segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Chapa Arruda, Liliane Roriz e Gim traz de volta debate da Ficha Limpa.

Por Chico Sant’Anna
Já há algumas semanas os rumores vinham correndo forte.
Agora, a revista Veja informa, em sua coluna Radar, que o ex-governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, abatido na Operação Caixa de Pandora recebendo dinheiro de um esquema que ficou conhecido como o Mensalão do DEM, tentará recuperar o comando do Palácio do Buriti, em 2014. E não virá sozinho.

As redes sociais já vinham informando que, em um almoço na casa do governador de Goiás, o tucano Marconi Perillo, os ex-governadores teriam selado um destino único nas eleições de 2014. Em função da saúde debilitada – faz cinco hemodiálises por semana – o ex-governador Joaquim Roriz teria concordado em não concorrer a mais um mandato à frente do GDF e de ceder o lugar a José Roberto Arruda. As relações Roriz+Arruda são marcadas pelo amor e ódio. Arruda já desempenhou os papéis de amigo e de inimigo político de Roriz. A reaproximação dos dois teria tido, inclusive, as bênçãos de Dona Weslian Roriz, que não guardava muita simpatia por Arruda, em função deste ter se separado da ex-mulher.

Se de um lado cedeu o espaço para Arruda, Roriz teria exigido o lugar de vice-governador na chapa, para a sua caçula, a distrital Liliane Roriz. Em outros tempos, a preferência teria recaído no nome de Jaqueline Roriz, mas como esta está sendo processada no STF no envolvimento no Mensalão do DEM, a prudência recomendou um nome com menos problemas nas costas.

Leia também:

Pesquisa aponta: Cristovam e Toninho do Psol são os melhores nomes para combater o rorizismo e o PT
Caixa de Pandora: STJ determina que julgamento de Arruda e Paulo Otávio será no TJDF
Advocacia Geral da União pede bloqueio de bens de Roriz, Arruda e Abadia
Arruda é condenado por quebra de sigilo em votação do Senado
Veja e Época preparam terreno pra volta de Arruda
Juiz condena ex-governador Roriz por improbidade administrativa
Por 4 a 3, TSE absolve Roriz e Gim Argelo
Fechando a chapa, o senador Gim Argelo, que assumiu o cargo no Senado após a renúncia de Roriz, por ocasião do episódio apelidado de Escândalo da Bezerra de Ouro. Desde que assumiu o mandato, Gim se aproximou muito do governo petista e, em especial, da presidente Dilma Roussef. Mas como diz o ditado, o bom filho a casa torna, Gim sem espaço na chapa de Agnelo à reeleição, preferiu reaglutinar-se com Roriz e Arruda.

Este palanque Arruda, Liliane, Gim deverá ser reforçado com o apoio do Democratas (partido que negou a filiação de Roriz em seus quadros) do ex-deputado federal Fraga; do PRTB, de Luiz Estevão; e do PMN de Jaqueline Roriz. A reunião de várias siglas favorece à definição do tempo de televisão no horário eleitoral e na busca de votos suficientes para alcançar o coeficiente eleitoral. Neste ano, cada partido ou coligação terá que reunir cerca de 60 mil votos para fazer um deputado distrital e 200 mil, para federal.
O cenário político eleitoral da Capital Federal começa, assim, a ganhar contornos mais claros. O deputado federal Reguffe, do PDT, deve focar mesmo seu futuro político em uma cadeira do Senado Federal. Pesquisas apontam uma posição muito confortável a ele.

Dúvidas
Persistem, contudo, muitas dúvidas em relação à cena política brasiliense:
Quando governadores de Minas Gerais e do Distrito Federal, Aécio Neves e José Roberto Arruda eram bons camaradas. Parceria poderia voltar a acontecer, em 2014?
1) Considerando que a tucana Maria de Lourdes Abadia, foi vice de Roriz em seu último mandato, que Arruda já foi Líder do PSDB, no governo de FHC, e que este casamento Roriz/Arruda foi abençoado pelo governador goiano, Marconi Perillo, também do PSDB, é legítimo questionar: será este o palanque de Aécio Neves, na Capital Federal? Se a resposta for positiva, nomes como dos deputados Izalci Lucas e Pitman terão que se acomodar como candidatos a deputado federal nestas eleições de 2014.

2) Qual será o comportamento de Paulo Octávio, hoje filiado ao PP de Maluf e na base de Dilma e de Agnelo. Ele já revelou que deverá ser candidato a deputado distrital, mas somará forças ao Rorizismo ou ficará na base de Agnelo?

