terça-feira, 31 de março de 2015

O abacaxi de Rollemberg

O governador Rodrigo Rollemberg já tem um ponto fraco em sua gestão: as Administrações Regionais. Com a confusão da extinção ou não das RAs, a coisa está mais que feia. As administrações estão sem a mínima estrutura e os administradores estão de mãos amarradas. Os comandantes das cidades nada podem fazer e são vítimas de pedradas políticas. Um verdadeiro desgaste. 

Falta de funcionários, tratores sucateados e falta de caminhões são algumas das deficiências apresentadas. No caso dos caminhões, a questão ainda é pior: os veículos são terceirizados e estão  sete meses sem receber do governo.  

Em maio, com a seção 2 do Diário Oficial funcionando as coisas devem melhorar. Se é que fui entendido. 

Fonte: Rádio corredor.

Orla do lago: Justiça nega pedido de suspensão de acordo de desocupação

Para o magistrado, a recuperação ambiental será melhor executada se os órgãos responsáveis tiverem acesso livre à área


Para o juiz Carlos Frederico Maroja de Medeiros, da Vara de Meio Ambiente, Desenvolvimento Urbano e Fundiário do Distrito Federal, a recuperação ambiental será melhor executada se os órgãos responsáveis tiverem acesso livre à área...

A Associação dos Amigos do Lago Paranoá teve negado o pedido de suspensão do acordo de desocupação da orla do Lago Paranoá. O grupo afirma que a área será "melhor preservada se mantida sob o poder particular e longe da população".

O juiz Carlos Frederico Maroja de Medeiros, da Vara de Meio Ambiente, Desenvolvimento Urbano e Fundiário do Distrito Federal, no entanto, negou o pedido no final da tarde desta segunda-feira (30/3). Para o magistrado, a recuperação ambiental será melhor executada se os órgãos responsáveis tiverem acesso livre à área. 

Além disso, Medeiros acredita que a restituição de espaço público ao povo é importante e que “os espaços livres de uso comum são elementos relevantíssimos de embelezamento da cidade e de fomento e preservação da saúde e bem-estar dos cidadãos”.
Fonte: Correio Braziliense - 30/03/2015 - - 23:10:38

Lava Jato: Delator reforça suspeita de que propinas foram pagas no exterior

Funcionário de Youssef desde 2005, ele prestou mais de 30 depoimentos em março no âmbito da delação premiada, com o objetivo de obter redução de penas nos processos criminais da Lava Jato

Delação premiada de Rafael Angulo Lopez, emissário do doleiro Alberto Youssef, reforça a suspeita de que as empresas Odebrecht, Braskem e OAS tenham feito repasses de propinas ligadas a contratos da Petrobras para contas e beneficiários no exterior.

Em depoimento, Lopez afirmou que entregou dados para depósitos fora do Brasil e colheu comprovantes de transferências para o exterior (swifts, em inglês) em escritórios da empreiteira Odebrecht e da petroquímica Braskem, que fazem parte do mesmo grupo – os maiores acionistas da Braskem são a Odebrecht (38%) e a Petrobras (36%)...

Lopez também relatou à força-tarefa da Operação Lava Jato que entregou dinheiro no Brasil e no exterior por indicação de representantes da construtora OAS em países como Peru, Panamá e Trinidad e Tobago. Segundo Lopez, a OAS tinha uma espécie de "conta corrente" com Youssef.

Funcionário de Youssef desde 2005, ele prestou mais de 30 depoimentos em março no âmbito da delação premiada, com o objetivo de obter redução de penas nos processos criminais da Lava Jato.

Investigadores consideram a colaboração de Lopez importante pois ele poderá reconhecer pessoas, locais e documentos relativos a operações das quais participou pessoalmente e para as quais há maiores dificuldades de apuração, como as relativas a repasses além das fronteiras brasileiras e à movimentação de dinheiro em espécie.

Em um dos testemunhos, Lopez afirmou que esteve várias vezes no escritório da Odebrecht em São Paulo entre 2010 e 2012 para se encontrar com Alexandrino de Alencar –executivo da companhia e atual diretor de relações institucionais da Odebrecht– com o objetivo de lhe entregar informações de contas para transferências ao exterior e retirar comprovantes de repasses fora do Brasil.

