Corrupto, presente
Os cientistas políticos e os
sociólogos de plantão ainda estão atônitos com as manifestações de rua que
ocorrem no país. A convulsão social que explodiu nos estados com milhares de
pessoas protestando é a combustão espontânea da revolta de um povo que estava
contido, manipulado por políticos e liderado por um governo que subestimou a
sua capacidade de se indignar. O PT achou, durante muito tempo, que o pão e o
circo seriam suficientes para manter os brasileiros anestesiados. E o que se vê
é a revolta popular contra as migalhas dos programas sociais, a alta da
inflação, o endividamento da classe média levada ao consumo por uma política
econômica leviana e desastrosa de um governo que administra o país no
improviso.
Nem os mais abalizados analistas
políticos seriam capazes de imaginar que o circo iria pegar fogo e o pão seria
rejeitado pelo povo que está nas ruas para reivindicar por seus direitos em um
país que só sabe exigir da sua população, mas nada oferece em troca. Não
reduz os impostos exorbitantes, não combate a violência e a epidemia do crack.
Não oferece transporte público eficiente, abandonou a educação e a
saúde e paralisou as obras de infraestrutura freando a geração de emprego. O governo petista se distanciou do povo
e se enclausurou em grupelhos. Ignorou a capacidade de aglutinação dos jovens,
a importância das redes sociais e o poder de mobilização da classe média,
enxertada por emergentes da classe “c”, antenados com a política e a economia
em crise do Brasil e de outros países. ...
Mas numa análise mais simplista,
observa-se que no cerne de toda essa questão o combate a corrupção é a palavra
de ordem que se repete nos cartazes e está na boca dos manifestantes. O pais
está atolado na lama, a honestidade desce pelo esgoto. Não existem mais
líderes, homens públicos confiáveis. O Brasil está mergulhado na anarquia,
dominado por pelegos sindicais irresponsáveis, analfabetos e despreparados que
povoam os 39 ministérios e outros órgãos públicos. A presidente da
República, como uma autista, mostra o seu despreparo para dirigir o país quando
em plena crise voa para São Paulo para se aconselhar com Lula e o marqueteiro
João Santana. Mais uma vez ignora o clamor das ruas e prioriza a reeleição,
enquanto o país pega fogo! O marketing não salvou Collor quando pediu que a
população saísse às ruas de verde e amarelo para apoiá-lo na crise. A multidão
vestiu-se de preto. O resultado, todos conhecem.
Fonte: por Jorge
Oliveira/C. Humberto - 21/06/2013
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