sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Familiares de menina morta em hospital pedem justiça, durante enterro

Parentes e amigos da família foram ao cemitério com cartazes de protesto

A menina Rafaela Luiza Formiga Morais, de um ano e sete meses, foi enterrada por volta das 17h30 desta quinta-feira (24/1) no cemitério da Cidade Ocidental, no Entorno do Distrito Federal. Muito abalados, os pais afirmam que só pedem justiça. O pedido foi endossado por diversos familiares, que levaram cartazes com mensagens de protesto. Participaram da cerimônia fúnebre cerca de 200 pessoas. ...

Na tarde dessa quarta-feira (23/1), a criança não resistiu após cinco paradas cardíacas. Em um momento do velório, a mãe da criança, Jane Formiga, foi amparada após sair da capela durante a entoação de música católica que Rafaela Luiza gostava de cantar. O corpo chegou por volta das 16h30, acompanhado de uma carreata de carros.

A fatalidade foi muito lamentada pela família. "A mãe levou a criança para um hospital referência em pediatria para que uma pessoa que estudou sete ou oito anos tirasse a vida dela", protesta uma prima de Jane, Luciene Pereira Lisboa. "A gente só pede justiça para que a especialista (a médica suspeita do erro, Fernanda Sousa) não faça isso com mais ninguém", completa.

Entenda o caso
Rafaela Luiza deu entrada no Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib), no último domingo (20/1), com alergia e vermelhidão pelo corpo. De acordo com a família da criança, a pediatra Fernanda Sousa, filha do presidente do Conselho Regional de Medicina (CRM), Iram Augusto Cardoso, teria receitado 3,5 ml de adrenalina para controlar os sintomas, mas após ter recebido a medicação, a menina apresentou piora no quadro e foi transferida para o para Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Santa Maria. Na tarde dessa quarta-feira (23/1), a criança teve cinco paradas cardíacas e não resistiu.

No fim da tarde desta quinta, o Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal (CRMDF) divulgou nota informando que dará o encaminhamento previsto em lei ao caso, conforme determina o Código de Processo Ético Profissional: "Todos os fatos relacionados ao atendimento serão analisados".

O comunicado indica que os profissionais de saúde envolvidos, a família da paciente e a direção do Hospital serão ouvidos. O Conselho ressalta que até o momento, não recebeu nenhuma denúncia do caso por parte da Secretaria de Saúde. Mais cedo, o presidente do conselho informou ao Correio, que pediu afastamento deste caso.

Fonte: Correio Braziliense - 25/01/2013 / Blog do Edson Sombra

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