O depoimento traz mais um indício de que a Odebrecht tenha realizado o pagamento de subornos ligados ao esquema de corrupção na Petrobras em contas no exterior. Também em delação premiada, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa disse que recebeu propina de mais de US$ 30 milhões da Odebrecht em contas na Suíça.

BRASKEM E OAS

Lopez disse às autoridades que o mesmo trabalho de entrega de dados de contas para repasses ao exterior, além da retirada de swifts de transferências para países estrangeiros, foi realizado em visitas ao escritório da Braskem em São Paulo, em 2008 e 2009, nas quais os contatos também foram feitos com Alexandrino de Alencar.

O testemunho reforça as acusações já feitas pelos delatores Costa e Youssef de que a Braskem também pagou propina no exterior para ter vantagens ligadas a contratos de compra de matéria-prima da Petrobras. Segundo Youssef, o valor médio do suborno era de US$ 5 milhões por ano, e as reuniões para tratar do assunto começaram em 2006 com Alencar.

Em um de seus depoimentos, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras disse que as propinas da Braskem e da Odebrecht remetidas ao exterior se misturavam, "visto que são empresas do mesmo grupo".

Na delação, Lopez afirmou também que esteve várias vezes no escritório da OAS em São Paulo em São Paulo desde 2012 para entregar e recolher valores em espécie em dólares, euros e reais, montantes que variavam entre R$ 300 mil e R$ 500 mil.

No depoimento, disse que esteve na OAS inclusive na companhia de outros funcionários de Youssef, como Adarico Negromonte e João Procópio, e um dos parceiros de negócios do doleiro, o empresário Leonardo Meirelles.

OUTRO LADO

A equipe de defesa de Lopez, composta pelos criminalistas Adriano Bretas, Tracy Reinaldet e André Pontarolli, informou que a delação do emissário ainda tramita em sigilo e por isso não iria se manifestar.

Odebrecht, Braskem e OAS e o executivo Alexandrino Alencar negaram o pagamento de propinas. Em, a Odebrecht afirma que "não fez nenhum tipo de pagamento ou depósito para quaisquer agentes públicos ou políticos para obter contratos junto à Petrobras".

"A empresa deplora ainda o vazamento ilegal e seletivo de informações falsas, o que impede o exercício pleno do direito de defesa", completa a nota.

A Braskem aponta também em nota que "todas as negociações, pagamentos e contratos da Braskem com a Petrobras seguiram os preceitos legais e foram aprovados de forma transparente de acordo com as regras de governança das duas empresas".

De acordo com a companhia, "é importante ressaltar que os preços praticados pela Petrobras na venda de matérias-primas nunca favoreceram a Braskem e sempre estiveram atrelados às referências internacionais mais caras do mundo, com notórios efeitos negativos para a competitividade da Braskem e da petroquímica nacional".

Quanto às afirmações dos delatores na operação Lava Jato, em nota a OAS "refuta veementemente tais alegações".

O executivo Alexandrino Alencar, atual diretor de relações institucionais da Odebrecht, diz que as alegações dos delatores são falsas e que está à disposição das autoridades para prestar esclarecimentos.
Fonte: Por Flávio Ferreira, coluna Poder/UOL - 30/03/2015 - - 16:17:02

segunda-feira, 23 de março de 2015

DF tem 1,5 mil vans escolares; veja cuidados antes de contratar

Número de multas por transporte sem autorização cresceu 17% em 2014.Veículos devem ter seguro, cinto de segurança e faixa indicando o serviço.

As aulas na rede pública começam nesta segunda-feira (2) no Distrito Federal, e o G1preparou algumas dicas com a ajuda do Detran e de um advogado para ajudar pais e responsáveis a escolher empresas para transportar os estudantes. A primeira delas é verificar se os motoristas têm autorização para o serviço. No ano passado, 224 pessoas foram multadas por desobedecer a regra – um aumento de 17% em relação a 2013, quando houve 190 infrações.
lista com os permissionários pode ser conferida no site da autarquia. No mesmo espaço é possível ver o prazo de validade dessas concessões e as placas das quase 1,5 mil vans escolares que circulam por todas as regiões administrativas da capital do país.
Pais e responsáveis devem ainda ficar atentos a seguros contra acidentes, às condições de higiene do veículo e ao uso dos cintos de segurança. O veículo deve ter a faixa amarela com a inscrição “escolar” à meia altura, em toda a extensão da lateral e na traseira. A autorização do Detran deve ser afixada na parte interna, em local visível, com o número máximo de passageiros permitido pelo fabricante, que deve ser respeitado.
Além disso, de acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, o motorista tem de ter mais de 21 anos, ser habilitado na categoria D – destinada a condutor de veículo usado no transporte de passageiros – e não ter cometido infração gravíssima ou ser reincidente em infrações médias nos últimos 12 meses. Já o veículo deve passar por inspeção a cada seis meses.

