quinta-feira, 13 de março de 2014

PSDB-DF: Racha de vez o ninho. Até nova intervenção é cogitada


Corrida contra o relógio. Sob fogo cerrado


Rachou de vez o PSDB do Distrito Federal. A reunião da executiva regional convocada pelo presidente Eduardo Jorge (foto) acabou em confronto. Sua maioria, 11 dos 14 integrantes, reafirmou sua posição contrária à condução do processo de indicação do candidato ao Buriti. Os rebeldes conseguiram o que queriam. A reunião transformou-se em uma espécie de referendo sobre o nome que surge como favorito para a indicação, o deputado federal Luiz Pitiman. ...

Sob fogo cerrado

Foi dito a Eduardo Jorge – contou o ex-presidente regional Márcio Machado, ele próprio candidato à indicação tucana – que Pitiman não agrega. “Ele não tem história no partido, nem na cidade”, assegurou Márcio Machado.

 Até nova intervenção é cogitada

Eduardo Jorge não gostou nada, mas nadinha mesmo, dessa resistência. Falou até em traição e em comportamento desleal dos integrantes da executiva. Na realidade, ele não precisa do apoio dos demais membros. O diretório está sob intervenção da executiva nacional tucana e, além disso, a palavra final sobre a escolha dos candidatos cabe à cúpula federal, sob controle do senador Aécio Neves, aliado de Eduardo Jorge. Se necessário, disse o presidente, a direção nacional faria até uma nova intervenção, substituindo os integrantes da executiva.

 Quem fica com a maioria

De seu lado, ponderou Márcio Machado, não é apenas a maioria dos membros da executiva que reagem à indicação de Pitiman. Juntos, calculou, eles representam 75% do PSDB brasiliense. Uma nova intervenção representaria apenas um desgaste para a direção e para o próprio Aécio Neves.

 Corrida contra o relógio

Um problema adicional é que se corre contra o relógio. Resolução da executiva nacional determina que os diretórios se manifestem até o dia 31 de março, indicando seu candidato – ou candidatos – a governador. A última  palavra cabe mesmo à direção nacional, leia-se Aécio Neves. Essa última palavra representa na prática, como sabe muito bem o presidente Eduardo Jorge, um juízo a respeito do que é mais positivo para a candidatura presidencial de Aécio Neves. É essa também a missão de Eduardo Jorge no plano do Distrito Federal.

 Vínculos com Arruda

O PSDB brasiliense, inclusive os candidatos a governador Márcio Machado e Izalci Lucas, tem fortes vínculos com o ex-governador José Roberto Arruda, cotado para disputar o Buriti pelo PR. Quando governador, Arruda mantinha também muita proximidade com Aécio.
Fonte: Coluna Alto da Torre - 13/03/2014 - - 09:12:29

Brasília está entre as cinco cidades que mais contrataram em 2013

O mercado de trabalho do Distrito Federal está em constante desenvolvimento. O Ministério do Trabalho, através do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – CAGED – comprovou essa informação com o ranking anual de empregos gerados em diversas cidades brasileiras.

A Secretaria de Estado de Trabalho do Distrito Federal observou que Brasília está entre as cinco cidades que mais contrataram no ano de 2013. Segundo o ranking, em Brasília foram criados mais de 19 mil novos postos formais de trabalho no ano passado. Em dados gerais de todo o país, as contratações formais superaram em mais de 1,1 milhão o número de demissões registradas.

Para o secretário de Trabalho do Distrito Federal, Bispo Renato Andrade, 2013 foi um ano recorde para o trabalhador do DF. “A Secretaria de Trabalho não tem medido esforços para executar as políticas públicas de emprego e renda, e esse balanço anual mostra o quão é importante acreditar no serviço público. Os esforços de todos estão surtindo efeito”, declarou o secretário.

