habitacional”, afirmou Silva ao Bom Dia DF.
Representantes do governo do Distrito Federal devem se reunir na tarde desta segunda para decidir o futuro das cerca de mil famílias que estão na QRN 01, segundo a assessoria do GDF. De acordo com o porta-voz do GDF, Ugo Braga, não será possível negociar a permanência do grupo no assentamento.
"Não dá pra negociar a permanência deles naquele local. Já discutimos várias outras reivindicações com o grupo, mas esse ponto da permanência é inviável", ressaltou Braga.
A Secretaria da Ordem Pública e Social (Seops) informou que já pode remover os barracos erguidos uma vez que o prazo estabelecido pela Justiça venceu neste domingo, mas ainda espera o fim das negociações entre sem-teto e governo. A pasta ressaltou que não há operações de derrubadas programadas para esta segunda.
O grupo formado por cerca de cinco mil pessoas, segundo as lideranças, está na área há um mês. De acordo com o GDF, o terreno pertence à Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap) e tem tamanho equivalente a 35 lotes de terrenos urbanos. A estimativa dos ocupantes é que haja 500 barracas na invasão.
Um dos diretores do MTST, Guilherme Simões, disse que a área é chamada de “Novo Pinheirinho” em referência ao terreno na cidade paulista de São José dos Campos que foi desocupado pela Polícia Militar do estado em janeiro. No local viviam 1,5 mil famílias.
Guilherme Simões disse ao G1 que o protesto era contra a desocupação do assentamento. Integrantes do MTST ocupam desde abril uma área pública em frente ao setor de indústria de Ceilândia. Eles afirmam que vão permanecer no local até que o governo do Distrito Federal se comprometa a negociar com eles a entrega de lotes ou casas populares.
Em 3 de maio, um grupo com cerca de 300 manifestantes tentou invadir o Palácio do Buriti, sede do governo do Distrito Federal. A polícia informou que um vidro foi quebrado pelo grupo. Para impedir a invasão, a polícia chegou a usar spray de pimenta. O grupo chegou a bloquear o trânsito no Eixo Monumental.
Desde o início da ocupação, já foram realizadas três reuniões entre o movimento e o GDF, mas nenhum acordo foi fechado. A estimativa do governo é que até dezembro de 2014 sejam construídas cerca de 100 mil casas populares no Distrito Federal.
Fonte: Palanque Capital.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Núcleo Bandeirante pode ter novo administrador

A notícia que corre atualmente nos corredores palacianos é que o secretário de Publicidade Abimael Nunes, pode em um futuro próximo assumir a Administração Regional do Núcleo Bandeirante. Dizem que a questão está acertada.O secretário é morador da cidade o que facilitaria e muito as coisas.Resta saber se não é mais uma mera especulação palaciana.
Tempo ao tempo...
Fonte: Redação / Rádio Corredor

ESTAMOS DE OLHO


Uma denúncia anônima, recebida por moradores e funcionária da própria administração a este blog, com recheio de informações, afirmou que supostamente já existiria uma empresa que teria sido agraciada pelo os olhos do Senhor administrador do Varjão, para a realização da festa de comemoração dos 21 anos da cidade. Motivo pela a qual  estaria deixando muitas pessoas da cidade surpresas pela a atitude, a falta de publicidade na publicação do edital de convocação das empresas, para a participação do processo licitatório na execução da festa de aniversário da cidade do Varjão, que completa mais um ano, alguns grupos da cidade já promete alguns movimentos, caso isso venha acontecer no 21º aniversário.
Além de uma lista de funcionários que supostamente trabalhas meio expediente e outros que só vem assinar o ponto. Será que vão apurar...? estamos de olho.

Celina ataca rolo compressor do GDF contra a oposição

A deputada distrital Celina Leão (PSD) revelou, no programa “Cafezinho com Henrique Chaves”, que existe um rolo compressor do GDF contra a oposição na Câmara Legislativa.  A parlamentar também revelou que espera que a CPi da Arapongagem não termina em pizza.
Existe um rolo compressor do Governo contra a oposição na Câmara Legislativa?
Celina Leão — Existe sim. O que percebo é que um governo que se diz democrático, mas não sabe o que é democracia, não sabe conviver nem com a polaridade nem com a oposição. São manobras, ameaças e pressão nos próprios parlamentares da base, o que reflete diretamente no andamento da Câmara Legislativa.
Essa CPI da Arapongagem vai andar ou vai acabar em pizza?
Celina — Eu espero que ande. Se não tomarmos providencia é como se estivéssemos acatando e aceitando esse tipo de crime no Distrito Federal. Existe sim uma manobra para que a CPI acabe em pizza, mas existe também a resistencia por parte da oposição e uma pressão da sociedade e da imprensa, que também gostaria de passar tudo isso a limpo, até porque a imprensa também foi vítima do esquema de espionagem. Na verdade, não sabemos exatamente qual o nível de violação no DF, daí a necessidade de se investigar.
O que é "só subindo" hoje no DF?
Celina — A violência e precariedade da Saúde e a corrupção hoje no DF estão só subindo. Inclusive quero parabenizar a Rede Record que está fazendo uma série de reportagens sobre Saúde no DF e mostra a dura realidade enfrentada pelo povo. É por isso que o programa do Henrique Chaves é tão próximo da população, que sabe que vai ter nele uma voz para gritar.
Fonte: Estação da Notícias/palanque Capital.