Especialista em direito do consumidor, o advogado Degir Henrique de Paula Miranda recomenda ainda que os pais tomem mais três cuidados: certifiquem-se, por meio do site do Tribunal de Justiça, se o motorista e o assistente respondem a processos criminais e cíveis, formalizem contratos em cartório e guardem panfletos dados pela empresa.
"Esse primeiro cuidado já tira dúvidas sobre idoneidade de a quem se entrega filhos", explica o profissional. "Ainda, é totalmente desaconselhado o contrato verbal. Tem que haver o contrato formal, que vai regular a prestação de serviços e que serve como base para questões judiciais. [...] É válido dizer que aumentos abusivos também são proibidos se não forem previstos nesse contrato, como empresas que dobram o valor no segundo semestre.
Já as propagandas são úteis, segundo o advogado, para que os pais e responsáveis possam checar se tudo o que foi prometido pelas empresas está sendo cumprido. Se houver divergência com o que foi acordado, a situação pode ser levada ao Procon e à Delegacia do Consumidor.
"Tem muita denúncia de clientes sobre transporte que promete fábulas e não cumpre. Por exemplo, de que haveria um assistente que ajudaria o motorista. No dia não acontece, e a criança sobe no transporte sozinha. Isso é quebra de contrato, porque houve propaganda enganosa. Tem ainda a folder com veículos novos e bem cuidados, mas na busca da criança, veículos desaconselháveis e fora do padrão do Detran", diz Miranda.
A diretora financeira Dayane Reis precisou trocar recentemente a empresa que levava a filha de 6 anos. Três meninos bateram e beliscaram a menina, e a monitora não reagiu às agressões.
"Acho que ela não tomou a providência correta, no meu ponto de vista, que é ter separado eles de lugar e ter comunicado o ocorrido assim que deixasse minha filha na minha casa, já que minha filha avisou a monitora o que estava acontecendo", afirma.
Diante do ocorrido, ela decidiu pedir indicação na escola. A qualificação dos monitores, tanto para trabalhar com crianças quanto com os adolescentes, foi o diferencial na hora de fechar o acordo.
Dona de uma empresa de transporte escolar e mãe de uma garota de 14 anos que utiliza van de outra entidade, Deise Felix Cavalcante conta que é bastante cuidadosa com o serviço. Ela afirma que, na hora de contratar, além de avaliar as condições dos pneus e cintos e a situação junto ao Detran, pede referências. A filha dela estuda em Taguatinga.
Já em relação aos 50 alunos que transporta em Águas Claras, traz um diferencial: uma "rodomoça" senta atrás com as crianças, garantindo que usem cinto de segurança e dando atenção especial aos menores. "Quando oferecemos nossos serviços fazemos questão de apresentar os documentos, levar o carro, e, o mais importante, conhecer a criança antes de ir buscá-la em sala de aula."
Os 'tios' Deise e Fabrício, que têm uma empresa de transporte escolar em Brasília (Foto: Deise Cavalcante/Arquivo Pessoal)
Funcionária de uma empresa que está há 30 anos no mercado, Rosângela Maria da Cunha transporta crianças e adolescentes que têm entre 5 e 17 anos. Ela leva diaramente 40 passageiros, todos da Asa Sul, e também adota cuidados antes de ligar o carro.
 "[Os meninos e as meninas] São vistoriados, sim. Só deslocamos o veículo após o aluno sentar e colocar o cinto", afirma.
Reclamações 
Quem tiver denúncias ou queixas sobre o serviço pode procurar o Detran por meio do telefone 3905-5731 ou do e-mail nuace@detran.df.gov.br. O órgão também realiza blitze para verificar se as empresas não cometem outras irregularidades, como excesso de velocidade, estacionamento irregular, avanço de sinal, falta do uso do cinto de segurança ou ausência de licenciamento dos veículos.
Em relação à falta de autorização para transporte escolar, a penalização é de multa de R$ 127,69 e perda de cinco pontos na CNH. A infração é considerada grave, e o veículo acaba apreendido.

