terça-feira, 1 de outubro de 2013

FIM DO PRAZO PARA FILIAÇÃO PARTIDÁRIA DEVE PROVOCAR TROCA-TROCA NA CLDF

Quase 40% dos distritais podem mudar de partido até sábado. Alguns aguardam a definição do TSE sobre a legenda de Marina Silva, outros observam a movimentação de caciques e analisam as possibilidades de serem reeleitos.
O fim do prazo para a filiação de candidatos às eleições de 2014 vai provocar uma mudança expressiva na composição partidária da Câmara Legislativa. Quase 40% dos distritais estudam mudar de legenda até sábado, data limite para migrações ou criação de siglas. O encerramento do troca-troca de partidos ainda depende de decisões importantes no cenário nacional, como a criação da Rede Sustentabilidade — que deve ser analisada amanhã pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Alguns deputados aguardam também definições sobre o futuro de caciques da política do Distrito Federal para escolher qual rumo tomar. Pela legislação eleitoral, é preciso estar filiado com antecedência mínima de um ano antes das eleições.
Além dos aspectos políticos e de questões como afinidade programática, o principal determinante para a escolha de um partido é a matemática. A maioria dos distritais que pretende mudar de partido até o fim desta semana sonha com a reeleição. Eles precisam fazer contas para saber se há chances de conseguir manter o mandato. Uma legenda que reúna três ou quatro candidatos fortes corre o risco de ver figuras importantes ficarem de fora da Câmara — ou apenas como suplente.
Eleito pelo PSDB, o distrital Washington Mesquita nem chegou a fazer oposição ao governo do petista Agnelo Queiroz. Obteve o direito de indicar o administrador regional de Taguatinga e se filiou ao PSD, presidido por Rogério Rosso. Assim como os três deputados da legenda, decidiu deixar o partido. Washington entregou sua ficha de desfiliação no último dia 26 e assina a entrada no PTB amanhã, em cerimônia na Câmara Legislativa. “O projeto é me candidatar à reeleição”, disse. Ele tem como principal base eleitoral a cidade de Taguatinga, além de ser um nome forte entre eleitores católicos.
Já o deputado Dr. Michel entregou carta de desfiliação ontem à tarde ao diretório regional do PEN. Eleito pelo PSL, o delegado de polícia aposentado tenta dar um rumo ao projeto de ser candidato à reeleição. Ele tem conversado com vários partidos, mas até agora não encontrou abrigo em nenhuma legenda. “Vou tentar até o fim, mas, se não conseguir encontrar quem me aceite, desisto de me candidatar e vou tocar minha vida. Pode colocar um anúncio aí no jornal: deputado distrital está à procura de um partido”, brinca.
Fonte: Correioweb – publicado em 01/10/2013

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