Apesar das críticas, PSB não sairá da base do GDF


Por Elton Santos - O Senador Rodrigo Rollemberg (PSB/DF) concedeu uma entrevista ao jornalista Celso de Marco, no programa Diário Brasil, da TV Gênesis, na última sexta-feira (18). Rollemberg falou dos seus projetos, atuação no Congresso Nacional e a opinião do partido sobre a gestão Agnelo Queiroz.
 Durante a entrevista o senador foi questionado porque o PSB não tomou atitude semelhante a de outros partidos que saíram da base do governo Agnelo, já que o próprio Rollemberg critica o GDF. “Nós temos criticas ao governo. Mas o partido tem consciência da nossa responsabilidade dentro do Distrito Federal”, disse o senador.
 Sua justificativa se embasa nos cargos que o PSB tem no GDF, como a secretaria de Agricultura, por exemplo. E que, segundo Rollemberg, tem desenvolvido um trabalho importante para o DF. O senador destacou um projeto que prevê o aproveitamento e processamento de cerca de 10 toneladas semanais de alimentos da Ceasa para o programa Pró-alimentos para serem distribuídos a instituições de caridade.
 Diretas para administrador --  Rollemberg também destacou sua luta no Congresso Nacional para que haja no Distrito Federal eleição direta para administrador regional. Sobre isso, o senador disse que não é uma proposta fácil, por ser um projeto de emenda constitucional. “Falta uma pressão popular no Senado para que este tema entre rapidamente em pauta”, alertou.
 No entanto, Rollemberg explicou que as eleições diretas também podem existir apenas por determinação do governo local. Porém, a intenção de se colocar como lei é para que isso, a eleição direta, não dependa da vontade de um governador.
Fonte: Redação/ Radio Corredor

Em grampo, Sarney tenta promover aliado de Cachoeira


Ex-porteiro da Presidência pedia, segundo a PF,
interferência de Sarney para se tornar
superintentende da Infraero





“O cara tá avisado, já”, responde o presidente do Senado a um ex-servidor do Palácio que tentava promoção na Infraero, de acordo com grampo da PF. O problema é que esse ex-servidor é acusado de facilitar a entrada de mercadorias contrabandeadas para a quadrilha do bicheiro

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), aparece em diálogos captados pela Polícia Federal na Operação Monte Carlo. Em um deles, é ele mesmo quem fala. Em outros, ele é mencionado pelos interlocutores. No grampo em que aparece a voz de Sarney, ele atua em favor da promoção de um servidor da Empresa de Infra-Estrutura Aeoroportuária (Infraero), que estava cedido à Presidência da República quando o presidente era Sarney, para trabalhar na portaria. Ocorre que o servidor, Raimundo Costa Ferreira Neto, conhecido como Ferreirinha, segundo a investigação da Polícia Federal, facilitaria a entrada de produtos contrabandeados nos aeroportos para a quadrilha do bicheiro Carlinhos Cachoeira. ...

Nas demais conversas em que Sarney é mencionado, outros membros da quadrilha de Cachoeira conversam sobre um método de incineração de lixo de tecnologia da Alemanha. E dizem que “o pessoal do Sarney” teria interesse em comprar a parte deles no negócio.

Em nota ao Congresso em Foco, o presidente do Senado disse que o pedido de promoção de Ferreirinha “não foi atendido” pela Infraero. Mesmo questionado especificamente sobre isso, a assessoria de Sarney não responde na nota se ele sabia das ligações de Ferreirinha com o grupo de Cachoeira, embora, em conversas com a reportagem, seus assessores neguem essa possibilidade. Além do próprio Sarney, são citados nos grampos o deputado federal Sarney Filho (PV-MA) e Adriano Sarney, neto do presidente do Senado. Eles aparecem nos grampos sobre sobre lixo. Sarney nega que sua família tenha negócios no setor de resíduos sólidos. Também negam qualquer envolvimento com as pessoas do grupo de Cachoeira que são flagradas nas conversas.
 
Na conversa monitorada pela PF, Ferreirinha e Sarney falam sobre o cargo na Infraero


Porteiro superintendente


De acordo com Sarney, Ferreirinha trabalhou com ele como porteiro no Palácio do Planalto durante seu mandato presidencial (1985-1990). Estava cedido pela Infraero. Os grampos da PF mostram uma conversa entre ele, que vinha sendo monitorado por fazer parte do esquema de Cachoeira, com Sarney no dia 31 de março de 2011, às 11h37. Ferreirinha fala primeiro com um assessor de Sarney chamado Vanderlei, que passa o telefone para o próprio presidente do Senado. O ex-porteiro presidencial reclama que sua promoção não saiu. E menciona mudanças nos aeroportos de Brasília e do Rio de Janeiro. Sarney responde: “Mas o cara tá avisado, já”. Não se sabe quem seja “o cara”.

