segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Explosão na quadra 409 Norte deixa 30 moradores desabrigados

O incidente ocorreu no início da manhã em um restaurante no Bloco C; o estabelecimento e fachadas de lojas próximas ficaram completamente destruídos. Quitinetes na sobreloja também foram afetadas. A Defesa Civil interditou o prédio
Bombeiros inspecionaram o Bloco C da quadra comercial 409 Norte: com a possibilidade de queda de gesso e reboco, o edifício precisou ser interditado por tempo indeterminado
A cena voltou a se repetir. Vazamento de gás, explosão e pessoas machucadas. Novamente, os ferimentos foram leves. Por sorte. A falta de uma legislação que regulamente a fiscalização de instalações de gás liquefeito de petróleo (GLP) coloca em risco toda a população do Distrito Federal (leia Saiba mais). Desta vez, o deslocamento de ar foi tão forte que danificou o edifício, destruiu quitinetes na sobreloja, quebrou várias vidraças nos arredores, deixou pelo menos 30 moradores desalojados e três feridos. O incidente aconteceu na comercial da 409 Norte, no Bloco C, por volta das 7h de ontem. Prédios comerciais vizinhos também tiveram a fachada parcialmente derrubada e portas de lojas arrancadas. O trânsito na quadra ficou bloqueado durante toda a manhã. A Defesa Civil interditou o edifício até que sejam feitos os reparos.

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Os irmãos André Silveira, 29 anos, e Rafael Rodrigues, 31, moram no apartamento em cima do restaurante. Com a explosão, o forro de gesso da unidade desabou. Eles foram atingidos na cabeça e levados para o Hospital de Base. André cortou a sobrancelha e teve que levar três pontos. O irmão machucou a orelha. “Vimos um clarão e ouvimos a explosão. Meu irmão acordou assustado, gritando. Saímos correndo. A porta da nossa geladeira foi arrancada, e o vaso sanitário foi arremessado contra o teto e se espatifou. A primeira coisa que achei era que o mundo estava acabando. Só pensamos em preservar nossas vidas. Nos  esquecemos completamente dos bens materiais”, relatou André.

Problemas com vazamento de gás liquefeito de petróleo têm sido recorrentes no DF. Para se ter uma ideia, em 9 de outubro, a tubulação de gás de dois restaurantes da 403 Sul explodiu por volta das 11h, lançando uma tampa de bueiro para cima e abrindo um rombo nos fundos de um estabelecimento comercial. Em 7 de agosto, uma instalação residencial irregular também provocou uma detonação, desta vez ferindo três pessoas; e, em 9 de maio, um vazamento de gás provocou a interdição da residencial da 214 Norte, em frente ao Parque Olhos D’Água. São apenas três de vários casos recentes. (leia Memória).


No episódio de ontem, informações preliminares do Corpo de Bombeiros indicam que o estrago aconteceu após um vazamento de gás no Frejo Restaurante e Cervejaria, no térreo da prédio comercial. Responsável pelo socorro dos bombeiros, o tenente coronel Flávio Moraes classificou o incidente como moderado e disse que, se o ponto da explosão fosse mais próximo de uma das quinas do prédio, a construção poderia ter ido abaixo. “A detonação provocou uma onda de choque que danificou as estruturas do prédio”, afirmou.

Fonte: Correio Web.

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