2013: ano recorde

Em 2013, pela primeira vez na história, a Secretaria de Trabalho bateu o recorde, ultrapassando a meta do Ministério do Trabalho que era de 13 mil inseridos no mercado de trabalho. Essa meta, que foi estipulada para ser cumprida anualmente, foi ultrapassada no mês de outubro, ou seja, um ano recorde para o trabalhador do DF. “Mas não foi só isso: a Secretaria também conquistou a meta do próprio GDF, de 15 mil inseridos”, comemorou o secretário.

Demissões

Os dados do CAGED enfocaram ainda que Brasília está fora do ranking das 150 cidades que mais demitiram em 2013.

fonte: Ascom Sec. Trabalho

Eleições 2014: Arruda será candidato com apoio de Roriz

“Meu nome foi colocado pelo partido, o que me deixa muito honrada. Vários políticos, certamente, gostariam de compor essa chapa tão forte, representada pelas duas maiores lideranças da cidade. O grupo está unido em torno dessa pré-candidatura, e a consolidação ocorrerá em junho, durante as convenções partidárias

Liliane e o presidente regional do PRTB, Luiz Estevão: após resistir, ela aceitou compor a chapa

Filiado ao PR, o ex-governador vai encabeçar a chapa majoritária, que terá a distrital Liliane Roriz como vice. A decisão foi tomada em reunião com aliados. Eles devem enfrentar outro grupo de oposição e a coligação liderada por Agnelo Queiroz. 
Arruda chega à reunião na casa de Roriz: no encontro, ele falou sobre o sonho de voltar ao governo

O ex-governador José Roberto Arruda (PR) tentará voltar ao Palácio do Buriti ao lado da deputada distrital Liliane Roriz (PRTB). A formação da chapa foi oficializada ontem à tarde, em uma reunião na casa de Joaquim Roriz, no Park Way. O senador Gim Argello (PTB-DF) completa a formação majoritária, como candidato à reeleição. O acordo era negociado desde o ano passado, mas a herdeira política do ex-governador Roriz resistia e cogitava disputar novamente à Câmara Legislativa. Os aliados dos dois caciques participaram do encontro e acompanharam a decisão.

Antes do anúncio, Arruda chegou a cogitar até mesmo que dona Weslian, mulher de Roriz, fosse a candidata a vice, caso Liliane continuasse com resistência à chapa. Mas a candidatura da deputada prevaleceu no fim. 

A deputada Jaqueline Roriz também participou das conversas: grupo evitou posar junto para fotos

Participaram também do encontro o presidente do PRTB no DF, Luiz Estevão, a deputada federal Jaqueline Roriz (PMN), o ex-senador Adelmir Santana (PR), o presidente do PR no DF, Salvador Bispo, além de Paulo Fona e  Valério Neves, assessores de Roriz. O grupo decidiu não posar para fotos ou fazer pronunciamentos oficiais. O ex-deputado federal Jofran Frejat, que em 2010 foi candidato a vice-governador na chapa de Joaquim Roriz, elogiou a decisão. “Esse foi o melhor caminho que poderíamos tomar. Não houve resistência de nenhuma parte, e a decisão foi tomada com muita serenidade”, comentou. ...

 O anúncio representa também a oficialização de que Joaquim Roriz não será mesmo candidato e pode significar ainda o encerramento da carreira política do ex-governador, que, na próxima eleição, terá 81 anos. Mesmo perdendo o papel de protagonista, Roriz continuará como importante articulador do cenário local e puxador de voto de seus aliados. Além dos problemas de saúde, como a insuficiência renal, pesou na decisão de Joaquim Roriz a baixa possibilidade de ele conseguir o registro da candidatura, já que foi enquadrado na Lei da Ficha Limpa por conta da renúncia ao Senado, em 2007. 