3) E para onde irá Rogério Rosso? Apostará na coligação PSD-PSB e somará esforços à candidatura Rodrigo Rollemberg ou também retornará ao ninho da velha coruja da política local? Como se sabe, ele foi secretário de Desenvolvimento Econômico de Joaquim Roriz, que depois o nomeou administrador regional de Ceilândia.

4) Com o retorno de Roriz aos palanques e a queda permanente da popularidade de Agnelo Queiroz, as bases do vice-governador Tadeu Filippelli continuarão fiéis? Não se pode esquecer que Filippelli também é um egresso do clã de Roriz.

Ética na política

Debate sobre a ética na política e Ficha Limpa favorece a candidatura de Toninho do Psol ao GDF, em 2014. Foto: Chico Sant’Anna.
A presença de Roriz e de Arruda no palco eleitoral de Brasília trará novamente à ribalta, em alto e bom som, o debate da Ficha Limpa. Mesmo que neste exato momento não haja, segundo alguns juristas, empecilho para as respectivas candidaturas, é inegável que a ética na política deverá polarizar o debate eleitoral local.
Considerando que o governador Agnelo Queiroz também já andou aparecendo em manchetes com a suspeita de estar supostamente envolvido em alguns casos na Anvisa e no Ministério dos Esportes – órgãos por onde passou antes do GDF -, o debate sobre a ética na política tende a favorecer Toninho do Psol (que no segundo turno das eleições de 2010 acumulou 200mil votos e se recusou a apoiar tanto Roriz, quanto Agnelo; Para ele, não havia diferença nas duas candidaturas de então) e, eventualmente, a Rodrigo Rollemberg.

PPS nacional apoia a candidatura de Eduardo Campos – PSB-PE à presidência da República e cobra mais espaço. para Eliana Pedrosa na candidatura de Rollemberg. A presença do Senador Rodrigo Rollemberg (foto), no congresso do PPS que tirou o nome de Pedrosa ao GDF, sinaliza a disposição para um entendimento dos dois partidos.
Digo eventualmente Rodrigo Rollemberg, pelo fato de sua chapa ainda não está clara. Dependerá da percepção que a sociedade de Brasíia tiver do perfil da chapa dele.
Informações que correm na Internet dão conta de uma possível dobradinha com Eliana Pedrosa, que migrou das bases rorizistas para o PPS. Em nível nacional, o PPS decidiu apoiar a candidatura à presidência da República de Eduardo Campos. Em troca, pede mais espaço para Pedrosa no Distrito Federal.
A chegada da camarada Eliana Pedrosa ao PPS fez sair pela porta dos fundos uma liderança tradicional dos quadros do antigo partido comunista: Augusto Carvalho. Augusto, que foi secretário de Saúde de Arruda, foi se aninhar no Solidariedade, do deputado Paulinho da Força, que aqui e aculá aparece nas manchetes jornalísticas de uma forma que não o prestigia tanto assim.
Embora tenham evitado uma convivência debaixo do mesmo teto do PPS-DF, agora, são grandes as possibilidades que Poderosa e Augusto Carvalho venham somar forças em prol de uma causa comum: a candidatura Rollemberg.

Assim, a chapa de Rollemberg com a participação do PSD de Kassab e Rosso; do Solidariedade, de Augusto e Paulinho; e do PPS de Pedrosa, pode assumir um contorno no qual o debate da ética na política não seja o mais estratégico.


Oficialmente, os eleitores de Brasília só conhecerão seus candidatos em julho, mas as próximas semanas serão decisivas na definição do quadro sucessório do DF.

Fonte: Brasília Por Chico Sant’Anna.

Câmara Legislativa vai gastar 22% a mais que em 2013, em ano eleitoral

Entre as principais despesas, estão os contracheques dos servidores, os benefícios pagos aos distritais e a manutenção do prédio onde funciona o parlamento local
No último ano desta legislatura, a Câmara Legislativa vai gastar R$ 404,5 milhões. O orçamento da Casa previsto para 2014 é 22% superior aos recursos gastos em todo o ano passado. Os valores serão destinados para desembolsar salários dos 1,8 mil funcionários, fazer a manutenção do prédio e pagar as benesses garantidas aos parlamentares, como a verba indenizatória. A maior parte dessa bolada será destinada ao pagamento de pessoal: os gastos com os contracheques dos servidores consumirão R$ 285,4 milhões. No ano que vem, entretanto, esse montante deve crescer ainda mais, já que a Câmara vai promover concurso público e os novos funcionários passarão a dar expediente na Casa em 2015.


