segunda-feira, 17 de março de 2014

Justiça: INSS nega pensão à mãe de jovem morto em Águas Claras


A mãe de Leonardo Monteiro e a namorada do rapaz, Rose Fidelis, na missa de sétimo dia dele: viúva há 13 anos, Ana Cleide vive de pequenos bicos como esteticista.

Ana Cleide Almeida vai recorrer à Defensoria Pública para tentar reverter a decisão do Instituto Nacional do Seguro Social de negar a pensão pela morte do filho, assassinado em frente de casa. Órgão alega que ela não conseguiu comprovar a dependência econômica. ...

Na noite de 29 de janeiro, o drama de Ana Cleide Almeida, 55 anos, tornou-se a dor de uma cidade. O filho dela foi assassinado quando chegava em casa, em Águas Claras, durante uma tentativa de assalto (leia Memória). Ela vive o luto pela perda de Leonardo Almeida Monteiro e, diariamente, tem de aprender a seguir a vida sem ele. Em meio ao sofrimento, a mulher precisa encontrar forças para resolver questões burocráticas, como o pedido de pensão por morte no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), negado no início do mês. “Como se não bastasse o que me foi tirado, o meu maior bem, recebo uma resposta dessas. Ele era o meu único filho e tinha muita capacidade para trabalhar e continuar me ajudando. É um absurdo”, reclama.

Viúva há 13 anos, Ana Cleide vive de pequenos bicos como esteticista. O filho, que trabalhava em uma boate de Taguatinga e aguardava ser convocado para assumir cargo na Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb), contribuía com as despesas do apartamento onde os dois moravam, em Águas Claras. Como Leonardo não era casado e não tinha filhos, a mãe, como prevê a legislação, pode pedir o benefício. Ela providenciou os documentos solicitados para abrir o processo no INSS, mas a solicitação acabou indeferida. “Deveria ser natural, sem ter de provar nada. É um desgaste emocional tão grande, como se ele tivesse pedido para morrer”, lamenta.

Chefe de Benefícios do INSS no Distrito Federal, Paulo César Carvalho Fernandes explica que a negativa aconteceu porque a mãe de Leonardo não conseguiu demonstrar a dependência econômica do filho. “A concessão de qualquer tipo de benefício segue determinações legais e, nesse caso, a mãe deveria apresentar alguns documentos para garantir o direito, o que não aconteceu”, esclarece. A comprovação material pode ser feita de várias formas, sendo a declaração do Imposto de Renda a mais comum.

De acordo com Ana Cleide, o filho trabalhava com a Carteira de Trabalho assinada desde os 22 anos, mas, como ganhava pouco, não era obrigado a prestar contas à Receita Federal. Agora, a esteticista pretende recorrer da decisão. “Ela pode apresentar outra documentação e pedir a reavaliação do processo. Precisa demonstrar que o rapaz colaborava”, confirma Paulo César Carvalho Fernandes. Como não conseguiu os papéis exigidos para a nova análise, na tarde de ontem, a mãe do jovem procurou a Defensoria Pública. Agora, pretende buscar na Justiça o direito de receber a pensão.

No caso de cônjuges, companheiros (inclusive homossexuais) e filhos menores de 18 anos ou inválidos, não há necessidade de comprovar a dependência. Mas para pai, mãe e irmãos abaixo de 21 anos, a norma é mais rígida. “O INSS segue à risca a legislação e adota uma posição mais restritiva. Tudo o que depende de interpretação é negado. Só que, às vezes, isso acaba gerando algumas injustiças”, explica a advogada Thaís Maria Riedel de Resende Zuba, presidente da Comissão de Seguridade Social da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no DF.

