quinta-feira, 11 de abril de 2013

“ELE USOU A TÉCNICA PARA MATAR”, DIZEM FAMILIARES DE JOVEM SOBRE ASSASSINO


Parentes, amigos e vizinhos do designer assassinado descrevem um dos principais acusados de atacá-lo como destemperado. Preocupada com a insegurança no local, a vítima estava à procura de um imóvel para alugar

Isaque Nilton foi atacado em frente ao prédio onde morava, na QE 40 do Guará 2: covardia e brutalidade depois de reclamar do tráfico no loca

Parentes, amigos e vizinhos estão chocados com a morte brutal do designer gráfico Isaque Nilton Alves Boschini, 28 anos. As lágrimas são pela morte prematura e covarde de um pai de família. Casado há mais de 10 anos com Gabriella Araújo, Isaque também deixa uma filha, Isadora, de 7 anos. Até o fim da manhã de ontem, os familiares tentavam encontrar uma forma de contar à criança sobre a tragédia. “A minha irmã está desolada, não sabe como falar com ela (Isadora) sobre o ocorrido. Tivemos de dar sedativos a ela”, contou ao Correio o irmão de Gabriella, o professor de muay thai Thiago Araújo, 28 anos.
O cunhado da vítima foi aluno do principal agressor de Isaque, o ex-professor de kickboxing Moisés Maciel Pinto, 41 anos. Thiago tem a convicção de que Moisés sabia exatamente o que estava fazendo quando espancou Isaque. Ele descreve o antigo mentor como uma pessoa violenta. “Tenho certeza de que ele (Moisés) usou a técnica para matar. Ele tinha rixa com todo mundo. Além disso, era um mau profissional. Por conta do histórico de agressões, ele, inclusive, acabou descredenciado de uma entidade internacional de luta”, mencionou. De acordo com Thiago, Moisés era famoso no Guará por conta do ensino de artes marciais. Mas ressalta que o envolvimento com a droga também era algo público na região. Segundo os familiares, Isaque Nilton queria deixar o imóvel com a família por causa da insegurança no local. Ele inclusive havia procurado uma imobiliária nesta semana em busca de um apartamento para alugar.
Medo
Se por um lado o destempero de Moisés era explícito, por outro, a tranquilidade de Isaque era a marca registrada do jovem. Familiares o descrevem como uma pessoa de bom coração. “Ele ajudou a cuidar do meu pai quando ele estava no fim da vida, com mal de Alzheimer. Era um pai dedicado e, sobretudo, um trabalhador”, relatou o vigilante Rodrigo Guimarães, 31 anos, irmão de Gabriella. “Além de atuar como designer, ele fazia trabalhos de vigilância e, de vez em quando, serviços de moto. Ele nunca foi de agredir ninguém. Era uma boa pessoa, incapaz de fazer mal a qualquer um”, completou.

Fonte: Correioweb

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