De janeiro a dezembro do ano passado, a Câmara gastou R$ 330,8 milhões. O orçamento inicial para 2013 era de R$ 387,5 milhões, mas a Casa conseguiu economizar mais de R$ 56 milhões, recursos que foram devolvidos ao Governo do Distrito Federal. Entre as razões da economia, está o atraso na implantação da tevê da Câmara Legislativa: o canal deveria entrar no ar em 2013, mas, por problemas operacionais, o projeto ainda não saiu do papel e só começará a funcionar este ano.

No rol de despesas da Casa, chamam a atenção os gastos com terceirização, que praticamente dobraram nos últimos quatro anos. Em 2010, a contratação de empresas consumiu R$ 6,4 milhões, valor que saltou para R$ 12,4 milhões no ano passado. O secretário-geral da Câmara, George Burns, explica que o aumento dos gastos nessa rubrica é explicado pela mudança da antiga para a nova sede. “O velho prédio, no fim da Asa Norte, tinha pouquíssimos elevadores, por exemplo. Aqui, são nove. Pouco antes da mudança, os gabinetes funcionavam de forma improvisada”, afirma. As melhorias foram adiadas e, depois que os deputados e servidores se mudaram para a nova sede, foram firmados novos contratos diante das necessidades que surgiram.

Fonte: Correio Web. Publicação: 17/02/2014 07:00 Atualização: 16/02/2014 23:43

Pano para manga

Há 10 dias, um bate-boca entre o distrital Chico Vigilante (PT) e o deputado federal Luiz Pitiman (PSDB) transformou uma sessão da Câmara Legislativa em barraco. ...

A discussão acalorada era em torno de um episódio que os petistas ainda querem fazer render durante a campanha: o assassinato do governador do Acre, Edmundo Pinto, em 1992. 

Ele estava em São Paulo a trabalho e, à época, Pitiman era seu braço direito. Edmundo foi assassinado em um quarto de hotel e Pitiman estava na suíte ao lado. As investigações indicaram que se tratou de um latrocínio. Mas os petistas querem estender o assunto até a eleição. 
Fonte: Correio Braziliense - 16/02/2014 - - 23:34:06

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Modelos de cueca, calcinha e sutiã causam frisson na rodoviária de Brasília

Os participantes desfilaram com bolas de futebol em referência à Copa do Mundo
Populares tiraram fotos com os modelos
A volta para casa foi apimentada na tarde desta sexta-feira (14/2) na Rodoviária do Plano Piloto. Modelos do sexo feminino e masculino desfilaram apenas com roupas íntimas na plataforma superior do terminal, na Região Central de Brasília. O desfile foi realizado pelo concurso Mister Universo Brasil. Os participantes desfilaram com bolas de futebol em referência à Copa do Mundo.

Os modelos interagiram com o público da rodoviária
A organização do evento informou que o objetivo do desfile é mostrar a diferença do padrão de beleza brasileiro em comparação com as passarelas internacionais. De acordo com os organizadores, o brasileiro valoriza as curvas.

O desfile foi causou tanto alvoroço que um carro colidiu na traseira de outro veículo para observar as modelos femininas.

Modelos de várias regiões do Brasil participam do evento. O modelo Bruno Rocha vai representar o Distrito Federal no ensaio e também no concurso Mister Universo Brasil, marcado para o próximo 21 de abril, em Recife (PE).

O atual campeão do Mister Universo Brasil, João Paulo Andrade, foi ao local apoiar o atual candidato do DF, Bruno Rocha. 

Fonte: Correio Web. 

Cartão Material beneficia Olair

Por Arthur Paganini

Seis unidades varejistas do distrital foram credenciadas para fornecer produtos escolares a alunos carentes por meio do programa do GDF. Na Câmara, um projeto de lei em discussão proíbe contratos entre parlamentares ou parentes com órgãos públicos. ...

Olair diz que seguiu todos os critérios legais para firmar parceria com o GDF

Enquanto discursa ou vota projetos de lei no plenário da Câmara Legislativa, o distrital Olair Francisco (PTdoB), da base governista, mantém um grupo empresarial atuante em várias frentes comerciais no DF. Reconhecido homem de negócios do ramo de calçados — ele possui 10 lojas no segmento —, o parlamentar também atua em um campo que ganhou especial atenção do GDF com a volta às aulas da rede pública: o de papelarias. Foi com o Programa Cartão Material Escolar que Olair inseriu suas seis unidades varejistas do Armarinho São Paulo no rol de 354 papelarias aptas a receber o benefício subsidiado pelo governo. A Câmara analisa projeto de lei que visa proibir a contratação pelo governo de empresas cujos proprietários sejam deputados ou parentes deles de até terceiro grau.

