A crise pré-eleitoral está a
todo vapor na política do Distrito Federal. Deputados distritais estão
insatisfeitos com as recentes ondas de denúncias que rondam a Câmara
Legislativa. E agora, para equilibrar o jogo, os parlamentares ameaçam instalar
a CPI da Copa do Mundo.
Com intuito de investigar os
gastos com a Copa do Mundo de 2014, parlamentares oposicionista da Câmara
Legislativa do Distrito Federal, estão se articulando para instaurar uma
Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). Para instalação de uma CPI na Câmara
Legislativa são necessárias as assinaturas de, no mínimo, oito dos 24
parlamentares da casa.
No entanto, até o momento,
apenas três parlamentares se posicionaram a favor. São eles Celina leão, autora
da proposta, Eliana Pedrosa e Liliane Roriz, ambas do PSD. Celina Leão (PSD)
defende que a Câmara Legislativa fiscalize os gastos públicos e dê uma resposta
à população, que se manifestaram nas ruas nas últimas semanas.
Entretanto, a líder do governo,
deputada Arlete Sampaio (PT), não vê com bons olhos a proposta, justificando
que os órgãos de controle, como o Ministério Público e o Tribunal de Contas, é
que devem fazer essa investigação. Inconformada com os altos custos que vem
sendo gastos para realização da Copa do Mundo, Celina Leão (PSD) citou os
gastos com a construção do estádio Mané Garrincha – maiores que a previsão
original –, a compra de entradas para autoridades assistirem à abertura da Copa
das Confederações e o alto valor dos ingressos como indícios de irregularidades.
O deputado Cláudio Abrantes
(PT) também destacou a participação expressiva da população nas manifestações
por uma vida mais digna para os brasileiros. Para ele, a quantidade de
manifestantes, indica um distanciamento da classe política da população. O
distrital defendeu que os políticos ouçam os recados das ruas e mudem o seu
comportamento.
Fiscalização – O presidente da Comissão de Fiscalização,
Governança, Transparência e Controle da CLDF, Joe Valle (PSB), anunciou que a
Terracap vai ressarcir ao erário os gastos com a aquisição de ingressos e
camarotes para o jogo de abertura da Copa das Confederações, um valor que ultrapassa
R$ 2,8 milhões.
Por
Jean Marcio Soares
Guardian Notícias
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