Em um diálogo anterior, de 18 de março de 2011, Ferreirinha conversa com o ex-sargento da Aeronáutica Idalberto Maias de Araújo, o Dadá, araponga que fazia trabalhos de espionagem para o esquema de Cachoeira. Na conversa, eles tratam da liberação de mercadorias no aeroporto de Brasília. De acordo com o juiz da 11ª Vara Federal em Goiânia, Paulo Augusto Lima, há indícios de que Raimundo Costa prestava o serviço de facilitar a entrada de contrabando para o grupo de Cachoeira “mediante vantagem”.

No meio da conversa, os dois terminam por falar em José Sarney. Ferreirinha diz que o presidente do Senado á havia conversado com “Meirelles”. A PF supõe que possa ser o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles). É porque, na sequência, fala-se que Meirelles pediu para Sarney procurar Gustavo do Vale, ex-diretor do BC na gestão de Meirelles e atual presidente da Infraero. Para a PF, o objetivo era “aparentemente indicar Raimundo Costa Ferreira Neto”, um ex-porteiro da Presidência da República, para uma Superintendência Regional” da Infraero.
 
Segundo a PF, Ferreirinha ambicionava um cargo de "superintentende"
 
Na nota, Sarney não respondeu se conversou com “Meirelles” sobre a promoção de Ferreirinha. O ex-presidente do Banco Central não retornou os contatos feitos com seus assessores. Hoje, ele é presidente da J&F, holding do grupo JBS, que recentemente comprou a empreiteira Delta Construções, também envolvida com Cachoeira.

Sarney não foi, porém, a única tentativa de Ferreirinha para tentar a promoção. Um dia depois da conversa com Sarney, ele ligou, o dia 1º de abril de 2011, para o ex-diretor da Infraero Rogério Bazelatti. Ele comenta que a nomeação não tenha sido. “Eu fui com o véio, né?”, diz Ferreirinha, provavelmente referindo-se ao presidente do Senado. Bazelati responde: “Você foi no cargo errado, e não com a pessoa errada”.

Na sequência da mesma conversa, o ex-porteiro afirma que, apesar dos reveses, está “tranquilo”, uma vez que tinha “até o apoio até do senador Demóstenes Torres (sem partido, ex-DEM-GO). Demóstenes hoje está ameaçado de perder o mandato por conta das evidências do seu envolvimento com a quadrilha de Cachoeira. “Tem cara até da oposição”, vangolria-se Ferreirinha.

Demóstenes disse ao site que nunca foi procurado por Ferreirinha e nunca atendeu nenhum pedido dele. “Se ele disse isso, o fez para se jactar”, afirmou o senador por meio de seu advogado, Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay.

“Não conheço Sarney”

Procurado pelo Congresso em Foco, Raimundo Costa, o Ferreirinha, dá uma versão que difere da versão dada em nota pela assessoria de Sarney. Ele não quis comentar as acusações feitas pela PF, de desvio de mercadorias para facilitar a atuação da quadrilha de Cachoeira. “Eles vão ter que provar o que dizem. Não sou eu que tenho que provar”, afirmou Ferreirinha.

Em seguida, embora apareça em grampo falando com Sarney e o presidente do Senado admita que houve a conversa, Ferreirinha negou qualquer relacionamento com o presidente do Senado. “Eu não conheço Sarney, eu não conheço ninguém”, disse. Ferreirinha, que tem 34 anos de Infraero, negou ainda ter trabalhado na Presidência da República. Como se não bastasse a própria conversa com Sarney, há outro grampo em que ele diz a um interlocutor que, naquele momento, estava chegando na casa do presidente do Senado.

Ferreirinha pediu à reportagem que procurasse a Infraero e a PF para esclarecer o assunto. O site não conseguiu contato com Gustavo do Vale ou com a assessoria da Infraero.
 
Por Eduardo Militão e Mario Coelho

Fonte: Congresso em Foco - 21/05/2012 / Blog Edson Sombra

Oposição só nas redes

Demorou mas a comunicação do governo de Agnelo Queiroz conseguiu pacificar quase 100% da mídia local. Com raras exceções, todos os veículos, principalmente os impressos, não mencionam nenhuma crítica ao governo. Até os programas comunitários em rádios começam a minguar as críticas. Nas TVs, pontuando uma ou outra emissora, acorre o mesmo fenômeno. Até alguns blogs já dão sinais de alinhamento ou foram capitulados pelas “grandes realizações do governo Agnelo”. ...

Na contramão desta passividade, só alguns blogueiros ainda insistem a apontar falhas e criticar o modo petista de governar. Nem mesmo o noticiário político, matéria-prima farta no Distrito Federal, desapareceu do noticiário. “Para a imprensa local, Brasília se resume à Es­planada dos Ministérios. Os poderes locais e seus personagens são invisíveis e moram no Olimpo acima do bem e do mal”, resumiu um jornalista.