As seis unidades varejistas de Olair também contam com a facilidade de comprar diretamente da unidade atacadista do Armarinho São Paulo, que não pôde participar do programa de material escolar justamente pelo grande porte do negócio. “Como ele (Olair) tem esse grande atacado, fico sem condições de concorrência”, critica um empresário, que preferiu não se identificar. O Cartão Material concede R$ 226 a alunos carentes da rede pública de ensino. A entrega do benefício foi retomada ontem e será feita por uma equipe itinerante.

Apesar de atacado e varejo fazerem parte do mesmo grupo empresarial, Olair garante que não há conflito nas transações. “Eu revendo para as minhas lojas varejistas, não é um repasse sem custo. Além disso, participei da seleção (chamamento público) como qualquer outra papelaria e fui escolhido (pelo governo) seguindo todas as regras do edital”, diz o parlamentar. Para ser selecionado no Programa Cartão Material Escolar, Olair teve que comprovar uma série de requisitos, entre os quais o de quitação de débitos trabalhistas. Já para assumir seu mandato parlamentar, foi obrigado, pela Constituição Federal, a deixar o controle administrativo de suas empresas.

Debate

Embora Olair tenha cumprido todas as exigências impostas pelo programa, o caso da participação do Armarinho São Paulo no Cartão Material Escolar suscita um debate sobre a moralidade desse tipo de vínculo. O distrital Chico Leite (PT) apresentou projeto para proibir a contratação, por qualquer órgão público, de empresas cujos proprietários sejam parlamentares ou seus parentes de até terceiro grau. “Não é nada especificamente contra nenhum deputado, mas uma regra de moralidade pública que visa afastar qualquer desconfiança da sociedade em relação a eventuais favorecimentos pessoais obtidos pelo mandato parlamentar”, explica.

A aprovação da matéria, no entanto, não será fácil. Ela já recebeu uma emenda que desfigura todo o mérito da proposta. Aylton Gomes (PR), Dr. Michel (PP), Eliana Pedrosa (PPS), Robério Negreiros (PMDB) e Wellington Luiz (PMDB) querem que a proibição não alcance parentes de deputados. Olair se diz favorável à iniciativa de Chico Leite, mas também discorda do veto a familiares. “Qualquer medida de transparência é positiva e, se esse projeto for a plenário, votarei a favor. Mas não concordo em prejudicar um parente meu que seja empresário pelo fato de eu ser parlamentar”, destaca.

A Constituição Federal estabelece que parlamentares não poderão ser proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze de favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público.

Outros casos

As famílias de Eliana Pedrosa (PPS) e Robério Negreiros (PMDB) mantêm contratos de prestação de serviços nas áreas de limpeza e segurança do governo, respectivamente. No ano passado, a Dinâmica Administração, da família Pedrosa, firmou contratos da ordem de R$ 60 milhões com o GDF. Já a Brasfort Segurança e a Brasfort Administração, da família de Negreiros, R$ 103 milhões.


Fonte: Correio Braziliense - 14/02/2014 - - 07:37:10

“Eu não subo no palanque do Agnelo”

Cristovam Buarque descarta candidatura própria ao Buriti e torce por aliança entre os partidos da esquerda
Cristovam acredita que faltou pulso para Agnelo em relação à crise segurançaFoto: Moreno
As eleições 2014 já estão na pauta obrigatória das conversas dos brasilienses, que aguardam ansiosamente a divulgação oficial dos nomes dos candidatos ao Governo do Distrito Federal. E assim como você e seus amigos, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) também aguarda a definição dos nomes que concorrerão ao Buriti.
Cristovam – que ocupou o cargo entre 1995 e 1999 – torce por uma aliança entre os partidos à esquerda do governador Agnelo Queiroz. De preferência, em torno de um único candidato, como Antônio Reguffe (PDT), Rodrigo Rollemberg (PSB) ou Toninho (PSol). Segundo ele, a divisão das candidaturas da esquerda poderia trazer uma tragédia para a cidade: Joaquim Roriz (PRTB) e José Roberto Arruda (PR). "Seria muito difícil, para Brasília, explicar isso para o restante do Brasil", lamenta.

Confira, a seguir, as opiniões de Cristovam sobre os temas mais importantes do momento, como segurança, educação, construção de creches e, é claro, política.

Plano Brasília: Senador, de forma objetiva, o senhor vai estar no palanque de Agnelo Queiroz?

Cristovam Buarque: Não. Não vou estar no palanque de Agnelo Queiroz. Eu quero um outro palanque. Obviamente, não estarei no palanque do Arruda ou do Roriz. Eu gostaria que surgisse um outro palanque, que unisse Reguffe, Rodrigo, Toninho. Tem que ter um palanque alternativo.

PB: E desses nomes, quem seria o candidato mais provável a governador?

