Mais
uma vez estará sob a batuta do Supremo Tribunal Federal (STF) uma decisão que
poderá afetar profundamente as eleições no Brasil. A Corte vai definir se são
legais as doações de empresas para as campanhas políticas. Relatada pelo
ministro Luiz Fux, a Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) 4.650,
proposta pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), será
julgada na quarta-feira. Se o STF entender ser inconstitucional o financiamento
de pessoas jurídicas, partidos e candidatos perderão sua maior fonte de
recursos.
O
argumento da OAB é que eleições e poder econômico constituem “uma mistura
tóxica”, sendo “nefasta” para a democracia a dependência do processo eleitoral
aos recursos das grandes empresas. Atualmente, cerca de 75% do financiamento
das campanhas advêm de companhias privadas, segundo estima Adriano Denardi,
especialista no tema e diretor-geral do Tribunal Regional Eleitoral de Minas
Gerais (TRE-MG). O restante das contribuições vem de pessoas físicas.
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Tanto
na eleições municipais quanto nas gerais, os gastos de campanha são
considerados altos. No ano passado, só no primeiro turno, os cerca de 500 mil
candidatos a prefeitos e vereadores, os comitês eleitorais e os partidos
políticos informaram à Justiça Eleitoral ter arrecadado, em todo o país, mais
de R$ 3,5 bilhões. Em 2010, 22.538 candidatos no Brasil informaram à Justiça
Eleitoral terem arrematado R$ 3,3 bilhões em valores nominais. Corrigido pelo
IGP-M, esse dinheiro representa hoje R$ 4 bilhões.
Fonte:
Correio Web.
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