Por Wilson Silvestre

Fonte: Jornal Opção - 21/05/2012

quinta-feira, 17 de maio de 2012

No primeiro dia de vigência da Lei de Acesso à Informação, já foram protocolados 708 pedidos

Criado pela Controladoria-Geral da União, o site ‘Acesso à Informação’ contabilizou 708 pedidos no primeiro dia de vigência da lei que faculta a qualquer cidadão requisitar informações a órgãos, autarquias e empresas públicas. A nova lei atribui à CGU a tarefa de fiscalizar a implementação da novidade, assegurando que os dados requeridos cheguem às mãos de quem solicitou.
Instalaram-se na Presidência da República e nos ministérios unidades do SIC (Serviço de Informações ao Cidadão). Segundo a CGU, os SICs “de todos os ministérios estavam em pleno funcionamento” nesta quarta (16).
Por ora, o órgão que recebeu mais pedidos foi o Banco Central (49). Vieram a seguir os ministérios do Planejamento (37), Relações Exteriores (36), Saúde (28), Justiça (24) e Educação (22); a Presidência da República (22), o BNDES (21), a CGU (21) e a pasta da Fazenda (20). Na categoria “outros”, contabilizaram-se 428 pedidos.
Considerando-se o teor de algumas das requisições, a platéia logo saberá até onde vai o culto à transparência. No Planalto, por exemplo, foram protocolados pedidos de acesso a informações sobre os gastos dos ex-ministros José Dirceu e Erenice Guerra com cartões corporativos.
Na Câmara, adotaram-se “adaptações” e divulgou-se uma cartilha. No Senado, anunciou-se a criação de uma Comissão Permanente de Acesso a Documentos. Vai cuidar da classificação dos dados, definindo o que pode ser liberado e o que deve ser mantido em sigilo. “Eu acredito que nenhuma repartição pública tenha tido tamanha celeridade na aplicação da lei quanto o Senado Federal”, jactou-se o tetrapresidente José Sarney.
O problema é que, já no alvorecer da vigência da lei, surgiu o primeiro sinal de que, no Senado, a transparência pode ser de cristal cica. Informou-se que os salários dos servidores da Casa não serão apalpados por aqueles que pagam a conta. “A questão salarial individual é uma questão que tem apoio legal para não ser divulgado”, apressou-se em informar a diretora-geral Doris Marize Peixoto.
Há nove meses, o site Congresso em Foco divulgou uma lista que ajuda a explicar a opacidade. Descobriu-se que nada menos que 464 servidores do Senado recebiam, em 2009, salários que furavam o teto da administração pública –R$ 24,5 mil mensais naquela época. A própria diretora-geral Doris frequentava a lista com vencimentos de R$ 27.215,65. Alguns servidores beliscavam vencimentos de até R$ 46 mil mensais.
Vice de Sarney no Senado, Marta Suplicy (PT-SP) festejou o lançamento do site e-Cidadania, ocorrido na véspera. Para ela, reunidos num mesmo ambiente virtual, os dados tornaram-se mais acessíveis. “É um motivo de alegria perceber que o Senado está neste nível de transparência.” Então, tá!

"FACINHO"

Por Elton Santos -- Se as eleições fossem hoje, certamente o governador Agnelo Queiroz teria grandes dificuldades para vencer seu opositor. Haja vista sua popularidade baixa entre os moradores. Algumas rodas de bate-papo político já afirmam sua derrota nas urnas. Em uma conversa caseira, uma grande figura política de Brasília disse que do jeito que governo Agnelo está, vai ficar “facinho, facinho” ganhar dele no próximo pleito. Será que esta figura já pavimenta alguma coisa para 2014? E para quem, já que ele não poderá se candidatar?
Fonte: Redação/Radio Corredor

AUGUSTO CARVALHO VIRA INTERVENTOR DO PPS CONTRA AGNELO QUEIROZ



O suplente de deputado Augusto Carvalho será anunciado nesta quarta-feira 16 interventor no PPS brasiliense.

A decisão foi tomada pelo presidente nacional da legenda, Roberto Freire.

Ele negou recurso do diretório regional para que a intervenção fosse discutida a nível nacional.

A intervenção foi motivada pela insistência do apoio do partido ao governo de Agnelo Queiroz.

O argumento de Freire é de que pairam sobre o Palácio do Buriti suspeitas de fortes ligações com o contraventor Carlinhos Cachoeira.

O PPS local questiona a decisão. Vê dois pesos e duas medidas. Alguns dos seus dirigentes, condenando o que consideram arbitrariedade de Freire, lembram que o partido é fiel aliado de Marconi Perillo, governador de Goiás., também supostamente envolvido com o bicheiro goiano.

A principal defesa do PPS para manter a aliança com Agnelo é o compromisso firmado durante a campanha para que a legenda ajude a construir o novo caminho traçado pelo PT. 

Mas Roberto Freire decidiu impor um rito sumário ao processo.

Nesta terça-feira 15, durante reunião da executiva nacional, o presidente do PPS na capital da República, Aldo Pinheiro, foi impedido de se manifestar.

