Os trabalhadores alegam perdas por conta da inflação registrada desde o ano passado e pedem a renegociação da data base, de maio de 2013
Publicação: 02/06/2014 06:00 Atualização:
A exemplo do que ocorreu em outras capitais, São Luís, São
Paulo e Rio de Janeiro, os rodoviários do Distrito Federal ameaçam cruzar os
braços na manhã da próxima sexta-feira, a menos de uma semana para a abertura
da Copa do Mundo. Desde ontem, a categoria está em indicativo de greve pelo
reajuste salarial de 20% pleiteado nas concessionárias do transporte público
urbano. Segundo contagem do Sindicato dos Rodoviários, cerca de 4 mil
trabalhadores se reuniram ontem, às 9h, no estacionamento do Conic, para deliberarem
sobre a ameaça de greve. Caso não sejam recebidos para negociações pelos
patrões, eles poderão parar por tempo indeterminado. Os rodoviários discutirão
essa possibilidade em nova reunião, no domingo.
Os trabalhadores alegam perdas por conta da inflação
registrada desde o ano passado e pedem a renegociação da data base, de maio de
2013. No total, cerca de 11 mil profissionais atuam no sistema rodoviário do
DF. Atualmente, cinco empresas operam o transporte público da capital. Durante
a troca das antigas 13 concessionárias, muitos motoristas e cobradores foram
demitidos sem receber os valores das rescisões contratuais, o que causou
dificuldades para o governo em cumprir a promessa de manter o emprego deles nas
novas companhias. A saída foi a aprovação de uma lei que permitiu ao governo
quitar parte dessas rescisões com recursos próprios para, assim, possibilitar a
imediata contratação desses trabalhadores e a posterior cobrança às empresas.
Quem não teve acesso à rescisão deverá receber a primeira parcela do benefício
este mês e a segunda, em setembro.
Segundo o assessor de imprensa do Sindicato dos Rodoviários,
João Jesus de Oliveira, um acordo chegou a ser construído com o governo. Do
pedido inicial de reajuste de 32%, acumulado desde 2013, os rodoviários
concordaram em reivindicar 20%. “O GDF está ajudando nas negociações e tem se
mobilizado para convencer as empresas, no entanto, elas não se manifestaram até
agora. Desde o mês passado, realizamos mais de 10 reuniões para deliberar sobre
o assunto e não notamos nenhuma força de vontade dos patrões em nos atender”,
diz. Caso a greve seja deflagrada, ficarão comprometidas apenas as linhas que
operam no Distrito Federal.
Fonte: Correio Web.
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