Bancada parlamentar evangélica organiza reuniões na CLDF

Foto: David Pena

        Os deputados distritais da bancada evangélica da Câmara Legislativa estão fazendo uma série de reuniões em seus gabinetes. Semanalmente, um dos deputados da bancada organiza um café da manhã, com espaço para reunião, onde os parlamentares discutem assuntos de interesse da comunidade, como a regularização dos templos, escrituras e estruturas de trabalhos sociais.
O deputado Bispo Renato Andrade foi o primeiro a se reunir com os demais parlamentares. “É importante que façamos um trabalho em conjunto. Ou somos uma equipe e uma bancada unida, ou os interesses isolados vão se sobrepor aos interesses da população. Isso não pode acontecer. Acredito que juntos somos mais fortes e que é possível conseguirmos, unidos, respostas e soluções para os problemas de todos”, analisou Bispo Renato.

A presidente da Câmara Legislativa, Celina Leão, é cristã e também participa das reuniões da bancada parlamentar evangélica.

Fonte: http://bisporenatoandrade.com.br/

Farra das passagens:Câmara perde registro de escândalo

Cunha anunciou a volta do benefício para cônjuges de parlamentares, mas a Mesa precisa autorizar a compra

A Casa diz que não tem nos arquivos a relação de bilhetes aéreos utilizados entre 2007 e 2008. Investigação está emperrada na Polícia Federal, no Ministério Público e no Supremo Tribunal Federal.

Investigada pelo Supremo Tribunal Federal (SFT), pela Polícia Federal e pela Procuradoria-Geral da República (PGR), a relação dos bilhetes aéreos usados por parlamentares em 2007 e 2008 — no episódio que ficou conhecido como a farra das passagens — não consta mais nos arquivos da Câmara. Dados fundamentais para basear as apurações da época em que parentes, amigos de congressistas e até mesmo artistas viajavam por conta de gastos públicos, as informações desapareceram.

Em resposta a um pedido de acesso aos documentos pela Lei de Acesso à Informação (LAI), o Departamento de Finanças, Orçamento e Contabilidade (Defin) da Câmara informou que, de acordo com o Ato da Mesa Diretora n° 42 de 2000, “a participação da Casa no processo compreendia a concessão da cota e o posterior recebimento das faturas das companhias aéreas aqui instaladas para fins de conferência e pagamento”.

Apesar de a Câmara ter identificado o pagamento de bilhetes aéreos a terceiros — como a viagem da apresentadora Adriane Galisteu, da mãe dela, Emma Galisteu, e de um amigo com recursos da cota parlamentar do deputado Fabio Faria (PSD-RN) —, o Departamento de Finanças da Câmara respondeu, no ofício da Lei de Acesso à Informação, que a Casa não “possuía ingerência na relação estabelecida entre os deputados e as companhias aéreas credenciadas, razão pela qual a Casa não dispõe de registros de emissões de passagens aéreas realizadas pelos deputados em 2007 e em 2008”...

No documento, a Câmara ainda ressaltou que “o controle das emissões de bilhetes somente passou a ser exercido pela Casa em 2009”, ano em que instituiu mudanças na cota parlamentar, pelo Ato da Mesa Diretora nº 43. A assessoria de imprensa da Casa frisou também que as passagens aéreas são as únicas informações do chamado “cotão” das quais não há comprovantes guardados nos períodos anteriores a 2009. “Todos os demais itens — gastos com combustível, locação de veículos, manutenção de escritório — contam com documentação comprobatória nesses períodos.”

Contradição
A ausência das informações, porém, contradiz com as investigações da época, quando a própria Câmara apurou, por meio da Comissão de Sindicância da Casa, a participação de 45 servidores que seriam os responsáveis pelo escândalo. Eles estariam ligados aos gabinetes de 39 parlamentares. Naquele ano, a Câmara abriu processo contra 44 servidores — um deles faleceu e teve o caso arquivado. Mais da metade dos funcionários foi demitida durante as investigações.

As passagens da apresentadora Adriane Galisteu, da mãe e do amigo custaram à Câmara cerca de R$ 11 mil. Faria também deu passagens aos atores Kayky Brito, Sthefany Brito e Samara Felippo, que participaram do carnaval fora de época em Natal em dezembro de 2007. Eles foram convidados para o camarote que o deputado organizou para o evento. Após a reportagem, o parlamentar ressarciu à Câmara o valor das passagens dos atores.