Com a definição da chapa, a oposição começa a se desenhar com mais exatidão. Arruda e Liliane devem enfrentar uma chapa que vai integrar PSDB, DEM e PPS e outros três candidatos de esquerda: o senador Rodrigo Rollemberg (PSB), o deputado federal Reguffe (PDT) e Antônio Carlos de Andrade, o Toninho do PSol. Eles vão tentar derrotar a coligação formada pelo governador Agnelo Queiroz (PT) e o vice-governador, Tadeu Filippelli (PMDB).

A reunião de ontem foi marcada por Joaquim Roriz. O ex-governador abriu o encontro anunciando que, finalmente, havia uma decisão sobre a aliança. Na sequência, falou o secretário-geral do PR no DF, Antônio Gomes. “Lembrei a todos que o mais importante era manter o grupo unido em qualquer contexto. Conseguimos isso com esse encontro”, comemorou.

O ex-governador José Roberto Arruda também discursou e falou sobre o sonho de voltar ao governo. Ele disse que acredita ter sido retirado à força do poder e revelou que, com a candidatura, pretende retomar o trabalho interrompido em 2009. Na época, ele foi cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) por infidelidade partidária, depois de deixar o DEM. Arruda disse ainda aos aliados que a meta agora é atrair outros partidos para o grupo, com o objetivo de fortalecer a aliança.

Orgulho
A deputada Liliane Roriz relatou aos presentes suas realizações durante o primeiro mandato na Câmara Legislativa e contou ainda estar orgulhosa em dar continuidade aos trabalhos do pai. “Meu nome foi colocado pelo partido, o que me deixa muito honrada. Vários políticos, certamente, gostariam de compor essa chapa tão forte, representada pelas duas maiores lideranças da cidade. O grupo está unido em torno dessa pré-candidatura, e a consolidação ocorrerá em junho, durante as convenções partidárias ", explicou. “A meta do nosso grupo é resgatar a cidade”, acrescentou a distrital. 

Prazo definido

O marco final para as legendas definirem seus candidatos e coligações para as eleições é 30 de junho de 2014. A decisão é oficializada durante as convenções partidárias, que devem ocorrer do dia 10 ao dia 30 do mesmo mês, período definido no artigo 8º da Lei das Eleições (nº 9.504/1997). Válido para todos os partidos políticos, o prazo garante a isonomia para as legendas.

Entre as regras a serem seguidas pelas legendas no processo de escolha de candidaturas e coligações, está a cota para o preenchimento de cargos, prevista na Lei n° 12.034/2009. A norma alterou a Lei dos Partidos Políticos e a Lei das Eleições ao estabelecer que “cada partido ou coligação preencherá o mínimo de 30% e o máximo de 70% para candidaturas de cada sexo”, tornando obrigatória a distribuição dos percentuais entre homens e mulheres. Essa participação mínima de candidatos de ambos os sexos na disputa é com base na Constituição Federal.

União esperada 

Os demais grupos políticos que se movimentam de olho nas eleições deste ano encararam com naturalidade a aproximação entre o clã Roriz com Arruda e o senador Gim Argello. “É a reunião do atraso com o oportunismo. O atraso que representaram as administrações de Roriz e Arruda e o oportunismo do senador Gim, que só procurou outro grupo por conta de suas pretensões eleitorais”, criticou o presidente regional do PT-DF, deputado federal Roberto Policarpo, dando o tom que deve prevalecer na campanha.

Já o senador Rodrigo Rollemberg (PSB), pré-candidato ao Palácio do Buriti, entende que os campos políticos se tornam bem mais definidos. “Não há muita novidade, pois a tendência desse grupo era mesmo se juntar. Há muita coisa a se consolidar ainda daqui para a frente, mas, pelo menos, o quadro fica mais consolidado. A população do Distrito Federal pode ver as coisas com mais clareza”, ressaltou.

O deputado federal Luiz Pitiman (PSDB), um dos nomes tucanos que têm se apresentado para candidato ao governo, entende que a união dos grupos é natural, mas ele a considera precipitada. “Entendo que a estratégia não foi a correta. Ao fecharem os três nomes da chapa, eles barram a possibilidade de qualquer partido de fora se juntar ao projeto. Isso é ruim para o fortalecimento das oposições ao governo Agnelo”, opinou.