Interpretação

Hoje, o INSS paga 349.182 benefícios no Distrito Federal. Do total, 79.444 são pensões, o que representa R$ 84.036.214, 27 mensalmente. A chance de Ana Cleide conseguir reverter a decisão na Justiça é alta, já que, nos tribunais brasileiros, outras provas, inclusive testemunhais, são aceitas para configurar a relação de dependência. Thaís Maria explica que o Judiciário tem uma visão mais ampla do tema e flexibiliza a interpretação das normas. “Vou entrar, inclusive, com um pedido de indenização. Há uma grande inversão de valores no nosso país. Quem mata alguém é preso e consegue pensão para os filhos”, desabafa a mãe de Leonardo.

O benefício citado por Ana Cleide, o auxílio-reclusão, é concedido aos dependentes de trabalhadores segurados pelo INSS que estejam detidos em regime aberto ou semiaberto. Atualmente, no DF, 940 famílias recebem o benefício, no valor total de R$ 735.990, 35. A cada três meses, a família do detento têm de apresentar um documento que atesta a permanência dele no sistema prisional. Dependentes de adolescentes de 16 a 18 anos internados em centros de atendimento juvenil também têm direito à pensão.

Memória

Covardia na porta de casa

Em 29 de janeiro, o administrador de empresas Leonardo Almeida Monteiro, 29 anos, foi assassinado com um tiro no pescoço em frente ao prédio onde morava, na Rua 34, em Águas Claras (foto). O crime aconteceu por volta das 22h30. O jovem havia acabado de estacionar a Saveiro branca e caminhava em direção à portaria carregando uma mochila preta com roupas e objetos pessoais, quando sofreu a abordagem. Segundo testemunhas, um dos bandidos atirou no momento em que ele correu em direção ao edifício.

Os dois adolescentes que mataram Leonardo, de 16 e 17 anos, debocharam do crime. Segundo agentes da Polícia Civil, no momento da apreensão, a dupla fez os seguintes comentários: “Ele (Leonardo) reagiu e foi segurar a minha arma. Fui lá matar e atirar mesmo”. Outra frase demonstra o desprezo: “Essas internações para a gente não são nada. É mole”. Ambos os suspeitos estão internados provisoriamente e responderão por ato infracional análogo a latrocínio.

Carta

Na última segunda-feira, Ana Cleide Almeida escreveu uma carta ao Mães Amigas Águas Claras e Região, grupo de mulheres formado na internet para compartilhar dúvidas e dicas sobre maternidade. Confira trechos do texto:

“Queridas Mães Amigas de Águas Claras e Região, conheci vocês no momento mais difícil da minha vida. Tenho certeza de que não haverá outro pior. Jamais tive um acolhimento tão especial por parte de pessoas que eu não conhecia. Mães e filhos tentando amenizar a minha dor. Que conforto, o coração aqueceu ao ser consolado.

Fiquei grávida aos 25 anos. Tive uma gravidez livre de qualquer mal, adorava sorvetes… Preparei-me dia a dia para receber o meu bebê, como qualquer mãe que quer criar e formar um ser especial, respeitoso, querido, determinado. Assim, sonhei, e assim, foi.

Recebi a noticia da minha gravidez em janeiro, momento nunca esquecido. O meu filho nasceu na estação do ano que eu mais gosto, a primavera, em 3 de outubro de 1984, terça-feira, às 18h05. A partir desse dia, tive o privilégio de não sentir mais sono nem cansaço nem medo no sentido de protegê-lo. Assim, se foram os 29 anos da vida do meu amado filho. Estava sempre pronta para oferecer um almoço quentinho, um lanche a qualquer hora, uma roupa cheirosa, receber uma ligação, mesmo que na madrugada, para dizer onde estava. Ele sabia que eu não dormia enquanto não chegava em casa. Quando chegava, imediatamente, eu dormia tranquila, como se a insegurança não tivessem me atormentado todo o tempo.

Leonardo teve consciência de direitos e deveres desde criança. Sabia aproveitar a vida intensamente todos os dias da sua vida. Houve minhas cobranças, mas com cuidados sempre de lembrá-lo: ‘Eu amo você, meu filho’. A nossa relação era de respeito e de cuidados, um para o outro.

