Segundo eles, o reitor da instituição vem sofrendo pressões para pedir demissão, uma vez que ele não acatou projeto polêmico sugerido pela Ubec, mantenedora da instituição
Publicação: 28/05/2014 06:03 Atualização: 27/05/2014 21:58
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Em abril deste ano, estudantes fecharam via em Taguatinga para protestar contra mudanças exigidas pela mantenedora da UCB |
Uma crise que perdura desde o início do ano na Universidade
Católica de Brasília (UCB) pode provocar a intervenção em uma das instituições
de ensino superior mais tradicionais da capital do país. O reitor Afonso Celso
Galvão tem sofrido ameaças constantes de demissão. Com apenas um ano na gestão,
ele só poderia ser deposto por justa causa. No entanto, fontes ouvidas pela
reportagem do Correio afirmam que a pressão vem da mantenedora da universidade,
a União Brasiliense de Educação e Cultura (Ubec) — que escolheria um novo nome
para assumir o cargo. A sociedade civil, formada por cinco Províncias
Religiosas e uma Diocese, teria iniciado a coerção porque o reitor desobedeceu
à ordem de começar um novo projeto para a graduação. O gestor colocou o
documento em votação nos conselhos superiores, que vetaram a proposta.
De acordo com o estatuto da UCB, documento aprovado pelo
Ministério da Educação, o mandato do gestor deve durar quatro anos. Ele só
deixa o cargo se cometer irregularidades, como prevaricação e dano à
universidade. A intervenção da mantenedora iria contra o estatuto. Com pontos
polêmicos, a versão do projeto de mudança na graduação exigida pela Ubec
desagradou à comunidade acadêmica. Em abril deste ano, alunos fecharam o Pistão
Sul para protestar contra as mudanças (confira Memória).
Na noite de ontem, cerca de 800 pessoas participaram de um
ato público dentro da universidade para pedir que a autonomia da UCB seja
respeitada. De acordo com a Constituição Federal e a Lei de Diretrizes e Bases
da Educação (LDB), cabe à universidade a elaboração do projeto pedagógico e do
estatuto interno (veja O que diz a lei). “Eles queriam impor a mudança sem
ouvir os professores ou os alunos. Nós não temos autonomia nem democracia”,
discursou o coordenador-geral do Diretório Central dos Estudantes (DCE), Lício
Jonatas de Oliveira.
Fonte: Correio Web.
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