Antes mesmo de a Justiça se pronunciar acerca das denúncias contra o parlamentar, nota de empresa contratada por Raad afirma que denúncias contra distrital “não tem fundamentos
A última jogada foi utilizar um ofício da Secretaria de Transparência
do GDF como balão de ensaio para dizer que o parlamentar estaria
inocentado das graves acusações que pesam contra ele em processo que
corre em segredo de justiça no TJDFT.
Na verdade, o documento surgiu como resposta a um questionamento feito
pelo deputado Raad Massouh (foto) para a Secretaria de Transparência.
Nesse ofício, o titular da pasta, Carlos Higino, esclarece ao distrital
que a “responsabilidade administrativa pela execução
orçamento-financeira de verbas oriundas de emendas parlamentares é
exclusiva dos gestores do Poder Executivo que as executem”. ...
Esclarecer o óbvio é simples. A atitude, no entanto, soa mais como
má-fé do que como uma real tentativa de elucidar os fatos. Pior: parece
mais um ensaio para plantar notícias com o único objetivo de tentar
confundir a opinião pública, uma vez que o secretário Higino nem
prerrogativa possui para inocentar, acusar ou mesmo julgar um político
que é investigado pelo Conselho Especial do Tribunal de Justiça do DF.
O blog conversou com o próprio secretário Higino, que garantiu que o
oficio foi expedido com o único objetivo de responder a uma consulta
feita por Raad Massouh que buscava saber de quem seria a
responsabilidade administrativa pela execução das emendas parlamentares.
No entanto, a nota emitida pela empresa Nacional Press, que responde
pela assessoria do parlamentar, afirma “que as acusações feitas contra o
deputado distrital Raad Massouh, por quebra de decoro parlamentar, não
tem fundamento”.
Curioso é que, de acordo com a mesma nota, o parlamentar estaria
inocentado por Higino pelo suposto crime de quebra de decoro. No
entanto, cabe apenas à Câmara Legislativa do DF julgar sobre supostas
infrações ao código de ética parlamentar da Casa. Tanto que corre no
legislativo local um processo contra o distrital, que já foi encaminhado
para a Corregedoria.
Em conversa com o titular deste blog, o secretário Carlos Higino frisou
que não cabe a ele manifestar-se acerca de questões que fogem do âmbito
administrativo do GDF. Esclareceu apenas que não constam no GDF
investigações contra Raad sobre os supostos desvios de emenda. Mas nada
pode se pronunciar acerca das investigações de suposta apropriação
indevida de parte de salários de seus servidores ou ainda a utilização
em duplicidade de documentos como RG e CPF.
Das duas, uma. Ou na visão da assessoria contratada por Raad a
Secretaria de Transparência alcançou um patamar acima de nossa Justiça
ou os assessores terão de rebolar para provar a muita gente que não são
tão incompetentes como parecem ser.
Fonte: Redação - 13/12/2012 / Blog do Sombra.
Tá mais que na cara né que o deputado Raad Massouh é inocente. Depois da declaração dos funcionários dele julgando inocente e a própria casa, não tenho mais essa dúvida.
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