Adorava esporte, especialmente jogar basquete. Jogava desde os 10 anos. No futebol, tinha opinião própria na escolha do seu time do coração. O pai era palmeirense; o padrinho, corinthiano; e ele, são-paulino.

Com dificuldade de tempo para estudar e financeira, formou-se em administração de empresas. Eu sonhava com ele administrando uma pequena empresa para mim. Ficaram as pesquisas para projetos de um centro de estética.

Hoje, muitos conhecem o fim da nossa história. Eu, tios, primos, padrinhos, amigos e a namorada tentamos entender o que teremos como ensinamento depois que se perde alguém que amamos de uma forma tão bárbara.

Em nenhum momento, questiono Deus. Questiono, sim, as autoridades. Quando não existe a família, e o Estado assume os abandonados, temos assassinos cruéis nas ruas, drogados deitados em delírios nas calçadas, ladrões ameaçando as pessoas que trabalham para construir e sustentar suas famílias. ‘És mãe gentil?’

Perdi a essência da minha vida, mas sinto também a necessidade de reconquistá-la pelo meu filho, que tinha o sorriso mais lindo que uma mãe pode receber e por toda família, em especial os meus amados sobrinhos.

Amor eterno."
Fonte: THAÍS CIEGLINSKI - Correio Braziliense - 17/03/2014 - - 07:04:14

Mané Garrincha: Estádio teve superfaturamento de R$ 431 mi


O relatório mais recente da auditoria permanente das obras do Estádio Nacional Mané Garrincha, de Brasília, a ser divulgado nesta segunda-feira, aponta um “superfaturamento” de mais de R$ 431 milhões, de um total de gastos de R$ 1,4 bilhão. o Tribunal de Contas só não explica como isso pode ter ocorrido sem que sua “auditoria permanente” tivesse detectado. O editais e licitações para compras e a própria a obra do estádio foram submetidos previamente ao TCDF. ...

Um exemplo de superfaturamento, segundo auditoria do Tribunal de Contas, seria o preço cobrado do Governo do Distrito Federal para transportar os materiais pré-moldados no canteiro de obras do estádio. A fábrica dessas peças fica a 1,5 km do estádio, mas o custo do transporte foi calculado como se tivessem sido transportados de Goiânia, a 240 km. O governo pagou no transporte do material R$ 592 por metro cúbico, para os auditores do Tribunal de Contas do Distrito Federal o valor não deveria passar de R$ 3,70. Neste caso, o prejuízo estimado foi de R$ 879 mil.

O governo do Distrito Federal negou irregularidades nas obras do Estádio Nacional, diz que é transparente e apoia o trabalho de fiscalização do Tribunal de Contas. O governo pediu a prorrogação, por 90 dias, do prazo para apresentar suas justificativas.Informações Diário do Poder.
Fonte: Portal Guardian - 17/03/2014 - - 02:12:57

sexta-feira, 14 de março de 2014

Custo de energia: Em cerimônia com Dilma, tucano faz critica


Governador do Tocantins não se intimidou com Dilma


O governador de Tocantins, José Wilson Siqueira Campos (PSDB), fez um discurso de críticas e cobranças ao governo federal durante a cerimônia de entrega de unidades do programa “Minha Casa, Minha Vida”, que contou com a presença da presidente Dilma Rousseff. O tucano criticou as consequências do atual cenário elétrico nacional para os usuários do Estado. Segundo ele, os consumidores tocantinenses vão ter que arcar com os custos da necessidade de acionar as usinas termoelétricas sem precisar utilizar este tipo de energia. ...

Siqueira Campos afirmou que o Estado utiliza apenas 12% da capacidade hidrelétrica instalada e repassa “praticamente de graça, sem quase receber ICMS”, o total restante para ser consumido principalmente pelo Sudeste. “Pagar o preço (do acionamento) das usinas termoelétricas sem as usar é uma injustiça com o povo de Tocantins”, disse.

