terça-feira, 28 de abril de 2015

No DF: Com R$ 1,6 bilhão em dívidas, GDF divide em 30 parcelas por 4 anos

Enquanto isso, atacadistas temem cobrança retroativa do ICMS

Com valor calculado em R$ 1,6 bilhão, dívidas do governo com cerca de 500 credores, entre fornecedores e prestadores de serviço, serão quitadas em mais de 30 parcelas, até o fim do atual mandato. 

Rodrigo Rollemberg reclama, desde o dia de posse, que foi deixado com despesas muito grandes. No Pacto por Brasília, mandou a conta para os contribuintes.

A equipe do governador Rodrigo Rollemberg (PSB) faz os ajustes finais na elaboração de um cronograma para o pagamento das dívidas herdadas da gestão anterior. ...

Calculado em R$ 1,6 bilhão — R$ 1 bilhão de despesas antigas e R$ 600 milhões de restos a pagar —, o montante deve ser quitado integralmente com os mais de 500 credores em pelo menos dois anos, podendo se arrastar até o fim do atual mandato. Os principais auxiliares do governo têm se reunido desde janeiro para tratar do tema. Eles são responsáveis por estabelecer critérios, como a ordem dos pagamentos e quantas parcelas serão necessárias para o Executivo ficar em dia com os fornecedores e prestadores de serviço. O anúncio do calendário deve ocorrer em maio.

Alardeando um deficit geral de R$ 3,5 bilhões desde que assumiu o Palácio do Buriti, o governo Rollemberg alega falta de recursos e um rombo nas contas públicas que impederiam o GDF de pagar tudo o que deve imediatamente. Das despesas deixadas por Agnelo Queiroz (PT) sem previsão no orçamento, por exemplo, 40% são relativas a contratos na área de saúde pública. E mais: uma das empresas com um dos maiores atrasos é do setor de transporte público e opera diversas linhas de ônibus. O secretário-chefe da Casa Civil, Hélio Doyle, limitou-se a dizer que o governo estuda possibilidades para quitar as dívidas e pode apresentá-las no início do próximo mês.

A forma de lidar com as dívidas deixadas pelo mandato passado causa dor de cabeça nos gestores socialistas desde o primeiro dia à frente da máquina pública do DF.

Muitos serviços prestados pelo Executivo local são terceirizados, e uma boa relação com as empresas é fundamental para que não haja descontinuidade de serviços públicos, a exemplo do que ocorreu no início de março. Um imbróglio entre o GDF e a Sanoli, companhia fornecedora de alimentos em hospitais públicos, quase deixou pacientes, acompanhantes e servidores de 21 unidades de saúde sem comida.
Fonte: Por Matheus Teixeira, Correio Braziliense, Minervino Junior/CB/D.A Press - 28/04/2015 - - 07:32:25

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