De acordo com o documento divulgado hoje, Rômulo Nascimento planejou o roubo na casa dos irmãos assassinados
Publicação: 19/05/2014 11:40 Atualização: 19/05/2014 12:54
Peritos da polícia investigam um dos cômodos da casa onde ocorreu o crime |
Uma
semana após o assassinato de dois irmãos em um incêndio criminoso em Ceilândia,
na noite da última segunda-feira (12/5), a Polícia Civil concluiu as
investigações sobre o caso. De acordo com o inquérito, divulgado nesta
segunda-feira (19/5), o suspeito do crime, Rômulo Nascimento, de 21 anos, será
indiciado por duplo latrocínio. O titular da 15ª Delegacia de Polícia Johnson
Kenedy disse que Rômulo confessou o crime em depoimento. Se condenado, ele pode
pegar até 30 anos de prisão.
A
conclusão do inquérito policial também confirmou que o irmão mais velho das
vítimas, Marcos Paulo Silva Santos, tinha uma dívida com Rômulo. Contudo, essa
não foi a motivação do crime. Segundo a polícia, o suspeito já vinha observando
e planejava assaltar a casa da família de Marcos. Ele pretendia roubar uma
quantia em dinheiro que o pai das crianças assassinadas guardava em casa, além
de objetos como TV, notebook e tablet. Segundo as investigações, Rômulo não
planejou matar os dois irmãos.
Segundo
o inquérito policial, no dia do crime, Rômulo foi à casa do amigo, onde estavam
apenas os irmãos mais novos: Driele da Silva Santos e João Guilherme da Silva.
Ele deu, então, dinheiro para o menino ir comprar figurinhas na banca para
ficar sozinho com Driele. De acordo com o delegado Johnson Kenedy, na cabeça de
Rômulo seria mais fácil enganar apenas a menina, mesmo ela sendo mais velha.
Contudo, o assalto não ocorreu conforme planejado: a menina não ficou quieta,
começou a gritar e Rômulo chegou a jogar um filtro de água contra ela; João
voltou muito rápido e também começou a gritar por socorro, ao perceber o que
estava ocorrendo.
Ao
ver que a situação tinha fugido do controle, Rômulo trancou Driele e João no
quarto e ateou fogo na casa. Ao sair da cena do crime, ele mandou três mensagens
para Marcos, pedindo para ele guardar a carteira que havia deixado na
residência na última vez que foi visitar o amigo.
Até
esse momento, ninguém sabia o que Rômulo tinha feito. De acordo com o delegado,
as mensagens foram mandadas para disfarçar e também para saber se os irmãos de
Marcos tinham morrido.
Fonte: Correio Web.
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