O tucano afirmou ainda que mesmo com a abundância da oferta local de energia elétrica, os moradores de Tocantins pagam uma das maiores tarifas elétricas do País. Ele pediu à presidente que solicite à Eletrobras que “conclua as burocracias” para o avanço do programa “Luz para Todos” no Estado. Campos disse que a quinta tranche, que contempla mais 12 mil ligações, depende de uma autorização da estatal do setor elétrico.

Por fim, Siqueira Campos cobrou a conclusão das obras da ferrovia Norte-Sul entre Palmas e São Luís, no Maranhão. “É necessário que o modal ferroviário entre efetivamente em operação, transportando não somente cargas, mas também passageiros”, afirmou. AE
Fonte: Portal Diário do Poder - 14/03/2014 - - 18:48:41

Urbanismo: Conplan aprova artigo do PPCub que permite construção da 901 Norte


De acordo com o texto aprovado, a 901 Norte vai passar a ter os mesmos parâmetros das outras quadras 900, até que uma legislação específica seja encaminhada para a Câmara Legislativa


A nova área terá a mesma definição das características de outras quadras 900 da Asa Norte

Em votação realizada nesta sexta-feira (14/3), os membros do Conselho de Planejamento Territorial e Urbano do Distrito Federal (Conplan) aprovaram o artigo que estabelece os parâmetros para a construção da quadra 901 Norte, que atualmente não possui definição. Com o novo texto, a nova área terá a mesma definição das características de outras quadras 900 da Asa Norte. ...

Segundo a Secretaria de Habitação (Sedhab), a área não será elaborada até que seja criado um projeto de lei complementar em acordo com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e encaminhado para a Câmara Legislativa. Os parâmetros urbanísticos serão definidos de acordo com o Setor de Grandes Áreas (SGA), que estabelece as quadras 900, e essa regra vai valer até que a proposição seja elaborada.

O artigo foi destacado para ser debatido a parte nesta sexta, após a leitura e votação de todos os 247 artigos que compõem o Projeto de Lei Complementar 078/2013, que define Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília (PPCub), realizada na última quinta-feira (13/3). 

Em entrevista ao Correio Braziliense em novembro do ano passado, o governador assegurou que o local teria uma destinação diferenciada. "A 901 Norte não será residencial, não terá hotel ou prédios de escritório. Será uma área de projeto futuro para uso do povo", disse Agnelo Queiroz à época.

Esplanada e Pilotis

Além das regras para construção na quadra 901 Norte, os conselheiros também aprovaram a possibilidade de garagem subterrânea no gramado central da Esplanada dos Ministérios. Essa possibilidade havia sido vetado pelo grupo de técnicos e especialistas, formado pela Câmara Legislativa para revisar o PPCub. O grupo de trabalho continha integrantes do Instituto Histórico e Geográfico do Distrito Federal (IHGDF), do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), da Sedhab, do IAB-DF e da UnB. Mas na manhã de ontem, os técnicos deixam a votação por não concordarem com a metodologia de análise do PPCub.

O grupo de trabalho também definiu na manhã de hoje, a ampliação da taxa de ocupação dos pilotis para 40%, o que no texto anterior estava previsto em 30%. Cerca de 50 pontos destacados para análise e votação continuam em avaliação pelo Conplan.
Fonte: ARTHUR PAGNINI - Correio Braziliense e DIANE LOUREÇO - Correioweb - 14/03/2014 - - 15:11:32

Educação: Sem cadeiras, alunos precisam assistir aulas sentados no chão



Estudantes são obrigados a revesar as cadeiras disponíveis na escola

Reprodução / TV Record Brasília

Alunos fizeram dança das cadeiras para protestar contra falta de estrutura na escola pública do Paranoá

No Centro de Ensino Médio 01 do Paranoá (DF) alguns alunos são obrigados a acompanhar as aulas sentados no chão. O problema é que faltam cadeiras no colégio.  ...

Para protestar contra a situação, os estudantes organizaram uma dança das cadeiras. A manifestação foi realizada no pátio da escola e durou mais de 40 minutos.  