CB: Eu ainda estou torcendo que seja o Reguffe, mas acho que ele está demorando muito para decidir. Também poderia ser o Toninho, junto com o Rodrigo [Rollemberg] ou cada um separado – o que não vai ser bom.

PB: E o senhor, não sairia candidato.

CB: Não.

PB: De jeito nenhum?

CB: A gente nunca deve dizer "de jeito nenhum", porque é falta de respeito. Mas não está dentro do que eu acho que seria o melhor para o meu trabalho na política brasileira. Estou há 20 anos em uma campanha nacional pela federalização da educação, por uma revolução educacional. E a gente nota que as pessoas, agora, começam a falar nisso. Eu já fui governador. Já dei minha contribuição à cidade, de uma maneira muito intensa. Foram quatro anos, 24 horas por dia, sete dias por semana. Então, não acho que eu seja um nome que deva vir para o governo. E vou fazer tudo para que não seja eu.

PB: O senhor falou em uma possível aliança entre os partidos à esquerda dos candidatos mais prováveis. Sem essa união, PDT, PSB e PSol têm condições de vencer?

CB: É possível vencer, sim. Por isso existem dois turnos. No primeiro, você vota em quem pensa mais próximo de você; no segundo, em quem é menos distante. Então, é até bom quando existem muitos candidatos. Mas, a divisão das candidaturas no DF poderia trazer uma tragédia, que seriam Roriz e Arruda no segundo turno. Seria muito difícil, para Brasília, explicar isso para o restante do Brasil. Eu nem vou discutir se a Justiça permitirá ou não que eles sejam candidatos. Mas acho que eles precisam purgar, um pouco mais, a imagem que deixaram. A imagem de corrupção que Brasília passou para o restante do Brasil, por causa deles, exigiria que eles não fossem candidatos.

PB: Em relação ao Reguffe, ele adota uma postura meio independente, votando – às vezes – contra às determinações do partido. Como defender uma candidatura assim?

CB: O Reguffe sempre foi coerente com aquilo que ele defende. E eu sou a favor da coerência. Eu não confio é naquele político que diz uma coisa e, depois, vota diferente. Em todos os votos que o Reguffe deu – que não foram condizentes com o que o PDT defendia – ele foi coerente com o que ele (Reguffe) defendia. Acho que ninguém vai mudar menos que o Reguffe. Todo mundo sabe o que ele vem defendendo, há muitos anos, que é a questão da ética na política. Se, amanhã, ele não seguir as determinações do partido, será mais provável que o partido tenha mudado do que ele.

PB: Além do Reguffe, existe algum outro nome com potencial para despontar, a médio prazo, como uma liderança política no Distrito Federal?

CB: Tem muitos jovens com quem eu converso nas ruas, que têm vontade de fazer política. Rapazes e moças empolgados, já filiados a partidos políticos, que ainda não têm mandato, mas vão se destacar nos próximos anos. Nomes que ainda não são conhecidos, mas que ajudarão a renovar a política do DF.

PB: Qual a sua opinião sobre a gestão do Agnelo?

CB: Eu apoiei firmemente a eleição do Agnelo, mas esperava um governo diferente. Esperava um governo mais social e não imaginava que a marca dele seria um estádio. Essa é a marca que ele decidiu deixar para Brasília. O Agnelo não fez questão de ficar com a marca do social, que é a marca que caracteriza um governo de esquerda, como eu fiquei. Eu fiquei com a marca da bolsa escola, da faixa de pedestre, da contratação de professores. Eu queria que, quando viesse a Copa, tivesse uma faixa bem grande no nosso aeroporto: "Você está entrando em um território livre de analfabetismo". Queria que essa fosse a marca do Agnelo.

PB: Outra marca que ele está deixando é a da crise da segurança..

“O Agnelo está errando na condução dessa crise [da segurança]. Tanto no comando quanto na maneira de conduzir o diálogo.”
Cristovam Buarque

CB: Infelizmente... E o Agnelo está errando na condução dessa crise. Tanto no comando quanto na maneira de conduzir o diálogo – que é o que eu chamo de "comandiálogo". O comando exige respeito à hierarquia. Uma coisa que eu me orgulho, no meu governo, é de ter colocado no comando da PM as pessoas da corporação, por ordem de antiguidade. Eu não escolhia a pessoa por nome. Tanto que um dos comandantes, na época do meu governo, era primo do Roriz. O Agnelo rompeu com essa hierarquia. Depois, ele deu um aumento de salário bom, mas só para os comandantes. Isso acirrou os ânimos. Então, a crise da segurança tem o fator salarial, mas tem o descontentamento moral da tropa. Além disso, o governador precisa perceber que segurança não pode ser um problema apenas da polícia. Segurança é uma questão de bom relacionamento dentro da sociedade, de educação. Às vezes, uma lâmpada elétrica em uma parada de ônibus resolve mais que o PM.

