Por: Hélio Porto Júnior
O
mecanismo que prevê maior participação da população na elaboração de políticas
públicas, as Conferências ocorreram em grande número a partir da chegada do PT
à cadeira do executivo municipal.
Divididos
por segmentos (em defesa das Mulheres, segurança pública, Saúde,
sustentabilidade, meio ambiente, Cultura etc.) e convocados pelo Poder
Executivo, esses eventos foram pensados como espaços de debate e formulação,
propondo diretrizes para orientar o governo local em todos os níveis.
O
universo das especulações surgiram quando foi observado os resultados destas
conferências na prática, então vejamos; a atual gestão municipal foi desde a
emancipação do município de Valparaíso, a administração que mais realizou
conferências, simpósios e audiências públicas.
Se
os resultados destes encontros fossem favoráveis na discussão de ideias, na
representação da pluralidade da sociedade e melhorias na condução do município
e por fim o fortalecimento da democracia mais participativa. Como entender que
fazem parte do corpo participativo destas discussões, seja qual for o tema
abordado, quase sempre os mesmos funcionários públicos efetivos e
comissionados?
Para
quem já teve a oportunidade de participar de mais de um destes encontros pôde
observar claramente que há uma grande encenação da administração pública
municipal com a tentativa de buscar credibilidade junto a sociedade, fato
consumado pelas imagens dos próprios debates onde se constata os mesmos rostos
na plateia interessada pelas discussões em curso.
Distante
da participação popular que mal tem conhecimento destas discussões, por falta
de comunicação previa destes encontros, a sociedade como um todo ainda não
conseguiu sentir os reflexos destes
encontros.
No
dia a dia o povo valparaisense já
conseguiu compreender que este"jogo de cena" não esta trazendo
resultados positivos e ainda sente na pele a falta de um transporte público de
qualidade, de politicas publicas de
segurança, os efeitos nocivos da iluminação publica precária, da pavimentação e
urbanização inexistentes, dentre tantas outras ausências do poder público
municipal e que mesmo diante de tantas discussões acerca dos assuntos pautados,
realizados e "amplamente discutidas", não consegue trazer na pratica
as melhorias tão sonhadas.
Realizar
e mobilizar conferências requer organização e planejamento e a gestão Lucimar
já deixou evidente que esta pratica não é comum desde o inicio de sua gestão.
Utilizar mecanismos de mobilização popular sem levar a sério suas
reivindicações é, na verdade, um mecanismo "desmobilizador", que
freia os enfrentamentos progressistas e favorece o conservadorismo.
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