Os alunos reclamam que, desde o início do ano letivo, eles precisam fazer um revezamento para ver quem vai assistir às aulas sentado.  

É muito perrengue! Goteiras e motorista dormindo são flagras em ônibus do DF

Segundo os estudantes, cada turma tem aproximadamente 40 estudantes. Todos os dias, quatro ou cinco jovens por sala ficam sem cadeiras pra estudar. Para garantir cadeiras, os alunos precisam madrugar na escola, já que quem não consegue acaba no chão.  

A Secretaria de Educação informou que 55 cadeiras foram pedidas à Regional de Ensino do Paranoá e que nesta quinta-feira (13) elas foram entregues à escola.
Fonte: Portal R7, com TV Record Brasília - 14/03/2014 - - 17:40:49 / blog do Sombra.

Papuda: Visitas de políticos a presos não foram registradas


O Sistema Penitenciário do Distrito Federal não registrou as visitas de políticos aos presos do mensalão, em Brasília, em relatórios enviados à Justiça aos quais a Folha teve acesso

Nos últimos meses, diversos parlamentares –e até o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz– admitiram que estiveram no Complexo Penitenciário da Papuda, onde estão os condenados. ...

Nas semanas após as prisões, caravanas de deputados e políticos do PT e aliados entraram e saíram da penitenciária em horários diferentes do determinado para visitações aos demais presos.

O juiz da Vara de Execuções Penais, Bruno Ribeiro, havia determinado há mais de duas semanas que a Secretaria de Segurança Pública do DF enviasse, em até 48 horas, um relatório de todas as pessoas que visitaram os presos do mensalão, "especificando dia, hora e o respectivo registro administrativo" não importando se são autoridades públicas ou políticas.

No entanto, o relatório, enviado em 7 de março, apresenta apenas os nomes de familiares e amigos que foram à Papuda. Os registros de alguns presos do mensalão mostram visitas em novembro, mas no caso do ex-ministro José Dirceu e do ex-tesoureiro Delúbio Soares, por exemplo, o documento registra a primeira visita apenas em dezembro. Eles estão presos desde 15 de novembro.

O juiz também determinou que a Secretaria de Segurança do DF explicasse se houve a edição de um ato normativo regulamentando a visitação especial, o que seria uma "afronta" às determinações judiciais.

Em resposta, a secretaria confirmou que as regras foram alteradas em janeiro para garantir o acesso de visitantes a "presos vulneráveis". A iniciativa teria partido de um caso que não está vinculado aos presos do mensalão: um pai que queria visitar o filho mas, por ter sido agente penitenciário, pedia para encontrá-lo em local afastado dos demais detentos.

VISITAS FORA DE HORA

De acordo com as regras do sistema penitenciário, as visitas aos presos só podem acontecer às quartas e às quintas-feiras. No entanto, o ex-ministro José Dirceu (PT) recebeu, oficialmente, duas visitas fora do dia normal em dezembro do ano passado.

Em 5 de dezembro, a Justiça editou uma norma proibindo as visitas especiais aos presos do mensalão e determinou que eles seguissem as mesmas regras aplicadas a todos os outros detentos.

Ainda assim, em 06 de dezembro, uma sexta-feira, a namorada de Dirceu esteve na Papuda às 14h. Na semana seguinte, uma das filhas do petista também foi à prisão visitá-lo em 10 de dezembro, uma terça-feira. A informação foi revelada hoje pelo jornal "Correio Braziliense".

O operador do mensalão, Marcos Valério, preso em regime fechado na Papuda, também recebeu uma visita fora do dia normal. Em 17 de dezembro, uma terça-feira, ele encontrou com sua namorada na hora do almoço.