PB: E o que fazer para resolver o problema da segurança na cidade?

CB: Quando a gente tem um problema muito sério, tem de chamar toda a equipe para resolver. O Agnelo tinha de reunir todos os secretários do governo e dizer: o problema da segurança é de todos vocês. Não é só do secretário de segurança. O que vamos fazer para resolver? Secretário de educação, o que você vai fazer? Presidente da CEB, o que você vai fazer?

PB: Senador, as pessoas comparam o seu governo com o do Agnelo, dizendo que ambos foram governos do PT que não vão se reeleger. Quais são as semelhanças e as diferenças entre a sua candidatura à reeleição e a do Agnelo?

CB: Quando eu fui falar com o governador pelo problema da crise da polícia, a primeira coisa que eu disse foi: "Governador, eu cometi erros no meu governo e o pior deles foi não ter sabido lidar com a greve dos professores. Essa greve dos PMs pode ser a sua greve dos professores". Mas veja que eu perdi em uma época na qual o orçamento era menor, contra um candidato que vinha com a imagem forte, que era o Roriz. A situação do Agnelo é outra: ele tem um orçamento de mais de R$ 20 bilhões, somando os recursos do fundo constitucional. Além disso, os adversários mais prováveis do Agnelo, até o momento, estão com a imagem pública desgastada. Tanto o Arruda quanto o Roriz. No meu caso teve, ainda, a questão do debate do segundo turno. Eu tentei mostrar que o Roriz estava mentindo ao prometer aumento a todos os servidores públicos. E ele estava mesmo, tanto que não deu o aumento prometido, depois de eleito. Mas não era isso que as pessoas queriam ouvir. Ali, eu perdi voto. Não devia ter batido de frente. E tem mais uma coisa que mudou, a favor ao Agnelo. O eleitor de hoje já não é o mesmo. Eles não são mais fieis ao Roriz ou ao Arruda. Os pais eram, mas eles não são. Eles tendem a votar em quem fizer a melhor campanha.

A entrevista com Cristovam Buarque foi realizada pelos jornalistas Edson Crisóstomo, da revista Plano Brasília; Guaíra Flor e Tchérena Guimarães, do recém-lançado Portal Plano Brasília, e Yuri Achcar, da TV Record. O encontro ocorreu na terça-feira, 04 de fevereiro, no restaurante Santé, da 413 Norte.

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Jornal: Fifa planeja alternativas para exclusão de Curitiba da Copa

Foto: Facebook / Reprodução
Arena da Baixada tem até 18 de fevereiro para mostrar "melhorias consideráveis", segundo a Fifa.

De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, a Fifa já prepara alternativas para uma eventual exclusão de Curitiba como sede da Copa do Mundo de 2014, devido aos grandes atrasos nas obras da Arena da Baixada. A entidade traça planos para transferir os quatro jogos que estão marcados para acontecer na capital paranaense a outras cidades próximas, dando prioridade a sedes do sul e do sudeste para não atrapalhar tanto a logística de seleções e torcedores que já elaboraram seus roteiros para o Mundial. ...

A federação, porém, trata os planos alternativos com sigilo e mantém o discurso oficial de que confia na participação de Curitiba na Copa. Internamente, a situação do estádio paranaense é considerada "muito grave" porque, mesmo que fique pronto, o local deve apresentar falhas que não terão tempo de serem consertadas. Na última quarta-feira, o governo do Paraná solicitou ao BNDES um empréstimo de R$ 65 milhões para tocar a obra, já que o Atlético-PR, dono do estádio, afirmou que só tem verba para manter a reforma até o fim de fevereiro.
Fonte: Portal Terra - 13/02/2014 - - 09:17:30

Tribunal determina pena mais severa para desrespeito à faixa de pedestres

Especialistas comemoram decisão da Justiça, em primeira instância, que deu punição mais grave a apontada pelo Código Penal para responsável por atropelamento. Segundo eles, só com mais educação, fiscalização e condenações pistas ficarão seguras
Ao volante, um crime de homicídio culposo — sem intenção — pode assumir caráter ainda mais grave do que o determinado pelo Código de Processo Penal (CPP). Esse entendimento acabou confirmado esta semana pelo Tribunal de Justiça do DF e dos Territórios. Ao julgar recurso apresentado por motorista acusado de atropelar uma mulher na faixa de pedestre, a 3ª Turma Criminal da Corte aplicou a pena com base no Código de Trânsito Brasileiro(CTB). A decisão unânime confirmou a sentença da primeira instância, que havia determinado pena de 2 anos e 8 meses de reclusão, além de suspensão do direito de dirigir por dois anos.