Início das negociações 
A formação da chapa começou a se definir em janeiro, depois de uma reunião entre Arruda, Roriz e Gim com o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), na capital goiana. Além de discutir a situação política do Entorno, como alegaram oficialmente, eles debateram a necessidade de união dos dois caciques do DF. O político goiano conclamou os ex-governadores a se juntarem para combater a chapa PT-PMDB, que pode ser repetida também em Goiás. Liliane não participou do encontro e, a pessoas próximas, revelou resistência em fazer parte da chapa. Ela sonhava em construir o próprio caminho e, para isso, apostava na reeleição. Mas os entendimentos familiares e do partido levaram a distrital a aceitar a formação com Arruda. 

Gim, suplente que assumiu o Senado na vaga de Roriz em 2007, complementou o projeto. Mais do que uma ação isolada, a saída do senador petebista do grupo de Agnelo mexe com pretensões de gente do próprio PT. Gim era um dos nomes na disputa para indicação à vaga no Senado na chapa PT-PMDB. Com ele fora, o deputado federal Geraldo Magela e distrital Chico Leite passam a ter o ânimo renovado. Mas isso ainda pode passar pelo que definir o PDT, já que os petistas não descartaram conseguir atrair o partido do senador Cristovam Buarque, oferecendo a vaga para o deputado Reguffe. Outro que tem namorado o PDT é o PSB. (AM e HM)
Fonte: ALMIRO MARCOS e HELENA MADER - Correio Braziliense - 13/03/2014 - - 07:18:56


terça-feira, 11 de março de 2014

Roriz: A outra batalha até as eleições


Potencial candidato ao GDF, bem colocado em pesquisas, Roriz acredita que só será operado a partir de 2015

Com insuficiência renal, ex-governador está na fila de transplante de rim no sistema de saúde do Distrito Federal. Ele aguarda doador compatível para receber um órgão e dispensar as diálises diárias, enquanto articula candidatura ao Palácio do Buriti. ...

Um dos pré-candidatos mais bem colocados nas pesquisas de opinião realizadas no Distrito Federal, Joaquim Roriz enfrenta outra dura batalha além da corrida eleitoral. O ex-governador sofre de falência renal e está na fila de espera por um transplante de rim. O nome de Roriz faz parte da lista dos pacientes do Sistema Único de Saúde do DF que aguardam a cirurgia na capital federal. Apesar da saúde delicada, o cacique do PRTB não abre mão de participar das articulações políticas da oposição e promove com frequência reuniões em sua casa, no Park Way. A meta dos parentes e amigos agora é afastar rumores sobre o agravamento da saúde do ex-governador. O receio dos familiares é que os boatos sejam usados como munição eleitoral.

Aos 77 anos, Joaquim Roriz mantém uma vida reclusa desde as últimas eleições, quando teve de sair do páreo e colocar a mulher, Weslian, em seu lugar. A ex-primeira-dama ainda conseguiu levar a disputa para o segundo turno, mas acabou derrotada por Agnelo Queiroz. Diabético, Roriz se submete a sessões diárias de hemodiálise para filtrar o sangue, diante da deficiência dos rins. Além dos problemas de saúde, ele e dona Weslian têm um perfil mais caseiro e raramente o casal participa de eventos sociais. A última aparição pública do ex-governador ocorreu há quase um ano, durante uma missa em homenagem ao aniversário da filha Liliane Roriz.

Joaquim Roriz está na fila de espera por um rim desde meados do ano passado. A inscrição ocorreu primeiro no Hospital do Rim, em São Paulo. Os médicos e a família do ex-governador optaram por aguardar pela cirurgia depois que Roriz se submeteu com sucesso a uma operação de ponte de safena, no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Pouco depois, o nome saiu da lista do hospital paulista e passou para a relação dos doentes renais de Brasília. Como o rim retirado de um doador recém-falecido tem que ser transplantado com rapidez para o receptor, o ideal é que a cirurgia seja realizada na cidade de domicílio do paciente.