A Folha não conseguiu contato com a Secretaria de Segurança na noite desta quinta-feira (13). 
Fonte: MATHEUS LEITÃO e MARIANA HAUBERT - Portal UOL - 14/03/2014 - - 15:36:30

PMDF: Comandantes não atendem a convocação. Buriti sabe quem culpar


A decisão está tomada: o Buriti não deixará que os comandantes da Polícia Militar, Anderson Carlos de Castro Moura, Júlio César dos Santos, e do Corpo de Bombeiros Militares compareçam à Câmara Legislativa, atendendo a convocação da Comissão de Segurança. Os governistas alegarão que a convocação não está amparada no regimento. Entre outras falhas, ao chamar os dois comandantes para comparecer hoje, a comissão desrespeitou o prazo regimental mínimo de 30 dias entre a convocação e o depoimento. ...

A responsabilidade pela convocação, considerada agressiva e indevida pelo Buriti, é atribuída — só para variar — ao deputado Patrício. A proposta foi assumida por Liliane Roriz, ela sim uma oposicionista assumida, e contou com a simpatia do novo presidente da comissão, Paulo Roriz, também em rota de colisão com o governo.
Fonte: Coluna Do alto da torre - 13/03/2014 - - 17:36:44

PMDF: Posto é incendiado em Santa Maria; polícia investiga


O incêndio ocorreu por volta das 3h15 na QR 302/202


O posto ficou destruído após o incêndio. Um posto comunitário de segurança da Polícia Militar foi incendiado na madrugada desta sexta-feira (14/3), em Santa Maria. O incêndio ocorreu por volta das 3h15 na QR 302/202. ...

De acordo com o Corpo de Bombeiros, ninguém ficou ferido. Ainda não se sabe as causas do incêndio. A perícia será feita nesta manhã.
As chamas foram controladas pelo Corpo de Bombeiros.

Memória
Outros dois casos foram registrados em menos de um mês. Um posto da Polícia Militar no Itapoã pegou fogo na madrugada do dia 3 de março e teve perda total. O incêndio ocorreu na Quadra 2, próximo à garagem da empresa Viva Brasília, por volta das 3h.

O posto comunitário de segurança da Polícia Militar pegou fogo no dia 25 de feverero próximo ao Condomínio Mestre D'armas, em Planaltina. O lugar ficou totalmente destruído, mas ninguém se feriu. Houve apenas danos materiais, segundo o Corpo de Bombeiros. Apesar dos bombeiros não saberem o que provocou o incidente, a Polícia Militar acredita que a ação tenha sido proposital.
Fonte: Correio Braziliense - 14/03/2014 - - 09:52:13


Agnelo Queiroz: Roriz é passado


Petistas avaliam que a chapa definida com Arruda representa uma política superada no Distrito Federal. Especialistas avaliam, no entanto, que o ex-governador tem potencial para transferir votos à filha

Joaquim Roriz: de acordo com advogado do ex-governador, a decisão dele de não disputar as eleições é mais por questões pessoais do que jurídicas.

Adversários da chapa formada esta semana com a aliança entre Joaquim Roriz (PRTB) e José Roberto Arruda (PR), petistas criticaram a união dos dois ex-governadores. Em cerimônia no Palácio do Planalto, o governador Agnelo Queiroz (PT) disse que Arruda e Roriz, representado pela filha, a deputada distrital Liliane Roriz (PRTB) “fazem parte do passado de Brasília” e “significam página virada para o Distrito Federal”. “A população não cairá nessa novamente”, afirmou. ...

O deputado Chico Vigilante (PT) minimizou o suposto poder de transferência de votos de Roriz. “No Brasil, só dois políticos conseguiram passar seu eleitorado para um escolhido. Ocorreu com Leonel Brizola (PDT), que transferiu para Lula em 1989 na eleição presidencial, e o próprio Lula, que ajudou a eleger a presidente Dilma Rousseff”, avalia Vigilante. Para ele, a performance de dona Weslian Roriz (PSC), neófita na política que entrou na campanha em substituição ao marido, Joaquim Roriz, e levou a eleição para o segundo turno em 2010, tem uma explicação em parte da rejeição do PT. “No DF, o PT tem 30% de rejeição do eleitorado. Esses votos sempre serão distribuídos entre candidatos da oposição”, analisa.