“Essa decisão deve ser colocada em perspectiva de uma mudança de compreensão, ainda muito tímida, mas crescente, do que é a natureza da violência no trânsito”, explica Eduardo Biavati, sociólogo especializado no tema. Segundo ele, o CTB é claro ao prever o comportamento dos condutores no espaço público. “Todos os motoristas são responsáveis pela integridade e proteção da vida dos usuários mais vulneráveis e, entre eles, dos mais vulneráveis que são sempre os pedestres”, completa.
"Na semana passada, estava por lá quando o semáforo da faixa ficou vermelho. Enquanto eu aguardava o sinal abrir, o condutor de um ônibus começou a gritar para que eu seguisse. Desci do carro e falei pra ele: 'Por uma atitude como a sua, a minha filha acabou morta aqui'" Valdimilson Ribeiro de Brito, pai de Fernanda, morta em faixa em Santa Maria
Foi justamente com base nesse argumento que o Ministério Público do DF e Territórios apresentou denúncia contra o homem que, em 29 de abril de 2008, atingiu Terezinha Gonçalves de Brito enquanto ela atravessava a faixa de pedestres entre as quadras 114 e 314 da Asa Sul. Depois de ser atropelada por uma caminhonete F1000, guiada por um motorista de 65 anos. A vítima chegou a ser socorrida, mas morreu em virtude de várias lesões causadas pela colisão.

"Minha filha acabou morta aqui"


No ano passado, o DF registrou apenas um atropelamento com morte em faixa de pedestres. Em 17 de setembro, Fernanda Gabriely Ribeiro Borges da Silva, 13 anos, e Aline de Carvalho, 14, foram atingidas por um ônibus da Viação Planeta quando atravessam a rua na Avenida Alagados, em Santa Maria. Fernanda morreu na hora e Aline ficou gravemente ferida. Pai de Fernanda, Valdimilson Ribeiro de Brito, 30 anos, ainda espera um laudo para dar entrada a um processo na Justiça contra o motorista e a empresa. “Na semana passada, estava por lá quando o semáforo da faixa ficou vermelho. Enquanto eu aguardava o sinal abrir, o condutor de um ônibus começou a gritar para que eu seguisse. Desci do carro e falei pra ele: ‘Por uma atitude como a sua, a minha filha acabou morta aqui’”, desabafou.
Fonte: Correio Web.

"Me considero um bode expiatório", diz Donadon ao ter mandato cassado

Diante do voto aberto, o agora ex-deputado federal recebeu 467 votos pela cassação e voltou para a cadeia sem o mandato
Depois de entrar na Câmara com o uniforme de presidiário, Donadon acompanhou sua defesa em plenário
O personagem principal era o mesmo, mas o cenário e o roteiro foram completamente modificados. Em agosto do ano passado, Natan Donadon (sem partido-RO) foi absolvido pelos colegas sob o véu do voto secreto em uma sessão quase esvaziada — com 107 ausentes. Ontem, o plenário da Câmara dos Deputados estava cheio de parlamentares com discursos inflamados. E, desta vez, não teve jeito. Em ano de eleição e com o fim do sigilo, o agora ex-deputado federal, primeiro parlamentar a ser preso no exercício do mandato, foi cassado por 467 votos.

Na primeira sessão em que teve o mandato colocado em xeque, em agosto, 233 deputados foram favoráveis à cassação, 131 optaram pela absolvição e 41 se abstiveram. Centro e sete ausências fizeram a diferença na manutenção do presidiário no quadro do parlamento, pois faltaram 24 votos para a perda de mandato mesmo após duas horas e meia de tempo aberto para a votação. Ontem, foram necessários somente 35 minutos para o resultado: o voto do presidente Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) não foi computado, somente 44 parlamentares se ausentaram e apenas Asdrúbal Bentes (PMDB-PA), que tem condenação pelo Supremo Tribunal Federal (STF) ainda não transitada em julgado, se absteve de emitir opinião. “Não me sinto à vontade na condição em que estou de julgar e condenar ninguém”, justificou.

Leia mais notícias em Política

Há seis meses, Donadon circulava com desenvoltura no plenário, abraçando colegas mais próximos, parando para fazer um lanche e sorrindo ao lado de parentes. Subiu à tribuna, falou da falta de água para tomar banho e da má alimentação do Complexo Penitenciário da Papuda, onde está detido desde junho, e fez um apelo emocionado. Desta vez, o rondonense estava apreensivo. No início da semana, avisou que iria novamente se defender na tribuna, mas, ontem, desistiu. No fim da tarde, quando seu advogado, Michel Saliba, contava a decisão à imprensa, Donadon surgia em outra porta.

