
“A história foi passada
de boca em boca e assim chegou até mim. Um amigo me disse que o Francisco
conseguia o emprego, na verdade, vendia a vaga. E eu paguei por uma”, explica
William. A metade do valor, R$2.500, era entregue a Francisco Erlando no ato da
conversa. A outra metade seria paga após 30 dias de trabalho.
José William, juntamente
com outras pessoas lesadas pelo suposto golpista, registrou ocorrência na 15ª
DP da Ceilândia na tarde de hoje. “Só aqui são 15 pessoas lesadas, mas ele
enganou muito mais gente. Ele ganhou muito dinheiro com este golpe, pra mais de R$500 mil”,
reclama José William. Ele explica que foi levado por um amigo até a casa do
farsante, que morava em uma casa na Ceilândia Leste. Foi recebido pelo próprio
Francisco, que o atendeu e garantiu a vaga de emprego. “Como era funcionário da
Secretaria de Trabalho, eu acreditei, comprei a vaga e paguei a primeira
parcela”, lamenta William.
Tão logo teve acesso ao post na
sua página no facebook, o deputado Chico Vigilante falou com José William pelo
telefone para saber os detalhes da denúncia. Depois de ouvir o relato do rapaz
e o orientar, Chico ligou imediatamente para o diretor da Polícia Civil do DF, Jorge
Luiz Xavier. “Isso é estelionato, falsidade ideológica e pode ter muito
mais gente envolvida no esquema. Pode ser a ação de uma quadrilha. É caso de
cadeia”, disse o deputado.
“Eu tenho certeza que a
Polícia Civil investigará devidamente e, se comprovado, o que parece claro, não
medirá esforços para colocar esse vagabundo, bandido, na cadeia”, esbraveja o
parlamentar. Chico também argumenta que casos como este deve servir de alerta
para que outras pessoas não caím nesse tipo de golpe. “Isso não existe. Empresa
nenhuma contrata vigilante desta forma e se alguma o fizer deve ser denunciada
na hora”, afirma.
Segundo informações da
Assessoria de Comunicação da SETRAB, Francisco pediu exoneração na última
quinta-feira (25). O ato foi publicado dois dias depois, coincidindo com as
primeiras denúncias do suposto golpe. Ainda de acordo com informações da Ascom
da SETRAB, foi feito um levantamento preliminar e, de fato, foi apontado que o
servidor oferecia vagas de vigilante e também de serviços gerais.
Se for comprovada a
fraude, o servidor vendia um falso serviço duas vezes já que a Secretaria de
Trabalho não faz contrato na área de vigilância, apenas a Secretaria de
Planejamento tem competência para isso.
Um processo administrativo
disciplinar foi aberto na Secretaria de Trabalho para que o servidor possa se
defender caso tenha havido algum mal entendido. Contudo, se comprovado o golpe,
o que tudo indica, o ato de exoneração é desfeito e Francisco será exonerado.
Desta forma, perderá os direitos políticos por oito anos. Ou seja, não poderá
tomar posse em concurso público nem se candidatar a cargo eletivo algum.
O caso foi encaminhado pelo secretario de Trabalho, Bispo Renato
Rodrigues, à Polícia Civil.]
Fonte Estação da Notícia
Nenhum comentário:
Postar um comentário