Figuras de destaque como Marina Silva, Aécio Neves, a presidente Dilma Rousseff e Eduardo Campos têm aparecido constantemente ao lado de pré-candidatos ao Palácio do Buriti. A menos de um ano das votações, eles iniciam o flerte com o eleitorado local.
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Eduardo Campos e Rollemberg gravaram recentemente propaganda eleitoral com a Ponte JK ao fundo |
A disputa entre os
presidenciáveis é acompanhada de perto pelos pré-candidatos ao Palácio do
Buriti, que sonham em ganhar votos e ampliar a popularidade ao lado de caciques
nacionais. Os políticos que estão de olho no Palácio do Planalto também
aproveitam visitas à capital federal para começar o flerte com o eleitorado
brasiliense. Essa relação deve se estreitar ainda mais com a definição do
cenário nacional e do DF, no início do ano que vem. Antes mesmo da escolha dos
candidatos ao Governo do Distrito Federal, figuras de destaque no panorama
político, como Marina Silva (PSB), Eduardo Campos (PSB), Aécio Neves (PSDB) e a
presidente Dilma Rousseff (PT), são requisitadas por correligionários e aliados
da capital.
Pré-candidato do PDT ao GDF, o
deputado federal José Antônio Reguffe já recebeu declaração de apoio da
ex-senadora Marina Silva, que em 2010 foi a candidata à Presidência mais votada
do Distrito Federal. O senador Rodrigo Rollemberg (PSB) gravou propaganda
eleitoral ao lado do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, com a Ponte JK
ao fundo. Luiz Pitiman e Izalci Lucas, pré-candidatos tucanos ao Palácio do
Buriti, também aproveitam todas as visitas do senador mineiro Aécio Neves a
Brasília para posar ao lado do presidenciável em fotos e filmagens, posteriormente
usadas em inserções na propaganda do PSDB. ...
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Reguffe e Marina se aproximaram durante a tentativa de criação da Rede |
O pedetista Reguffe sabe que o
eleitorado do Distrito Federal é peculiar e que as eleições nacionais e as
locais têm muitas diferenças. Mas ele está motivado com o apoio de Marina
Silva. Os dois se aproximaram durante as tentativas de criação da Rede
Sustentabilidade. Reguffe ajudou a recolher assinaturas para o partido de
Marina e cogitou até mesmo migrar para a legenda. Mesmo com o naufrágio do
projeto e com a ida da ex-senadora para o PSB, ela manteve o apoio ao deputado.
“É claro que eu fiquei feliz e lisonjeado, admiro muito a Marina. Acho que o
apoio de figuras nacionais pode influenciar de alguma maneira, mas o mais
importante são as propostas e as ideias objetivas de cada um dos candidatos,
não os projetos de poder”, explica o pedetista.
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Aécio tem participado de encontros e solenidades de filiações do PSDB local |
Espólio cobiçado
Marina teve 611 mil votos no DF
na última disputa e, além de Reguffe, quem também sonha com esse espólio é o
senador Rodrigo Rollemberg, correligionário da ex-senadora. O parlamentar do
PSB, entretanto, tem relação mais estreita com outro cacique que terá papel
importante em 2014: Eduardo Campos. “Temos uma relação antiga de amizade e
confiança. Vou ajudá-lo muito aqui em Brasília e tenho certeza de que o apoio
do Eduardo Campos também trará muita contribuição”, explica Rollemberg.
Apesar de Reguffe já ter se
lançado candidato ao Buriti, Rollemberg está otimista em firmar aliança com o
pedetista — o que uniria também os dois caciques do PSB e seus respectivos
pupilos. “Tenho total convicção de que eu e Reguffe estaremos juntos em 2014”,
garante Rollemberg. O senador cita ainda a possibilidade de apoio de outro
cacique nacional a esse grupo, caso se confirme a união dos dois
pré-candidatos. “Coloco Cristovam Buarque na lista de lideranças nacionais, no
mesmo patamar de importância de Marina e Eduardo. Será um apoio importantíssimo
no ano que vem”, acrescenta o senador.
1.836.280
Total de eleitores do Distrito
Federal
Para saber mais
Prazos estabelecidos
Fique por dentro do calendário
eleitoral
26 de maio de 2014
A partir desta data, será
permitida a realização de propaganda intrapartidária, com vistas à indicação de
filiados. Nessa época, será vedado o uso de rádio, tevê e outdoor.
10 de junho
Serão liberadas as convenções
para que as siglas possam definir as coligações e candidatos, prazo que se
estenderá até 30 do mesmo mês. A partir dessa data, políticos escolhidos em
convenção ficam proibidos de apresentar programas de rádio ou tevê. Também
depois do fim de junho, partidos políticos e candidatos poderão pedir direito
de resposta em caso de calúnia ou difamação.
6 de junho
É aberta a temporada de
propaganda eleitoral. Depois dessa data, candidatos e políticos podem usar
alto-falantes ou carros de som, realizar comícios e veicular propaganda na
internet.
19 de agosto
Começa a propaganda eleitoral
gratuita no rádio e na televisão.
5 de outubro
Fonte: Helena Mader - Correio
Braziliense - 04/11/2013
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