segunda-feira, 13 de maio de 2013

Deputada distrital fala sobre candidatura ao Buriti


A Sra. foi a parlamentar que mais apresentou projetos nesta legislatura. Como vê, hoje, essa missão de legislar na CLDF? É uma das legislaturas menos produtivas?
Essa legislatura pra mim é atípica em relação às anteriores das quais tive oportunidade de participar. Não há empenho dos pares para votar projetos de parlamentares. Quando nós nos reunimos é praticamente para votar projetos de interesse do Executivo. Eu penso que quando você propõe um projeto é porque você acredita nele, pensa que ele vai trazer um benefício para a sociedade. É igual quando se espera um bebê, fica-se doido para que ele nasça. Então é isso, é uma situação que ainda não compreendi nesta legislatura. Estamos sempre aprendendo, espero que consiga ver um desfecho nesta falta de produção e que tenha uma resposta a esses porquês até 2014. 
Seu papel na oposição, seu empenho em apresentar projetos e em visitar constantemente as R.A.’s vem lhe credenciando como uma alternativa ao governo. Esse projeto é pra valer?
Eu desde o meio do ano passado coloquei meu nome à disposição do PSD para disputar um cargo majoritário. Disputar esses cargos não é apenas uma vontade pessoal, tem que ter primeiro esse desejo do partido, ele tem que comprar essa ideia. Depois de bater o martelo pelo seu nome, é preciso buscar outros parceiros, em outros partidos, construindo alianças sólidas. Obviamente que ninguém vai partir para uma aventura num momento impróprio. De qualquer forma meu nome está à disposição. 
O PSD já sinalizou que pretende ter candidatura própria ao GDF. Seu nome e o da deputada Liliane Roriz são os mais fortes para encarar essa batalha. Como fica essa disputa interna, com uma concorrente que carrega o nome que tem? Isso muda alguma coisa?
Acho que isso é altamente positivo. Tivemos um exemplo recente, no governo passado, uma disputa grandiosa entre Arruda e Paulo Octávio. O Paulo tinha um cargo no Senado e já tinha um nome tradicional e bem consolidado na cidade, tornando uma disputa interna no DEM muito difícil. Acontece que essa disputa fortaleceu o partido e, durante o período de duração do governo, foi um governo de muita atividade e de reconhecimento popular em todas as cidades. Isso foi possível graças a soma das experiências de ambos que fortaleceram a gestão.

Não vejo que hoje temos espaço para uma chapa “puro sangue”, uma disputa em alto nível dentro do próprio partido vai cacifando a pessoa para que ela saia preparada para o desafio. Assim, ela vai se preparando e construindo argumentos desde cedo para conquistar a eleição e estar pronta para o embate. Essa disputa só engrandece o partido. Quando não se é a pessoa escolhida, certamente você terá experiência para ajudar a alavancar a candidatura partidária.

Ninguém é candidato de si mesmo, é preciso ter alianças internas e externas. A pior coisa é você ser abatido dentro de casa. O processo é legítimo e termina potencializando o candidato. Obama e Hillary Clinton também são provas disto.


Fonte: ONs e OFFs/Jornal Alô/Tiago Monteiro Tavares

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