Contrariado, ele deve seguir outros rumos, a exemplo do que fizeram outros próceres do partido que se filiaram ao PHS.

O secretário de Justiça Alírio Neto licenciou-se do PPS para continuar apoiando Agnelo.

Seus correligionários Cláudio Abrantes e Luzia de Paula avaliam a possibilidade seguirem os passos de Alírio e se desligarem temporariamente do partido.

Os dois são da base governista na Câmara Legislativa.

Augusto Carvalho está na Câmara Federal graças à aliança que conduziu Agnelo Queiroz ao Palácio do Buriti nas eleições de 2010. 

Ele é suplente de Geraldo Magela (PT), secretário da Habitação.

Se agir como interventor seguindo as ordens de Roberto Freire, Augusto, velho aliado de José Roberto Arruda (de quem foi secretário da Saúde, deixando a herança maldita a que o governador sempre se refere quando fala sobre os antecessores) e Luiz Estevão (com quem teria vínculos estreitos desde a década de 80), pode sofrer retaliação.

Na eventualidade de, sob intervenção, o PPS endurecer o jogo com o Palácio do Buriti, Agnelo estaria propenso a sacrificar Geraldo Magela. 

O secretário deixaria equipe do governo para retornar à Câmara. Caso isso aconteça, Augusto perde a cadeira e volta a ser um simples mortal.

 Fonte: Informando e Detonando.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Desorganização administrativa

Durante a campanha eleitoral de 2010 muito se falou sobre a finalidade das regiões administrativas do Distrito Federal e sobre o processo de escolha de seus administradores. Agora, diante da recente criação da Administração Regional da Fercal e do possível surgimento de outras administrações, vale a pena retomar esse debate. Até o momento, a população ainda não descobriu para que serve esse modelo, tamanha é a sua ineficiência. É hora de repensar essa organização. ...

O Distrito Federal foi dividido, inicialmente, em oito regiões administrativas. Essa estrutura foi criada para descentralizar a gestão das cidades, dar mais qualidade de vida para população e promover uma utilização racional dos recursos públicos. Além disso, o administrador deveria residir no local.


Fazia todo sentido. Posteriormente, no entanto, com a aprovação da Lei Orgânica, em 1990, acabaram com essa exigência e começou um processo de criação de novas administrações, impulsionado pelo crescimento populacional.


Para completar, nunca foi regulamentado o parágrafo primeiro do artigo décimo da Lei Orgânica, que previa participação popular no processo de escolha dos administradores. O vácuo legal, o processo de distanciamento entre administradores e comunidade, a utilização política dos cargos e a falta de autonomia e de recursos para serem investidos diretamente na conservação das cidades provocaram a falência desse modelo. Hoje, são 31 administrações regionais, com pouquíssimos resultados para apresentar.


Segundo reportagem da revista meiaum, somente neste ano o governo gastará R$ 16 bilhões para manter essa estrutura, sendo que quase todo dinheiro é para pagar funcionários indicados por deputados distritais, que em alguns casos nem aparecem para trabalhar, como denuncia a ex-governadora Maria de Lourdes Abadia.


Dessa forma, as administrações se tornaram cabides de emprego comandados por pessoas que ganham um salário de R$ 16 mil por mês e estão de mãos atadas para resolver os problemas da população, pois não influenciam diretamente em questões como segurança e transporte, por exemplo.


A solução, a meu ver, não passa necessariamente pela eleição direta para escolha dos administradores, o que provocaria ainda mais pulverização do poder político e fragmentação do Distrito Federal, com guerra entre cidades administradas por diferentes partidos.


O mais adequado seria: enxugar o número de administrações e de funcionários; fazer com que os administradores fossem escolhidos por organismos representativos das cidades, como associações de moradores; extinguir os cargos comissionados, com contratação de concursados; e ampliar a verba própria para as administrações, estabelecida no orçamento e fiscalizada pela sociedade.


Por Adelmir Santana - Presidente do Sistema Fecomércio-DF (Federação, Instituto, Sesc e Senac)