Doador

Nenhum familiar é compatível com Roriz e, portanto, a operação só poderá ser feita com o órgão de um doador cadáver. A deputada Liliane Roriz, também filiada ao PRTB, diz que o estado de saúde do pai é bom e que não houve novidades no quadro. Ela ficou irritada com boatos que circularam pela cidade na noite do último domingo dando conta de que o ex-governador estaria internado para fazer um transplante. “Meu pai está ótimo. Ele não saiu do jogo. Já conversamos com os médicos e não há pressa para fazer o transplante. A cirurgia não será feita este ano”, garante a distrital, apontada como herdeira política do ex-governador. O nome de Liliane foi articulado por Roriz para que a deputada fosse a vice na chapa de José Roberto Arruda (PR). Mas a deputada não descarta disputar o governo ela própria ou até mesmo a reeleição à Câmara Legislativa.

Mesmo com os problemas de saúde, Joaquim Roriz articula a oposição para as eleições. No início do ano, ele foi até Goiânia, ao lado do ex-governador José Roberto Arruda, para uma reunião política com o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB). A partir desse encontro, foi consolidada a parceria dos dois caciques do DF para a oposição a Agnelo Queiroz.

Roriz está filiado ao PRTB desde outubro, depois de meses de mistério sobre o destino político do ex-governador. Ele chegou a negociar a ida para o DEM, mas o nome foi recusado pelo diretório nacional do partido. O ex-governador optou então pelo partido comandado pelo empresário e ex-senador Luiz Estevão.

Os fatores da cirurgia

Ter mais de 65 anos já significou uma redução considerável nas chances de fazer um transplante de rim. Mas o aumento da expectativa de vida faz crescer também o número de pessoas com hipertensão e diabetes, duas das principais doenças que levam alguém a precisar de um novo rim. Assim, na Europa e nos Estados Unidos, tem sido cada vez mais comum o transplante em idosos. 

O risco da cirurgia nessa faixa etária, segundo especialistas, é maior por conta de possíveis problemas cardiológicos. Por isso, tal como aconteceu com Joaquim Roriz, é comum que esses pacientes passem por intervenções no coração antes do transplante, para reduzir o risco de infarto. “A idade em si não é mais uma contraindicação. Um dia já foi, mas esse entendimento mudou”, explica o presidente da Sociedade Brasiliense de Nefrologia, Fábio Ferraz. 

Idade também não influencia na posição do paciente na lista de espera por um órgão. A gravidade do estado de saúde e a compatibilidade com os doadores determinam quem receberá o rim captado. A indicação para cirurgia é dada àqueles cujos rins funcionam com menos de 15% da capacidade, quadro que já exige a realização de diálise para remoção de toxinas do sangue. Atualmente, um terço dos pacientes que passam pelo procedimento é idoso. No Brasil, pelo menos 100 mil pessoas precisam das máquinas para sobreviver. 

Cirurgia delicada

A lista de espera é separada por estados e administrada pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Geralmente, os pacientes renais cadastrados recebem rins captados em um doador cadáver. Como o transplante não é imediato, a integridade do órgão é afetada, o que resulta em um tempo menor de sobrevida ao implante, entre 8 e 10 anos. Além disso, nessa modalidade de transplante, a compatibilidade entre quem doa e quem recebe é menor. Dessa maneira, o paciente precisa tomar imunossupressores mais fortes — que inclusive aumentam o risco de diabetes e hipertensão, as mesmas doenças que atacam o rim — durante toda a vida. 

