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Sindicatos se reuniram com direção da PCDF Foto: Francisco Soares |
A
gestão de Agnelo Queiroz realizou um feito nunca visto no Distrito
Federal: conseguiu reunir 70 mil servidores contra ele em uma só
reunião. Isso por que pelo menos quatro sindicatos estiveram reunidos
nesta segunda-feira, 21, para tratar de um assunto que vem incomodando
as carreiras do GDF, a unificação de todos os funcionários públicos da
máquina administrativa.
A idéia
é centralizar o controle de pelo menos 150 mil servidores na Secretaria
de Administração Pública do DF (Seap). As categorias acreditam que com
isso haverá flexibilidade para remoção de funcionário de uma área para
outra. Segundo tese que eles defendem, a intenção do GDF é evitar
concursos públicos.
Um dos
prejuízos justificados pelos sindicatos é que a medida poderá fazer com
que quando servidores forem removidos da Polícia Civil para outra
secretaria, por exemplo, remova também gratificações específicas. Só
para ter idéia, a função de atividade de apoio da PCDF tem um valor
acrescido variado de R$ 600 a R$ 1 mil no salário.
Ontem,
representantes do Sinpol, Sindireta, Assaspc, Associação dos Técnicos em
Necrópsia estiveram reunidos com o diretor da PCDF, Jorge Luiz Xavier.
Hoje, as categorias pretendem se reunir com a área de saúde para fazer a
mesma pressão e impedir que o GDF apresente o projeto da unificação na
Câmara Legislativa até março. Os sindicatos pretendem ainda fazer uma
grande paralisação no dia 7 de março, por 24 horas.
Para o
presidente da Associação dos Técnicos em Necrópsia, José Romildo, a
mudança pode retirar o carater técnico da área. “Estamos desde 1998
lutando para ter especificidade do cargo e o GDF quer acabar com isso”,
critica. O Sindireta disse que o diretor da PCDF não conhecia o projeto
de unificação, mas que se comprometeu a buscar informações e se reunir
com as categorias.
O
receio é generalizado. “Isso vai trazer desestruturação das classes e
vamos perder forças das representações”, opina, Wilmaque Oliveira
presidente da Associação da Carreira de Apoio as Atividades Policiais
Civis (Assaspc-DF). “Estamos muito desconfortável e isso vai
gerar uma instabilidade grande dentro dos quadros”, preocupa-se o
presidente do Sindireta, Ibrahim Youssef.
Fonte: Guardian Notícias
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