Fonte: Jornal de Brasília - 16/05/2012

LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO

A Lei de Acesso à Informação Pública (Lei nº 12.527/2011), que entra em vigor nesta quarta-feira, dia 16 de maio, estabelece como regra que toda informação gerada pela administração distrital é pública. Entretanto, a Lei resguarda um conjunto de informações que podem ser classificadas como sigilosas e, por isso, podem ter acesso restrito por um determinado período.
Objetivando atender esse dispositivo legal, o Governo do Distrito Federal, pro ativamente, implementou uma série de medidas. Assim, o governador Agnelo:
  • ·         assinou um projeto de lei para regulamentar a Lei de Acesso à Informação no âmbito do GDF;
  • ·         determinou a adaptação dos sítios: as páginas da internet estão sendo atualizadas com o monitoramento da Secretaria de Transparência e Controle do DF – STC;
  • ·         no âmbito da Ouvidoria-Geral do DF, subsecretaria da STC, todos os ouvidores integrantes da rede de ouvidoria – cumprindo o papel de interlocutores –   foram orientados a receber, responder e monitorar os prazos das respostas às demandas dos cidadãos;
  • ·         foi feita a distribuição de um Guia, contendo orientações, em todos os órgãos do GDF;
  • ·         a Secretaria de Transparência e Controle do DF editou portaria na qual se aprovam os formulários que deverão ser utilizados para efetuar os requerimentos de informações.
Alcance da Lei no âmbito do DF
Todos os órgãos da administração direta, autárquica e fundacional, as empresas públicas e as sociedades de economia mista, a Câmara Legislativa e o Tribunal de Contas do Distrito Federal.
 Classificação das informações
De acordo com a lei, as informações podem ser classificadas como ultrassecretas, secretas ou reservadas, tais como aquelas que possam, por exemplo, pôr em risco a defesa, a soberania e a integridade do território nacional, a vida, a segurança ou a saúde da população e as informações pessoais relativas à intimidade, vida privada, honra e imagem das pessoas.
Solicitação de Informações e prazos:
O cidadão não precisa justificar o pedido de informações, porém, o requerente deve identificar e especificar clara e inteligivelmente a informação requerida em formulário específico a ser disponibilizado no Serviço de Informações ao Cidadão – SIC, de cada órgão.
Os pedidos deverão ser atendidos – quando possível – de forma imediata, ou na impossibilidade, em um prazo de 20 (vinte) dias prorrogáveis, mediante justificativa expressa da qual seja cientificado o requerente, por mais 10 (dez) dias.
O fornecimento de informações é gratuito, salvo nas hipóteses de reprodução de documentos, situação em que será cobrado exclusivamente o custo dos serviços de reprografia ou materiais utilizados. informações: Agência Brasilia.

Fonte: Blog do GBU

Pau que bate em Chico...

Começa a ficar feio para os integrantes do grupo Adote um Distrital que prometeram, há duas semanas, protocolarem um documento oficial no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), onde, segundo um dos coordenadores, Diego Ramalho, iria minar as especulações sobre uma possível candidatura à Câmara Legislativa em 2014 dos coordenadores do grupo. Prometerem protocolar o documento no dia 5 de maio, mas até agora, não fizeram. Ontem, a coluna – que noticiou o assunto – foi cobrada. ...
 
Vale lembrar que Ons e Offs não tem nada a ver com o Adote um Distrital e não pode responder pela promessa não cumprida. O que sugiro a vocês é que aprendam: Se antes de serem candidatos, estão prometendo e não cumprindo, quando lançarem suas possíveis candidaturas, não votem. Provavelmente, não cumprirão suas promessas. No mais, aguardo cópia do documento protocolado no TSE para que eu possa publicar na coluna.

 
Atualização às 19h27:
Pelo twitter, Diego Ramalho afirmou que fez uma consulta aos outros integrantes do projeto e foi "voto vencido". Reafirmou que não será candidato e que só pode falar por si. Quanto aos outros... Mas garantiu que oficialmente o projeto não irá apoiar a candidatura de ninguém.  

Fonte: Coluna Ons e Offs - Lívio di Araújo - 15/05/2012

Camâra Legislativa e a bolsa de apostas

Roney Nemer e Dr. Michel
Apesar de algumas apostas, quem de fato vive o dia-a-dia do Legislativo sabe que estão praticamente sepultadas todas as chances do atual presidente da Câmara, deputado Patrício, conseguir aprovar a emenda que possibilita sua reeleição.
Ao longo de seu mandato, o parlamentar cultivou uma difícil relação com o Executivo, impondo-lhes algumas derrotas na Câmara. Uma das mais famosas é sua assinatura ao requerimento da CPI da Arapongagem. Fez até alguns aliados na Casa, mas nada que seja suficiente para garantir-lhe o apoio necessário. Ponto.
Enquanto isso, outras candidaturas vão se consolidando. Arlete Sampaio (PT) seria a preferida de Agnelo, mas não conseguirá apoio suficiente para ser eleita. À boca miúda, boa parte dos governistas rejeitam a ideia de alçar mais um petista à presidência.  A tendência é que cresça por fora outro nome da base.
Por enquanto, as apostas giram em torno do peemedebista Rôney Nemer, que contaria com o apoio precioso do vice-governador Tadeu Filippelli,  e do Dr. Michel (PSL). Ambos porém podem  mirar na Mesa Diretora para acertar no Tribunal de Contas do DF. 
Fonte: Redação/ Blog Rádio Corredor

segunda-feira, 7 de maio de 2012

PPP da vingança mira Policarpo Júnior

Um antigo parceiro denuncia que o empreiteiro José Celso Gontijo, a empresária Cristina Bonner, o ex-governador José Roberto Arruda, apoiados por José Dirceu e Delúbio Soares, estão juntos em grotesco projeto: destruir a vida do diretor da sucursal da Revista Veja em Brasília, Policarpo Júnior, responsável por inúmeras matérias contra o grupo. Só não contavam, porém, com a revolta de um ex-aliado de José Celso Gontijo. ...