Apesar de já terem se passado seis anos desde que o escândalo das passagens de deputados e senadores veio à tona, nenhum político foi punido. Há pelo menos oito anos, um inquérito criminal se arrasta entre o STF, a Polícia Federal e a Procuradoria-Geral da República. A apuração corre em segredo de Justiça e tem 20 investigados. Em consulta ao Supremo, é possível identificar que o processo foi concluído em 17 de março deste ano, remetido ao relator, ministro Teori Zavascki, e despachado à PGR.
Colaborou Eduardo Militão


Memória

Mordomia à custa do erário
Em 2009, o país descobriu que senadores e deputados usavam as cotas de passagens aéreas a fim de viajar para o Brasil e para o exterior a passeio. Em muitos casos, cediam o benefício para aliados, parentes, amigos e até mesmo para celebridades, cantores atores a apresentadores. Também foi identificado um comércio ilegal de crédito de passagens. Mais da metade dos parlamentares da Câmara usou as cotas para viajar para o exterior em 2007 e em 2008, apenas por uma companhia aérea. 

Identificado o problema, o Congresso mudou as regras, restringindo as viagens ao exterior, mas perdoou as irregularidades do passado. Nenhum parlamentar foi punido, apesar de vários terem devolvido o dinheiro gasto em interesses particulares. Embora uma série de inquéritos civis e criminais tenham sido abertos, o Ministério Público nunca ofereceu denúncia à Justiça. 

Este ano, após ser eleito presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) anunciou a volta do benefício para cônjuges de parlamentares. No entanto, após a repercussão negativa, decidiu que a regalia só será concedida após autorização da Mesa Diretora caso a caso. 

(EM)
Fonte: Por Naira Trindade, Correio Braziliense. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil - 23/03/2015 - - 12:37:33

sexta-feira, 20 de março de 2015

O PT deveria ser mais Cid Gomes

Cid disse e redisse mera verdade: há de 300 a 400 achacadores no Congresso

Eis que Cid Gomes, nosso agora ex-ministro da Educação, está aí para provar que a política no Brasil pode até matar de raiva, nunca de tédio. Reafirmando a tradição língua-solta familiar, Cid disse e redisse mera verdade: há de 300 a 400 achacadores no Congresso. E eles são rápidos. Minutos após a declaração bombástica, Cid teve a cabeça pedida pelo PMDB. E caiu. Desta vez, os achacadores venceram. ...

O fato de a demissão de Cid ter sido anunciada pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), achacador-mór do País, é reveladora do atual estado de coisas. De repente, a grande política cedeu o protagonismo aos coadjuvantes.

PT e PSDB, que conduziram o debate político nas últimas décadas, vivem hoje na retaguarda do PMDB. O governo Dilma Rousseff se tornou refém da tropa de Eduardo Cunha. Já os tucanos perderam o juízo ao embarcar na onda golpista capitaneada pelo baixo clero. É a vez dos achacadores (que estão espalhados por toda a base, PP, PR e PQualquerCoisaQueCaibaNaCoalizão).

Eles sempre existiram. Mas desde a redemocratização parecem ter encontrado um clube perfeito que responde pelo nome de Partido do Movimento Democrático Brasileiro. Claro que há gente boa no PMDB (raríssimos, como Pedro Simon), mas a agremiação ilustra como o sistema político brasileiro é disfuncional e esquizofrênico (e como, mais que nunca, precisamos de uma reforma política abrangente, com financiamento público e menos achaques).

Não sei se alguém se viu na tarefa de explicar a um estrangeiro como um partido supostamente aliado, como o PMDB, se tornou um dos maiores entraves ao governo no Congresso. Difícil de entender esse tal presidencialismo de coalizão, agora em piripaque. A atual crise, no entanto, longe de apenas espalhar confusão, traz certa luz à política brasileira, mostrando quem é quem nessa história.

Cid cometeu sincericídio (e há quem diga que ele tivesse suas razões particulares para falar o que falou). Não era de se esperar que Dilma o segurasse. Dirigindo-se aos “oportunistas” que integram a base mas só fazem atravancar a administração, foi sincero e direto: “Larguem o osso ou saiam do governo”.

Mas eles não largarão o osso tão cedo. Ou alguém acha que Cunha e cia iriam jogar a toalha justamente quando é mais fácil (e lucrativo) achacar o governo – ou seja, em momento de crise?

