terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Governador Agnelo consegue reunir representantes de 70 mil servidores contra ele em reunião

Sindicatos se reuniram com direção da PCDF Foto: Francisco Soares
A gestão de Agnelo Queiroz realizou um feito nunca visto no Distrito Federal: conseguiu reunir 70 mil servidores contra ele em uma só reunião. Isso por que pelo menos quatro sindicatos estiveram reunidos nesta segunda-feira, 21, para tratar de um assunto que vem incomodando as carreiras do GDF, a unificação de todos os funcionários públicos da máquina administrativa.

A idéia é centralizar o controle de pelo menos 150 mil servidores na Secretaria de Administração Pública do DF (Seap). As categorias acreditam que com isso haverá flexibilidade para remoção de funcionário de uma área para outra. Segundo tese que eles defendem, a intenção do GDF é evitar concursos públicos.

Um dos prejuízos justificados pelos sindicatos é que a medida poderá fazer com que quando servidores forem removidos da Polícia Civil para outra secretaria, por exemplo, remova também gratificações específicas. Só para ter idéia, a função de atividade de apoio da PCDF tem um valor acrescido variado de R$ 600 a R$ 1 mil no salário.

Ontem, representantes do Sinpol, Sindireta, Assaspc, Associação dos Técnicos em Necrópsia estiveram reunidos com o diretor da PCDF, Jorge Luiz Xavier. Hoje, as categorias pretendem se reunir com a área de saúde para fazer a mesma pressão e impedir que o GDF apresente o projeto da unificação na Câmara Legislativa até março. Os sindicatos pretendem ainda fazer uma grande paralisação no dia 7 de março, por 24 horas.  

Para o presidente da Associação dos Técnicos em Necrópsia, José Romildo, a mudança pode retirar o carater técnico da área. “Estamos desde 1998 lutando para ter especificidade do cargo e o GDF quer acabar com isso”, critica. O Sindireta disse que o diretor da PCDF não conhecia o projeto de unificação, mas que se comprometeu a buscar informações e se reunir com as categorias.

O receio é generalizado. “Isso vai trazer desestruturação das classes e vamos perder forças das representações”, opina, Wilmaque Oliveira presidente da Associação da Carreira de Apoio as Atividades Policiais Civis (Assaspc-DF). “Estamos muito desconfortável e isso vai gerar uma instabilidade grande dentro dos quadros”, preocupa-se o presidente do Sindireta, Ibrahim Youssef.

Fonte: Guardian Notícias

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