O trio teria conseguido resolver um problema de suma importância para eles: a convocação do jornalista na CPMI de Cachoeira. Um deputado federal por Minas Gerais, terra de Gontijo e de Arruda, apresentaria o requerimento para que o diretor de Veja fosse convocado para prestar depoimento no Congresso Nacional. A articulação contaria inclusive com o apoio de alguns dos mais nobres petistas do GDF, que foram ajudados pelo empresário José Celso durante a campanha de 2010.

Revoltado, além de denunciar a manobra ao blog, o empresário diz que guardou em cofre de um banco o registro em áudio, vídeo, inclusive documentos manuscritos, de todas as conversas nada republicanas que presenciou em uma mansão localizada em bairro de classe nobre de Belo Horizonte (MG).

O que mais chama atenção nesses relatos é a riqueza de detalhes, principalmente no episódio que envolve os bastidores da construção do novo Centro Administrativo do Distrito Federal onde, além do grupo, estiveram presentes Fernando Cavendish, dono da construtora Delta, e ainda outros dois empresários do DF. “Esta obra do Centro Administrativo é superfaturada. Hoje entendo porque o governo do PT se empenha tanto em tocá-la”.

Na última sexta-feira, o titular deste blog foi procurado pelo empresário e teve acesso a toda história. Perguntado sobre o motivo que o levou a tornar público os fatos, o empresário disse que resolveu fazê-lo depois de ter presenciado em diversos órgãos da imprensa o crescente desdobramento de um plano que ele, a princípio, presenciou e não levou a sério: tirar a credibilidade da vida profissional do jornalista Policarpo Júnior. “Ninguém merece passar por isso”, desabafou.

Fonte: Redação - 07/05/2012 / Blog do Sombra

PT quer levar Marconi à CPI, PSDB alega que a convocação só faz sentido com Agnelo e Cabral

Guiados por PT e PSDB, governistas e oposicionistas travam nos subterrâneos da CPI do Cachoeira um embate paralisante. Envolve a decisão de convocar ou não os governadores que tiveram seus nomes associados ao escândalo.

O petismo deseja arrastar para o banco da CPI o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB). O tucanato concorda, desde que sejam convocados também os governadores do DF, Agnelo Queiroz (PT); e do Rio, Sérgio Cabral (PMDB).

“Defendemos que a convocação dos governadores seja decidida numa única votação”, diz o senador Álvaro Dias, líder do PSDB. Eles querem o Marconi, nós queremos votar junto os outros dois. Regimentalmente, é possível votar em bloco.” ...

Nesta terça (8), a CPI inicia a fase de inquirições. Será ouvido o delegado da Polícia Federal Raul Alexandre Marques Souza. Foi ele quem conduziu as investigações que levaram à Operação Vegas, a primeira deflagrada contra a quadrilha de Carlinhos Cachoeira.

Na quinta (10), vão aos holofotes da CPI mais um delegado federal e dois procuradores da República que tocaram a Operação Monte Carlo, a segunda investigação do Cachoeiragate, aberta para esmiuçar os indícios colecionados na ação anterior.

Os depoimentos estão previstos no plano de trabalho do relator Odair Cunha (PT-MG). Nesse cronograma, o ápice será atingido na terça-feira (15) da semana que vem, dia em que Cachoeira comparecerá à CPI.

Numa tentativa de postergar a discussão sobre os governadores, Odair empurrou a encrenca com a barriga. Programou apenas para 12 de junho uma “audiência pública” para debater as relações de Cachoeira com os executivos estaduais. Não mencionou no texto o nome de nenhum governador.

A tática protelatória resultou inútil. Os porões da CPI encontram-se eletrificados pela queda de braço que envolve a oitiva dos governadores e do dono da Delta Construções, Fernando Cavendish, também excluído, de forma inexplicável, do plano de ação do relator.

As operações da PF levaram à grelha o tucano Marconi e o petista Agnelo. A anunciada intenção do procurador-geral da República de pedir ao STJ a abertura de inquéritos contra ambos joga água no moinho da convocação coletiva.

Deve-se a inclusão de Cabral na chapa da CPI à divulgação dos vídeos e fotos que expuseram a intimidade dele com Cavendish. O PMDB, partido de Cabral, pega em lanças por seu filiado.

Líder da legenda na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN) argumenta que as imagens difundidas pelo deputado Anthony Garotinho (PR-RJ) não fizeram senão confirmar algo que Cabral já havia admitido: a amizade com o dono da Delta.

Não há nas peças, segundo Henrique, nada que aponte para a existência de irregularidades nos contratos obtidos pela Delta na gestão de Cabral. Portanto, a convocação do governador “não se justifica”.

Interessado em atrair o PMDB para o cinturão protetor de Agnelo, o PT endossa a pregação de Henrique, afastando Cabral da alça de mira da CPI. O petismo tenta, de resto, atrair para o escudo o restante da banda governista da CPI. Unido, o condomínio oficial controla 65% das 32 cadeiras da comissão.

