domingo, 3 de março de 2013

EX-DIRIGENTES DA FAP ESTÃO FORAGIDOS

Em agosto de 2012, a polícia deflagrou a Operação Firewall, que investigou desvio de recursos públicos

A Polícia Civil do DF está à procura do grão-mestre da Maçonaria no DF, Jafé Torres, e de outros dois ex-dirigentes da Fundação Gonçalves Ledo acusados de desvios de recursos do Programa DF Digital.
Eles são considerados foragidos da Justiça, já que o Tribunal de Justiça decretou a prisão preventiva dos três. A medida inclui Jafé, Stuart do Rego Barros Carício e Reginaldo Silva Pereira Filho. A decisão foi tomada por unanimidade pela 3ª Turma Criminal do Tribunal de Justiça do DF e Territórios, sob a relatoria do desembargador Humberto Ulhôa.
A Polícia Federal já foi comunicada de que os três estão foragidos, para evitar fuga pelas fronteiras. Além de suspeitos de desvios de recursos públicos, o trio foi denunciado pelo crime de “denunciação caluniosa”, uma vez que, segundo o Ministério Público do DF e a Polícia Civil, eles tentaram envolver uma das testemunhas numa trama criminosa na tentativa de desacreditá-la. …
Para a Polícia Civil, essa tentativa representa uma forma de obstruir a investigação e o trabalho da Justiça, uma das causas previstas em lei para determinar a prisão preventiva. Os advogados dos acusados acompanharam a sessão da 3º Turma Criminal na tarde de quinta-feira. O pedido tramita desde antes do Carnaval. O relator havia concordado com a medida preventiva, mas a desembargadora Nilsoni de Freitas Custódio pediu vista. O julgamento foi concluído na sessão desta semana.
Reincidentes

Em agosto de 2012, a Justiça decretou a prisão temporária de Jafé, de Stuart, de Reginaldo e de outros suspeitos de envolvimento nos desvios, durante a Operação Firewall, da Divisão de Combate ao Crime Organizado (Deco), da Polícia Civil do DF. Jafé Torres também fugiu na ocasião. Depois, teve o pedido de detenção revogado pelo Tribunal de Justiça.

A Deco e o Ministério Público investigam contrato sem licitação firmado em 2009 entre a Gonçalves Ledo e a Fundação de Amparo à Pesquisa (FAP), do GDF. A apuração mostrou que o Programa DF Digital funcionava precariamente, com cifras altíssimas. O contrato era de R$ 135 milhões para cinco anos.

Fonte: Correio Braziliense

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