O ex-parlamentar entrou no Congresso por volta de 18h30, acompanhado de seguranças, por um túnel subterrâneo do Anexo I da Câmara, passou pela área do almoxarifado e subiu por um elevador de carga. Chegou de moletom, calça jeans e tênis — tudo branco, como manda o figurino da Papuda. Ficou cerca de duas horas na sala de reunião da Mesa Diretora, onde arrumou o cabelo e vestiu um terno completo. Perguntado se havia conseguido tomar um banho, ele riu e confirmou.

O advogado jurou ter sido surpreendido pela chegada do cliente. “Estou tão surpreso quanto vocês, ele vai ser massacrado no plenário”, reclamou. Mais tarde, Saliba explicou que os agentes da penitenciária teriam levado Donadon à Câmara contra sua vontade. “Ele não queria vir, mas eles acharam lá que era obrigatório e o trouxeram”, relatou o defensor. Já que estava lá, o rondonense decidiu que queria defender-se na tribuna. Saliba e outros parlamentares, porém, o convenceram do contrário. “Isso ia sangrar mais ainda a imagem dele.”

Donadon ficou sentado no plenário, discreto, ao lado de outro advogado e cercado de seguranças e jornalistas. Abraçou apenas poucos servidores e dois parlamentares — Wladimir Costa (SDD-PA), que o procurou, e Cândido Vaccarezza (PT-SP), que estava por perto. Apesar dos apelos da defesa, ele falou à imprensa. “O voto aberto vai fazer com que meus colegas votem contra o coração e a vontade deles, é uma prisão”, disse. “Meu processo começou quando era voto secreto, estão rasgando a Constituição, mudando a regra no meio do jogo, me considero um bode expiatório perseguido politicamente”. Perguntado se gostaria de voltar à política, respondeu: “Sendo liberado, por que não? Fiz meu trabalho com muito carinho e amor.” O ex-deputado ouviu o restante da defesa de seu advogado na tribuna e, logo em seguida, saiu pela última vez do plenário da Câmara, sem esperar o resultado.

“Meu processo começou quando era voto secreto, estão mudando a regra no meio do jogo, me considero um bode expiatório”
Natan Donadon, ex-deputado federal

Nova chantagem do PMDB
Depois de abrir mão de indicar nomes aos ministérios em que tem representantes no comando, a bancada do PMDB na Câmara anunciou ontem que votará contra todas as propostas consideradas prioritárias pelo governo. Isso inclui cinco projetos com urgência constitucional, como o Marco Civil da Internet, que trancam a pauta, e vetos presidenciais. “Não é que sejamos contra os projetos. Queremos apenas limpar a pauta”, comentou o líder do partido, Eduardo Cunha (RJ). A legenda é a maior da Casa — com 75 deputados — e vem travando longas batalhas com o Palácio do Planalto desde que Cunha assumiu a liderança, no início de 2013.

Memória
Autoridade na cadeia

O deputado Natan Donadon (sem partido-RO) está preso em ala especial da Papuda desde junho de 2013. Ele foi o primeiro congressista a cumprir pena de regime fechado durante o exercício do mandato. Donadon se entregou em 28 de junho, após ser condenado a 13 anos, 4 meses e 10 dias de prisão por formação de quadrilha e peculato. Os crimes envolvem o desvio de mais de R$ 8 milhões da Assembleia Legislativa de Rondônia. Ele nega ter cometido qualquer crime. Depois da prisão, Donadon foi expulso do PMDB. A Câmara suspendeu o salário do parlamentar e exonerou os funcionários de seu gabinete.
Fonte: Correio Web.

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Moradores do Varjão recebe a visita do Vice-Presidente da Câmara Legislativa e da Presidente do PTC Mulher do Distrito Federal.


O vice-presidente da câmara legislativa do Distrito Federal, o Dep. Agaciel Maia e sua esposa Sanzia Maia, presidente do PTC Mulher do DF, prestigiaram nesta segunda feira (10/02) a comunidade do Varjão, realizaram uma reunião de amigos a pedido da senhora Claudete moradora da quadra 9.
 Na ocasião estiveram presentes varias lideranças comunitárias, que na oportunidade agradeceram ao deputado Agaciel e sua esposa Sanzia Maia, pelo o apoio que o parlamentar vem dando a toda comunidade, além de destacar o excelente trabalho do Administrador Chicão no atendimento aos moradores.
Após a reunião algumas lideranças procuram o deputado Agaciel e a presidente do PTC Mulher Sanzia Maia, colocando-se a disposição para futuros trabalhos políticos na região.