segunda-feira, 20 de maio de 2013

O Desabafo de um cidadão, com a saúde publica do DF.




No dia 06 de março de 1996 foi a data em que eu me mudei para Brasília, e como muitos vim à capital a procura de saúde. Exatamente 17 anos depois se alguém me falar que alguma coisa da saúde mudou chamarei de mentiroso.
 Na noite deste último sábado dia 18/05 tive infelizmente o desprazer de precisar utilizar o serviço público de saúde do DF.

 Para o amigo leitor entender melhor a nossa expressão. Há três dias meu irmão, Paulo Santana Guedes vêm sofrendo com uma alergia crônica na virilia, que ocasionou um "tumor de puz" causando-lhe muitas dores ao ponto de não poder andar normalmente.

 Primeiro, fomos procurar o a unidade de saúde que se encontra dentro do Centro Olímpico da cidade Estrutural onde a médica deu-lhe o encaminhamento para o hospital do Guará, chegando lá foi tratado como um verdadeiro "porco" tendo de esperar por mais de três horas. Onde ele passou pela triagem (Procedimento corriqueiro dos hospitais do DF), e foi solicitado que aguardasse até o atendimento médico.
 Porém, no ato do atendimento foi informado que não seria possível ser atendido naquele hospital(HRG), sendo o mesmo encaminhado para o hospital Dias -Asa Sul.

 No dia seguinte logo cedo, seria o primeiro a ser atendido, porém lhe informaram que a médica responsável pelo diagnóstico não foi trabalhar naquele dia. Obrigando assim, o paciente Paulo a ter que procurar outras alternativas, tendo em vista que sentia muitas dores e o local estava bastante inflamado.

 No mesmo dia durante a tarde, ele se deslocou a procura de clínicas particulares em Ceilândia, o que para a sua surpresa, nas duas clínicas visitadas não havia atendimento para o problema específico naquele dia. A partir daí, já com uma atitude quase de desespero, solicitando informações de quem pudesse indicar algum local que lhe atendesse foi informado sobre o Hospital São Francisco, tambem em Ceilândia.
 Chegando lá até que não foi demorado o atendimento, até porque foi pago. Após a análise, o médico receitou alguns remédios para desenflamare alivias as dores. Convicto de que a solução estava próxima, Paulo Santana Guedes, se viu aliviado, pois comprou os remédios, tomou-os, e aguardou o resultado que para sua triste surpresa não foi positivo. Pois acordou pela manhã sentindo as mesmas dores e a mesma infecção. Infelizmente meu dinheiro foi jogado "fora".

 Como relatado no início da matéria, no sábado sem resistir as dores, tive de procurar o sistema de porcaria da saúde pública de Brasília, onde vi o despreparo dos funcionários do HRAN. Com suas grosserias e descaso com a população do DF, toda a culpa está na gestão pública que não se preocupou com a saúde no Brasil. 

 Irei fazer uma revelação que nenhum homem nunca teve coragem de revelar.    
 "Enquanto houver grandes empresários donos de clínicas patrocionando campanhas políticas, eles nunca irão investir na saúde pública para beneficiar as clínicas. Eis o motivo do porque a maioria dos médicos fazem plantão nos hospitais públicos e nasclínicas privadas".  
 A consequencia disto é a população ficar horas e horas nas filas dos hospitais a espera de atendimento nesta situação caótica e vergonhosa para o nosso país.
  
Ainda sobre o paciente Paulo, o mesmo foi atendido após 5 horas de espera no HRAN, tendo tomado antibióticos e feito todos os exames solicitados pela médica que o atendeu, o mesmo retornará nesta segunda-feira 20/05 para o diagnóstico final. Mais já se encontra bem melhor. 
Por: Ana Jara Macêdo
Fonte: A política e o Poder.

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