O vice-governador do Distrito Federal, Tadeu Filippelli (PMDB),  informou nesta segunda-feira (16), por meio de nota, que pediu a seus  advogados que busquem esclarecimentos junto ao governo do DF sobre o  suposto acesso a dados pessoais dele por parte de policiais militares.  As informações são do G1.
De acordo com reportagem da revista “Veja” deste final de semana, os  dados de Filippelli teriam sido obtidos por um “núcleo de inteligência  do gabinete do governador do Distrito Federal”. O governo do Distrito  Federal nega a espionagem.
De acordo com a revista, dois policiais militares lotados na Casa  Militar do Palácio do Buriti fariam parte de um setor de inteligência do  governo do DF e teriam utilizados computadores instalados na sede do  governo para verificar dados do Infoseg – sistema de responsabilidade do  Ministério da Justiça que reúne informações sobre todos os brasileiros,  desde número de documentos pessoais até endereços e pendências  judiciais.
“Caso algo desse nível tenha de fato acontecido, considero  lamentável. Entretanto, tenho a obrigação institucional de não acreditar  em algo assim, até prova em contrário”, afirmou o vice-governador em  nota.
O porta-voz do GDF, Ugo Braga, negou que qualquer investigação  envolvendo o nome do vice-governador tenha sido realizada pela Casa  Militar. “Essa acusação não tem absolutamente nenhum contato com a  realidade.”
Rede
De acordo com a reportagem, além do vice-governador do DF, teriam  sido espionados o deputado Fernando Francischini (PSDB-PR), jornalistas,  aliados e adversários políticos. O porta-voz do GDF negou que exista  uma rede de espionagem no governo.
Ele confirmou que apenas dados do deputado Francisco Francischini  (PSDB-PR) e do jornalista Edson Sombra – ligado ao ex-secretário do GDF  Durval Barbosa, delator do mensalão do DEM – foram acessados. “Isso  porque ambos, em algum momento, fizeram ameaças ao governador ou a seus  familiares”, disse Braga.
Uma auditoria interna do Ministério da Justiça confirmou que os dois  policiais acessaram a dados pessoais de Francischini. Segundo a  auditoria, a pesquisa foi feita um dia depois de o deputado protocolar  pedido de prisão do governador Agnelo Queiroz na Procuradoria Geral da  República por suspeita de lavagem de dinheiro.
O deputado chegou a postar uma mensagem em redes sociais convocando a  população a ir a um restaurante da família do governador Agnelo para  protestar contra as denúncias.
O chefe da Casa Militar do GDF, coronel Rogério Leão, disse que a  mensagem de Francischini teria colocado em risco a segurança da família  do governador e, por isso, os policiais buscaram informações sobre o  deputado. “
Leia a íntegra da nota do vice-governador
“Sobre questionamento feito a respeito de notícia que sugere o  acesso a meus dados pessoais, considerados sigilosos, que teriam sido  obtidos por um “Núcleo de Inteligência do Gabinete do Governador do  Distrito Federal”, tenho a dizer o seguinte:
1. Nunca tive conhecimento da existência de tal Núcleo de Inteligência.
2. Caso algo desse nível tenha de fato acontecido, considero  lamentável. Entretanto, tenho a obrigação institucional de não acreditar  em algo assim, até prova em contrário.
3. Neste momento, por absoluto desconhecimento da questão, me  reservo o direito de não emitir opinião conclusiva. Mas já determinei à  minha assessoria jurídica que solicite informações e esclarecimentos  oficiais sobre esse assunto.
Brasília, 16.04.2012
Tadeu Filippelli
Vice-governador – DF” 
Fonte: Blog do Callado

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