Nesta quarta (03) o presidente do Sintrap/Luz, Luiz Melo, procurou
o Ministério Público em busca de uma solução para o não reajuste da data-base
dos servidores públicos municipais de Luziânia. Na última reunião com o
sindicato o prefeito Cristóvão Tormin apresentou relatórios que demonstram a
impossibilidade do reajuste. A folha de pagamento de abril fechou em mais de R$
13 milhões. Total que excede o limite prudencial da Lei de Responsabilidade
Fiscal.
O promotor, Dr. Julimar, se comprometeu a analisar os relatórios
apresentados pela prefeitura e caso sejam verdadeiros, abrirá um inquérito
Civil Público por improbidade administrativa. Julimar afirmou que o altíssimo
gasto com a folha de pagamento não é justificável uma vez que não houve
convocação de novos servidores através de concurso público.
Cristóvão Tormin aposta na vinda de novas empresas para o
município para resolver o problema, mas observando rapidamente o que vem
acontecendo a nossa volta é facilmente percebível que esse não é o caminho.
Marconi Perillo deu o exemplo. Cortou secretarias e extinguiu 16 mil cargos
comissionados e contratos temporários. Uma economia de mais de R$ 300 milhões
aos cofres do estado. Paulo Garcia, prefeito de Goiânia, seguiu o exemplo.
Extinguiu 11 secretarias, cortou cargos comissionados e a previsão é uma
economia de R$ 72 milhões. Até o prefeito de Santo António do Descoberto,
aquele que passou no Fantástico no último domingo, fez a sua parte. Reduziu em
mais de 60% o seu salário e assim estabeleceu um teto máximo para o
funcionalismo municipal de R$ 8.017,00. Antes era de R$ 20 mil.
Saci Pererê, Papai Noel e coelhinho da pascoa não existem. Só há
um caminho para Cristóvão: uma reforma administrativa séria e responsável, com
diminuição de secretarias, corte de cargos comissionados e redução dos
altíssimos salários de alguns privilegiados. Somente isso pode salvar as
finanças públicas da prefeitura e assegurar o pão na mesa dos servidores do
município. Segundo a secretaria de finanças municipal o corte deve ser de mais
ou menos 14%. Uma economia de quase R$ 2 milhões. Isso para que a prefeitura
atinja o limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal.
Resta saber se Cristóvão vai continuar esperando que a previsão da
vinda de novas empresas para o município aumentará a arrecadação e resolverá o
problema como em um passe de mágica, ou vai fazer o que deve ser feito. A velha
máxima de “poucos com tanto e tantos com tão pouco” não pode continuar. Nem a
Lei de Responsabilidade Fiscal pode ser o carrasco dos servidores públicos
municipais.
Dizem que Cristóvão é bem intencionado, que o desejo dele é dar o
maior reajuste aos servidores do município. O problema é que de boas intenções
o inferno está cheio. É preciso ação.
Fonte :luziania na rede
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