Por isso não acho que a tese do impeachment prospere do jeito que se propagandeia. Primeiro porque o grande capital (por mais que odeie Dilma) não irá jogar o Brasil no buraco negro da instabilidade econômica, correndo o risco de ver o risco-país disparar e a economia se esfarelar em ritmo supreendente. Segundo, é muito mais lucrativo achacar o governo de plantão do que liderar a administração e ficar sob os holofotes. Por que será que o PMDB nunca tem candidato próprio?

Como já disse o senador tucano Aloysio Nunes Ferreira (que a seu favor só tem o fato de ser opositor assumido), a questão não é tirar Dilma do Planalto – o objetivo é sangrar o governo e o PT (deixando o caminho mais fácil para os achacadores).

Na narrativa hegemônica, oposição e inconformados estão contra a corrupção na Petrobras e no resto do País. Gente como Agripino Maia (DEM), que desfilou sorridente no 15 de março pedindo lisura nas contas públicas quando ele mesmo é acusado de cobrar mais de 1 milhão de reais em propinas no Rio Grande do Norte. Ou como o primo de Beto Richa (PSDB), preso acusado de fraudar licitações dois dias depois de berrar Fora Dilma. (É claro que a manifestação foi legítima, mas não apontar suas flagrantes contradições é pedir demais).

É inegável que a corrupção está nas mais diversas esferas, inclusive no meu Partido dos Trabalhadores. Falta honestidade e decência à grande mídia, mas achar que escândalos como o atual são apenas produto de conspirações da imprensa tem em si um pouco de inocência.

O PT precisa seriamente se repensar como partido e no que pode oferecer à sociedade em termos programáticos (porque é ainda o mais bem sucedido experimento democrático deste país). Talvez o PT e Dilma tenham de ser mais Cid Gomes – cobrar lealdade dos aliados e retomar a pauta política. No decorrer dos últimos 13 anos cedemos à tal governabilidade e demos as mãos a alguns achacadores (Cândido Vaccarezza e sua reforma política vendida que o digam).

Longe de sentir qualquer palpitação no peito, confesso que tive certo entusiasmo (sonhático e inconsequente, admito) com a bravata do PMDB de que deixaria o governo se o ministro da Educação não caísse. Por um momento pensei em como Dilma seria mais feliz não tendo de aturar Eduardo Cunha como suposto aliado. E como o País seria tão melhor não tivesse tantos achacadores na coalizão de governo.

Foi um devaneio, eu sei. A vida em Brasília é dura e não se governa sem maioria (leia-se, não se governa sem o PMDB). O episódio kamikase de Cid Gomes, no entanto, é uma oportunidade para se mexer nas peças do governo e para reafirmar a necessidade da reforma política. De resto, é dedo cruzado, jogo articulado e resistência. E boa sorte em 2015.
Fonte: Por Mauricio Moraes, CartaCapital - 20/03/2015 - - 09:46:01

quinta-feira, 19 de março de 2015

Ciro e Cid Gomes podem crescer com guerra PT-PSDB

Irmãos podem se dedicar a projeto livres da crise de Dilma

Num cenário de guerra mortal entre PT e PSDB, não pode ser descartado o surgimento de uma surpresa política. Depois do confronto na Câmara dos Deputados, o ex-ministro Cid Gomes (Educação) e o irmão Ciro Gomes (Pros-CE) podem se dedicar a um projeto político e eleitoral sem que estejam aprisionados à crise do governo Dilma.

Para uma fatia expressiva da opinião pública, as avaliações apimentadas de Cid e Ciro sobre a política brasileira podem ter apelo. Não é improvável que Ciro Gomes, que também já governou o Ceará como Cid e que já foi ministro nos governos Itamar e Lula, possa tentar novamente uma candidatura presidencial em 2018. O próprio Cid também poderia ser candidato...

Do ponto de vista da imagem pública, Cid sai engrandecido do episódio. Eduardo Cunha sai arranhado publicamente, mas ganha do ponto de vista político, pois conseguiu a demissão de um ministro. Já a Câmara perde, porque ouviu um sermão dado da tribuna.

