Guardian Notícias
Há muito se questiona o sistema eleitoral
brasileiro, sobretudo no que tange às eleições proporcionais, ou seja, as
eleições para deputados federais, deputados estaduais e distritais, no caso no
DF, e para vereadores de capitais e demais municípios. A regra desse jogo
esconde uma verdadeira ciência onde nem sempre o candidato mais votado vence a
eleição e assume a condição de parlamentar. O simples desejo popular
manifestado pelo voto não é suficiente para determinar o êxito de qualquer
candidatura. Quociente eleitoral, nominatas, coligações, sobras e contas,
muitas contas, são o que poucos conhecem e manejam com maestria.
Esses mestres dos bastidores da política elegem
verdadeiras bancadas e neste período que antecede o prazo limite de filiação
partidária com vistas às eleições vindouras, chegam a ser disputados a peso de
ouro pelos mais diversos partidos, e de todos os tamanhos, para construírem as
famosas nominatas proporcionais, que nada mais são do que o elenco de
candidatos que disputarão os cargos de deputados.
No Distrito Federal poucos são os “mestres
nominateiros” capazes de equalizar tão bem a dinâmica do processo
pré-eleitoral, quanto o empresário Eduardo Pedrosa. Envolvido em política desde
muito cedo, Pedrosa parece conhecer milimetricamente o potencial eleitoral de
cada pretenso potencial candidato aos cargos eletivos no DF. O empresário não
tem pressa na conversa e com isso tem conseguido intermediar acordos e uniões
políticas consideradas muitas vezes impossíveis.
A história do sucesso de Pedrosa nas eleições
do DF começa em 2002, época em que presidia o então Partido Liberal. Naquela
ocasião, o partido que não tinha nenhum representante na Câmara Distrital
elegeu dois deputados, sendo a legenda segunda colocada em número de votos. Já
na eleição seguinte, 2006, a sua missão foi à frente do então PFL – Partido da
Frente Liberal, onde levou o partido a eleger 3 representantes na Casa. Em
2010, Pedrosa seguiu na organização da nominata de um fragilizado DEM, e que
ainda assim fez não só dois deputados distritais com conseguiu a 2ª. colocação
geral de votos da eleição.
A reportagem do portal Guardian Notícias fez
algumas perguntas a Eduardo Pedrosa. Vale a pena conferir:
GN – O senhor se considera um
“Mestre Nominateiro”, assim como dissemos na matéria?
E.P – Essa história de “Mestre”
não existe. O que existe é reunir gente que conhece os problemas do DF e que
saibam colocar a vaidade de lado em favor de um projeto maior.
G.N – O Senhor só faz política
de 04 em 04 anos?
E.P – Engana-se quem pensa e
fala isso. Deixei de lado grande parte da minha vida empresarial, para pensar e
fazer a política do diálogo e principalmente da fiscalização cidadã de um
governo que trata muito mal o seu povo.
G.N – O senhor já iniciou a
montagem de uma nominata para disputar as eleições de 2014?
E.P – Estamos conversando
diariamente com muita gente boa, bem intencionada e indignada com tudo que está
acontecendo no DF. É gente que não tem cargo público, não tem mandato,
mas tem o mais importante que é o espírito público elevadíssimo.
G.N – Qual a sua expectativa
eleitoral desse grupo?
E.P – Vamos montar uma nominata
para bater o PT e sermos os campeões de votos, elegendo três ou quatro
distritais novatos.
Fonte: Estação da Notícia
Nenhum comentário:
Postar um comentário