Diante dos holofotes, os parlamentares se revoltaram com o vazamento de áudios de uma reunião entre eles e o chefe do Executivo no Buriti

Esta é a avaliação do próprio governador. ...
Diante dos holofotes, os parlamentares se revoltaram com o vazamento de áudios de uma reunião entre eles e o chefe do Executivo no Buriti. Na conversa, os distritais pedem, abertamente, cargos e espaço na máquina pública. Indignados, os políticos engatilharam a abertura de uma investigação pela Câmara Legislativa. O governador pondera: “Acho que não tem motivo nenhum para ter uma CPI. Acho que isso não vai prosperar”.
Desde o primeiro momento da divulgação dos áudios pela internet, o governo se posicionou ao lado dos deputados e defendeu que a conversa na reunião foi normal e dentro da legalidade. O GDF abriu uma investigação na Polícia Civil, acionando o próprio diretor-geral, Eric Seba. Além disso, levantou o discurso de que as gravações foram editadas, justamente para minar as relações entre Executivo e Legislativo.
“Entendo que essa não é uma agenda da cidade. A cidade quer uma agenda do desenvolvimento, quer uma agenda da melhoria da qualidade dos serviços públicos. É nessa agenda que nós estamos interessados”, afirmou.
Ato simbólico
Pelos bastidores, comenta-se que a coleta de assinaturas foi feita como um ato simbólico. Muitos parlamentares estão receosos quanto à abertura de uma CPI. Afinal, eles próprios também seriam alvo de apuração.
Reaproximação
Mesmo diante do redemoinho político do vazamento das gravações, o Buriti planeja continuar com o projeto de reconstrução das pontes políticas. Nos primeiros seis meses de poder, o governo adotou uma postura extremamente fechada, tendo todas as decisões centralizadas. Postura que gerou desgaste não apenas com a Câmara, mas com os partidos aliados.
A reabertura começou com a renovação do diálogo com o PDT em consecutivas reuniões desde a semana passada. O governador até chamou o partido para o Conselho Político.
“Nosso objetivo é fazer na semana que vem fazer uma reunião mais ampla, procurando fazer uma prestação de contas dos nossos primeiros seis meses de governo”, revelou.
O governo estuda chamar para a conversa os partidos aliados e o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social. Na reunião, o Buriti promete, mais uma vez, mostrar com clareza quais serão as prioridades para os próximos meses.
Saiba mais
Nas gravações, os deputados falam que o governo precisa redistribuir as “fatias do bolo” para atender à todos os aliados de forma igualitária.
Os parlamentares declaram que o governo não tem um “secretário deputado” e que a classe política não estaria dentro do governo.
Rollemberg garantiu que o governo não tem “preocupação nenhuma” com o conteúdo das conversas que se tem no Buriti.
Fonte: Da redação do Jornal de Brasília
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