Cid Gomes foi o maior vencedor do episódio de ontem. Eduardo Cunha é um dos políticos mais poderosos do país. Cid o enfrentou de peito aberto no dia em que o Datafolha mostrou que não apenas a popularidade da presidente Dilma havia despencado, mas também que a imagem do Congresso estava no chão. Apenas 9% dos entrevistados pelo Datafolha consideram o desempenho dos deputados e senadores ótimo ou bom. É um resultado pior do que os 13% de ótimo ou bom do governo Dilma. E 50% avaliam como ruim ou péssimo o trabalho do Congresso.

Portanto, o ex-ministro da Educação colocou o dedo na ferida. A declaração dele que produziu esse confronto com a Câmara foi a seguinte: “Tem lá uns 400 deputados, 300 deputados, que quanto pior, melhor para eles. (…) Eles querem é que o governo esteja frágil porque é a forma de eles achacarem mais, tomarem mais, tirarem mais dele, aprovarem as emendas impositivas”.

A palavra achaque foi usada no contexto clássico do “é dando que se recebe” praticado no Congresso. No dicionário Houaiss, achaque significa molestar, acusar, mas também roubar alguém sob ameaça ou extorquir dinheiro de uma pessoa. No entanto, na forma usada por Cid, é difícil discordar de que ela retrata o que acontece na relação entre um Executivo fraco e um Legislativo forte.

Cid Gomes e o irmão Ciro Gomes são críticos do PMDB e avaliaram que não valia a pena continuar num governo cada vez mais dominado por peemedebistas. Sem uma retratação, que nunca quis fazer, Cid sabia que Dilma não teria outra saída. Por isso, já chegou no Palácio do Planalto pedindo demissão.

O episódio ilustra como a presidente Dilma Rousseff se isolou politicamente e passou a depender do PMDB. Para o governo, o principal efeito deverá ser uma reforma ministerial na qual os peemedebistas sairão fortalecidos.

A presidente sempre precisou do PMDB para governar. Era algo que estava claro desde o final da campanha eleitoral do ano passado, quando ela teve dificuldade para se reeleger. Nenhum presidente gosta de ficar dependente demais de um partido. E Dilma cometeu um erro de avaliação: achou que poderia enfraquecer o PMDB.

Ela já estava fraca demais para fazer essa manobra e, mesmo assim, cometeu o erro de enfrentar o partido. A nomeação de Cid Gomes para o Ministério da Educação fazia parte de um plano para fortalecer o Pros a ponto de criar novas forças que pudessem fazer um contraponto ao PMDB na base de apoio do governo no Congresso.

A indicação de Gilberto Kassab para a pasta das Cidades tinha o mesmo objetivo. Com Kassab no PSD e Cid no Pros, Dilma imaginou que poderia enfrentar o PMDB. Teve uma derrota retumbante. A estratégia se mostrou irrealista.

Ontem, Dilma teve de ver o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, anunciar a demissão de um ministro de Estado. No presidencialismo, isso simboliza como a presidente perdeu poder devido aos seus próprios equívocos.

Fonte: Por Daniela Martins, blog do Kennedy 

Luziânia: Ganha um novo diretório partidário no Município. O PTC - Partido Trabalhista Cristão.

Fernando Meireles do Partido Trabalhista Cristão - PTC de Goiás 
Nesta quarta feira 18/03, a diretoria do PTC de Luziânia - GO reuniu com novos filiados do partido na quadra 253 do parque estrela D'alva IX, distrito do Jardim Ingá, estando presente varias autoridades locais, Fernando Olinto Meirelles, Presidente Regional do PTC de Goiás, lideranças comunitárias, evangélicas e empresariais da região, no seu discurso o presidente do PTC-GO, Fernando Meirelles, parabenizou o presidente do PTC Luziânia, Zé Maria, pelo evento e os trabalhos que vem sendo desenvolvido no município, agradeceu todos os presentes e convidou a fazerem parte do partido da família, o PTC.

Zé Maria, Presidente do PTC diretório Municipal de Luziânia - GO
Já o presidente do diretório municipal de Luziânia, Zé Maria, relatou à importância da participação do jovem e da mulher na política e nos movimentos  comunitária da região. “Estas reuniões só acrescentam melhorias a população do distrito do Ingá e Luziânia, cidade que cresce a cada dia, havendo a necessidade de mais investimento do estado no município e tudo isso só é possível quando há a participação do povo” relatou Zé Maria que após seu discurso  convidou os presentes a filiar-se ao PTC – Partido Trabalhista Cristão.



Dona Adelaide falando sobre a importância do PTC na cidade.