O lançamento da chapa composta por Arruda e Liliane para o governo pode representar o fim da carreira de Joaquim Roriz. Ele abriu mão de entrar na disputa e indicou a filha caçula. Em 2018, Roriz terá 81 anos e continuará inelegível pela Lei da Ficha Limpa. Especialistas acreditam que o ex-governador terá influência na política brasiliense, ainda que não se candidate.

Em 2013, Roriz anunciou que disputaria ao governo. Fez aliança com Arruda, sob o pretexto de que o mais bem colocado nas pesquisas apoiaria o outro na cabeça de chapa. Mas rapidamente surgiram especulações de que o ex-governador estava apenas se cacifando para depois indicar um sucessor. O nome da deputada distrital Liliane Roriz, que está no fim do primeiro mandato, surgiu como opção. 

A aliança foi formalizada na última quarta-feira, depois de uma longa reunião na casa de Roriz, no Park Way. Escolhido cabeça de chapa, Arruda pode enfrentar dificuldades até a eleição. Ele tem três condenações em primeira instância por improbidade administrativa e, caso haja uma confirmação em segunda instância até o pleito, ele ficará inelegível. Nesse caso, o grupo precisará fazer novos acertos.

Liliane Roriz virou a herdeira política do pai depois que a irmã, Jaqueline, se desgastou. A deputada federal, eleita pelo PMN, era a escolhida no clã, mas ela ficou sem condições de concorrer à chapa majoritária após vir  à tona a imagem em que aparece recebendo dinheiro de Durval Barbosa. A parlamentar foi condenada em primeira instância por improbidade administrativa em decorrência do episódio. A Justiça considerou que Jaqueline recebeu dinheiro de Durval a pedido de Arruda, também condenado na mesma ação.

Motivos

Advogado de Roriz, Eládio Carneiro participou do encontro decisivo e afirma que Roriz desistiu da disputa por questões pessoais, e não por temores jurídicos. “Ele tem preservados os direitos políticos. Era elegível em 2010 e continua elegível hoje. A decisão dele foi mais do ponto de vista pessoal”, comenta Eládio. “Ele achava importante manter o grupo político unido e coeso para derrotar o governo atual e, por isso, tomou essa decisão. Poderia haver questionamentos, é claro, mas não foi o fator preponderante”, acrescenta.

Sobre a possibilidade de Roriz não voltar a se candidatar, Eládio diz que a idade não é um impedimento. “Siqueira Campos tem 85 anos e vai ser candidato em Tocantins. Temos ainda o exemplo do senador José Sarney. Então, o fato de que ele terá 81 anos em 2018 não é, por si só, um impedimento para que volte a concorrer novamente. E de qualquer forma, o rorizismo continua forte e vivo. A candidatura da Dona Weslian em 2010 é a grande prova disso”, ressaltou. 

Saúde frágil

Apesar de o advogado do ex-governador sustentar que os direitos políticos de Roriz estão garantidos, a certeza de enfrentar o Ministério Público Eleitoral com a impugnação da candidatura foi um dos motivos para o recuo. Outra razão que explica a decisão de apoiar Liliane este ano é a fragilidade da saúde do ex-governador. Ele sofre de falência renal e tem que se submeter diariamente a sessões de hemodiálise. Mesmo não se candidatando, a tendência é que Roriz não faça o transplante renal este ano, já que a família estará mobilizada em torno da campanha e os médicos garantiram que o quadro é estável. 

O cientista político João Paulo Peixoto, da Universidade de Brasília (UnB), acredita que a influência de Joaquim Roriz continuará forte, mesmo com o ex-governador longe das disputas eleitorais. “Ele tem um patrimônio político considerável e vai disponibilizar isso para os sucessores. A política brasiliense, há muito tempo, está dividida entre o PT e os seguidores do Roriz. O rorizismo virou uma tradição, uma legenda política, que continuará a ter impacto no cenário do DF”, comenta o especialista. Mas ele acredita que a tendência é a força do cacique decrescer, à medida em que surgirem novas lideranças. “Se daqui a quatro anos, essa influência ainda será grande, só o tempo dirá”, comenta.