O risco que se esconde atrás desse tipo de enfrentamento é a costura de acordos que, no limite, podem levar à exclusão dos três governadores do rol de depoentes. Nessa hipótese, a pantomima seria explicitada. E a platéia, como de hábito, faria novamente o papel de boba.

Por Josias de Souza

Fonte: Blog do Josias - 07/05/2012 Blog do Sombra

Gilberto Carvalho quer CPI sendo usada para cuidar dos… mensaleiros!

Gilberto Carvalho, vocês sabem, guarda os arcanos petistas. É o homem mais importante do partido depois de Lula. Era o braço direito do prefeito Celso Daniel quando foi assassinado. Um dos irmãos do prefeito o acusa de ter confessado que levava mala de dinheiro da Prefeitura para José Dirceu. Os dois negam. É uma espécie de olheiro de Lula no governo Dilma — para que nada fuja do controle “do chefe”. E está mobilizado, também, para que a CPI do Cachoeira atenda a um propósito político-partidário — na verdade, para atender a uma banda do partido —, não para que puna os corruptos. Leiam trecho da reportagem de Daniel Pereira, Otávio Cabral e Rodrigo Rangel: ...

(…)
O senador José Sarney já recomendou ao PT que “controle os radicais”, argumentando que ninguém tem a ganhar se essa CPI começar a sair do controle”. O recado tem endereço certo: a turma que vê na CPI uma chance única de desmoralizar o julgamento do mensalão. A primeira ofensiva desse grupo foi dada na sessão da semana passada, com a tentativa de convocação do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, para depor na CPI. Sob o argumento de que ele deve explicar por que retardou a abertura de uma investigação contra Demóstenes Torres, os petistas querem colocá-lo no banco dos réus da CPI para tentar des- moralizá-lo. A imprensa é outro alvo que, na estratégia dos radicais, precisa sair chamuscada da CPI. Gilberto Carvalho, secretário-geral da Presidência da República, reuniu, na quinta-feira passada, em seu gabinete no Palácio do Planalto deputados e senadores petistas para lembrá-los de que “o alvo da CPI é o mensalão”. Carvalho, só para lembrar, foi chefe de gabinete de Lula nos oito anos em que ele ficou na Presidência. Conhece de perto, portanto, as entranhas do esquema de compra de apoio no Congresso, parte substancial do escândalo do mensalão.

O cenário inicial da CPI do Cachoeira é muito semelhante ao da CPI dos Correios, instalada em 2005 a partir da gravação na qual Maurício Marinho, diretor da estatal, cobrava 3 000 reais de propina, o que deu origem à descoberta de novos fatos envolvendo dinheiro público e compra de apoios pelo governo. Aquela CPI nasceu com o intuito de blindar os aliados do governo e era controlada por parlamentares fieis ao Palácio do Planalto. Exatamente como agora. Também tinha o mesmo prazo de atuação: 180 dias.

Mas, logo no início dos trabalhos, depoimentos bombásticos, como o do deputado Roberto Jefferson e do marqueteiro Duda Mendonça, incendiaram a comissão e provocaram uma indignação popular que impediu qualquer tipo de acordo. A atual comissão também tem fios desencapados e personagens que podem contar muita coisa. Cachoeira e Cavendish, por exemplo. Com uma matéria-prima mais modesta do que a produzida pelas operações da PF, a CPI dos Correios produziu a denúncia do mensalão, a cassação de José Dirceu e Roberto Jefferson e a renúncia de meia dúzia de políticos, além de tisnar a imagem imaculada de virgem ética do PT. A CPI do Cachoeira, com seu farto material, tem potencial ainda maior. Basta que não se torne refém de arranjos políticos

 
Leia a íntegra na edição impressa
 
Por Reinaldo Azevedo

Fonte: Veja.com - 07/05/2012 / BLOG DO SOMBRA / Blog Ta Na Balança

quinta-feira, 3 de maio de 2012

PR retira apoio à CPI da Arapongagem


Distrital comunicou a decisão em plenário (Foto: Carlos Gandra/CLDF)
O deputado Aylton Gomes (PR) divulgou deliberação da executiva do seu partido, que retirou o apoio à instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar escutas ilegais no DF. O deputado informou que se fosse hoje não assinaria o requerimento de criação da Comissão, pois prefere dar um voto de confiança ao governo de Agnelo Queiroz.  Gomes disse que não pode regimentalmente retirar a assinatura do documento, mas deixou claro que retira o apoio político à investigação.
O presidente da Câmara Legislativa, deputado Patrício(PT), aproveitou a discussão sobre a CPI da Arapongagem  para confirmar aos colegas que o prazo final para a indicação dos nomes que comporão a nova comissão se encerra na próxima segunda-feira. “Estou aguardando as indicações para iniciarmos os trabalhos da CPI, aprovada no plenário”, informou.
Patrício anunciou aos deputados distritais que teria no final da tarde de hoje uma reunião com membros da direção local do PT, para explicar a sua decisão de, como presidente da Câmara Legislativa, ter assinado o requerimento para criação daquela CPI.

Fonte: Blog do Cafezinho