sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Estratégias para salvar Raad Massouh só complicam a situação do parlamentar

Antes mesmo de a Justiça se pronunciar acerca das denúncias contra o parlamentar, nota de empresa contratada por Raad afirma que denúncias contra distrital “não tem fundamentos

Chegam a ser inacreditáveis as ações dos estrategistas que estão gerenciando a crise que envolve o mandato do distrital Raad Massouh (PPL), o parlamentar que é investigado por supostos desvios de emendas, de apropriação indevida de salário de servidores e de falsidade ideológica.
A última jogada foi utilizar um ofício da Secretaria de Transparência do GDF como balão de ensaio para dizer que o parlamentar estaria inocentado das graves acusações que pesam contra ele em processo que corre em segredo de justiça no TJDFT.
Na verdade, o documento surgiu como resposta a um questionamento feito pelo deputado Raad Massouh (foto) para a Secretaria de Transparência. Nesse ofício, o titular da pasta, Carlos Higino, esclarece ao distrital que a “responsabilidade administrativa pela execução orçamento-financeira de verbas oriundas de emendas parlamentares é exclusiva dos gestores do Poder Executivo que as executem”. ...
Esclarecer o óbvio é simples. A atitude, no entanto, soa mais como má-fé do que como uma real tentativa de elucidar os fatos. Pior: parece mais um ensaio para plantar notícias com o único objetivo de tentar confundir a opinião pública, uma vez que o secretário Higino nem prerrogativa possui para inocentar, acusar ou mesmo julgar um político que é investigado pelo Conselho Especial do Tribunal de Justiça do DF.
O blog conversou com o próprio secretário Higino, que garantiu que o oficio foi expedido com o único objetivo de responder a uma consulta feita por Raad Massouh que buscava saber de quem seria a responsabilidade administrativa pela execução das emendas parlamentares. No entanto, a nota emitida pela empresa Nacional Press, que responde pela assessoria do parlamentar, afirma “que as acusações feitas contra o deputado distrital Raad Massouh, por quebra de decoro parlamentar, não tem fundamento”.
Curioso é que, de acordo com a mesma nota, o parlamentar estaria inocentado por Higino pelo suposto crime de quebra de decoro. No entanto, cabe apenas à Câmara Legislativa do DF julgar sobre supostas infrações ao código de ética parlamentar da Casa. Tanto que corre no legislativo local um processo contra o distrital, que já foi encaminhado para a Corregedoria.
Em conversa com o titular deste blog, o secretário Carlos Higino frisou que não cabe a ele manifestar-se acerca de questões que fogem do âmbito administrativo do GDF. Esclareceu apenas que não constam no GDF investigações contra Raad sobre os supostos desvios de emenda. Mas nada pode se pronunciar acerca das investigações de suposta apropriação indevida de parte de salários de seus servidores ou ainda a utilização em duplicidade de documentos como RG e CPF.
Das duas, uma. Ou na visão da assessoria contratada por Raad a Secretaria de Transparência alcançou um patamar acima de nossa Justiça ou os assessores terão de rebolar para provar a muita gente que não são tão incompetentes como parecem ser.
Fonte: Redação - 13/12/2012 / Blog do Sombra.

Um comentário:

  1. Tá mais que na cara né que o deputado Raad Massouh é inocente. Depois da declaração dos funcionários dele julgando inocente e a própria casa, não tenho mais essa dúvida.

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