O professor de ciência política da UnB David Fleischer também acredita que o rorizismo continuará forte, mas não por muito tempo. “Quem está com o poder nas mãos tem mais possibilidade de distribuir benesses à população, aumentando a influência e neutralizando a influência do rorizismo. Mas esse poder ainda é forte. O Roriz criou cidades inteiras, como Samambaia, e distribuiu muitos lotes nas quatro vezes em que foi governador”, justifica o especialista. 

Denúncia

Empossado senador em 2007, Roriz renunciou sete meses depois para escapar de um processo de cassação. Ele foi flagrado em investigação do Ministério Público em um diálogo telefônico com o então presidente do Banco de Brasília (BRB), Tarcísio Franklim de Moura. O assunto era o desconto de um cheque de R$ 2,2 milhões, em nome do empresário Nenê Constantino. Roriz sustentou que a conversa era um negócio privado, envolvendo um empréstimo que havia pedido a Constantino para comprar o embrião de uma bezerra. Em 2011, o Ministério Público denunciou Roriz como chefe de um suposto esquema de corrupção.

Análise da notícia - O tempo da política

Ana Maria Campos

O ex-governador Joaquim Roriz não é de tomar decisões políticas importantes antecipadamente. Sempre espera o último minuto do segundo tempo para anunciar seu caminho. O suspense é sua arma. Desta vez, no entanto, ele adotou estratégia diferente. Pressionado pelo ex-governador José Roberto Arruda (PR), Roriz fechou o acordo para as próximas eleições, três meses antes do registro das candidaturas. Para Arruda e Roriz, era fundamental marcar uma posição neste momento em que antigos aliados, como PSDB e DEM, começam a construir uma chapa alternativa. 

Os dois caciques precisam construir uma via de oposição ao governador Agnelo Queiroz (PT), buscando também parceiros em partidos que orbitam em torno do Palácio do Buriti, como o PP, que tem o ex-vice-governador Paulo Octávio, e o PEN, do distrital Alírio Neto. 

Se conseguir firmar a candidatura ao GDF e não ficar inelegível, Arruda precisará de tempo de televisão na campanha. Sabe que será bombardeado por adversários com a imagem em que aparece recebendo dinheiro de Durval Barbosa e com as lembranças da crise que derrubou seu governo em 2010: a prisão, as denúncias da Caixa de Pandora, a cassação pela Justiça Eleitoral. Para neutralizar esse desgate, Arruda terá de se defender. Estratégias têm sido montadas com marqueteiros e advogados. 
Fonte: HELENA MADER - ANA MARIA CAMPOS - Correio Braziliense - 14/03/2014 - - 08:08:42

quinta-feira, 13 de março de 2014

AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA TRATAR DA PARTICIPAÇÃO DAS MULHERES NO MERCADO DE TRABALHO EM SÃO SEBASTIÃO DESTACA COMPROMISSO COM A FAMÍLIA DO CASAL AGACIEL E SANZIA MAIA



Em noite de muita vibração e motivação, o casal Sanzia e Agaciel Maia presidiu Audiência Pública, que tratou da participação das mulheres no mercado de trabalho, no salão comunitário da Escola São José, no Bairro São José, na aprazível cidade de São Sebastião. Com o salão dominado pelo público feminino, a presidente do PTC Mulher, Sanzia Maia destacou que só a união das mulheres proporcionará avanços reais. “Nos períodos eleitorais, as mulheres são insistentemente procuradas pelos políticos. Após o pleito, são tratadas como leprosas, não podendo, sequer, adentrar os gabinetes.”, destacou a Sanzia Maia, que se prontificou a atuar como “advogada das mulheres”. A plateia se inflamou com o discurso. Ela destacou que é preciso reduzir a diferença salarial das mulheres em relação aos homens. “Somos fortes, quando somos unidas. “ acrescentou Sanzia Maia.