A cena voltou a se repetir. Vazamento de gás,
explosão e pessoas machucadas. Novamente, os ferimentos foram leves. Por sorte.
A falta de uma legislação que regulamente a fiscalização de instalações de gás
liquefeito de petróleo (GLP) coloca em risco toda a população do Distrito
Federal (leia Saiba mais). Desta vez, o deslocamento de ar foi tão forte que
danificou o edifício, destruiu quitinetes na sobreloja, quebrou várias vidraças
nos arredores, deixou pelo menos 30 moradores desalojados e três feridos. O incidente
aconteceu na comercial da 409 Norte, no Bloco C, por volta das 7h de ontem.
Prédios comerciais vizinhos também tiveram a fachada parcialmente derrubada e
portas de lojas arrancadas. O trânsito na quadra ficou bloqueado durante toda a
manhã. A Defesa Civil interditou o edifício até que sejam feitos os reparos.
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Os irmãos André Silveira, 29 anos, e Rafael
Rodrigues, 31, moram no apartamento em cima do restaurante. Com a explosão, o
forro de gesso da unidade desabou. Eles foram atingidos na cabeça e levados
para o Hospital de Base. André cortou a sobrancelha e teve que levar três
pontos. O irmão machucou a orelha. “Vimos um clarão e ouvimos a explosão. Meu
irmão acordou assustado, gritando. Saímos correndo. A porta da nossa geladeira
foi arrancada, e o vaso sanitário foi arremessado contra o teto e se espatifou.
A primeira coisa que achei era que o mundo estava acabando. Só pensamos em
preservar nossas vidas. Nos esquecemos
completamente dos bens materiais”, relatou André.
Problemas com vazamento de gás liquefeito de
petróleo têm sido recorrentes no DF. Para se ter uma ideia, em 9 de outubro, a
tubulação de gás de dois restaurantes da 403 Sul explodiu por volta das 11h,
lançando uma tampa de bueiro para cima e abrindo um rombo nos fundos de um
estabelecimento comercial. Em 7 de agosto, uma instalação residencial irregular
também provocou uma detonação, desta vez ferindo três pessoas; e, em 9 de maio,
um vazamento de gás provocou a interdição da residencial da 214 Norte, em
frente ao Parque Olhos D’Água. São apenas três de vários casos recentes. (leia
Memória).
No episódio de ontem, informações
preliminares do Corpo de Bombeiros indicam que o estrago aconteceu após um
vazamento de gás no Frejo Restaurante e Cervejaria, no térreo da prédio
comercial. Responsável pelo socorro dos bombeiros, o tenente coronel Flávio
Moraes classificou o incidente como moderado e disse que, se o ponto da
explosão fosse mais próximo de uma das quinas do prédio, a construção poderia
ter ido abaixo. “A detonação provocou uma onda de choque que danificou as
estruturas do prédio”, afirmou.
Fonte: Correio Web.
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