Quando o transplante acontece entre vivos, pelo fato de na maior parte dos casos as pessoas terem parentesco, as chances são maiores de que o tipo sanguíneo e o HLA (sigla em inglês para antígenos leucocitários humanos) serem semelhantes. “Além disso, a captação e o implante são imediatos, ou seja, o órgão é mais preservado”, completa Ferraz. O transplante de rim é uma cirurgia delicada, que, em média, dura de duas a quatro horas. Ao contrário do que acontece em outros transplantes, os rins doentes não são removidos. As artérias e veias são redirecionadas a uma região próxima à bexiga, onde o novo órgão é transplantado.
Fonte: HELENA MADER e ARIADNE SAKKIS - Correio Braziliense - 11/03/2014 - - 10:55:04

terça-feira, 4 de março de 2014

R$ 1,3 milhão é encontrado em carro no aeroporto de Goiânia e intriga PF


Veículo estava aberto e, dentro dele, além do dinheiro, estavam as chaves e até os documentos do carro em um envelope plástico

Um mistério envolvendo mais de 1,3 milhão, entre notas de dólares e de reais, intriga as polícias Militar e Federal em Goiás. O dinheiro foi encontrado nesta terça-feira, 4, no estacionamento do Aeroporto Santa Genoveva, em Goiânia, dentro de uma picape Strada vermelha, placa ONO 9860, estacionada no local desde a quinta-feira, 27, e que estaria registrada no nome de uma mulher. O carro estava com as portas destrancadas.

Além do dinheiro, as chaves e até os documentos do veículo estavam dentro de um envelope plástico dentro do veículo, indicando que tudo estava organizado para ser recolhido por alguém que chegasse ao aeroporto. A Polícia Militar foi avisada por um telefonema anônimo. A primeira suspeita era de que o dinheiro fosse fruto de arrombamento de caixas bancários, o que foi praticamente descartado após a conferência das notas, separadas em maços, alguns com os lacres de papel da Caixa Econômica Federal.

As provas foram encaminhadas para a Superintendência da PF em Goiás e a delegada de plantão, Marcela Rodrigues Siqueira, solicitou as imagens do circuito interno do estacionamento do aeroporto. Ela conferiu as notas, que são US$ 507 e R$ 95 mil, estimando em R$ 1.364 mil o valor total após a conversão dos dólares. Algumas notas estão marcadas, segundo apurou a PF.

O dinheiro foi periciado e será depositado em uma conta sob responsabilidade da Justiça Federal. A picape também será periciada. Ainda não se sabe se a mulher que possui o veículo em seu nome está envolvida, se o carro é de alguma locadora, ou mesmo se foi ela quem levou o carro até o estacionamento.

Entre as hipóteses para o mistério estão a de que o dinheiro esteja ligado à tentativa de evasão de divisas, lavagem de dinheiro ou tráfico de drogas.

segunda-feira, 3 de março de 2014

Blocos arrastam milhares de jovens às ruas da capital para curtir a folia


Estreantes e representantes da velha guarda reconhecem: pular carnaval na cidade não é programa sinônimo de tédio

Publicação: 03/03/2014 06:30 Atualização: 03/03/2014 14:12

Quem decidiu passar o feriado na capital ou não teve como viajar para curtir a festa em outra cidade não tem do que reclamar. Com muito bom humor, a nova geração de foliões candangos mostra que Brasília tem carnaval, e dos bons. No sábado, mais de 60 mil pessoas ocuparam a cidade e, até amanhã, outros milhares de brasilienses devem ir para as ruas.

Formado em 2011 por seis amigos publicitários, o novato bloco Babydoll de Nylon concentrou-se este ano, pela primeira vez, na praça do Cruzeiro. Segundo a Polícia Militar, cerca de 15 mil pessoas compareceram ao evento, amplamente divulgado nas redes sociais e que transcorreu sem nenhum incidente.

 “Eu tenho a impressão de que o número de participantes é o dobro do apresentado pela PM, porque tinha muita gente entre a praça e o Memorial JK e embaixo das tendas”, acredita Daniel Obregon, um dos fundadores da agremiação. No ano passado, o público foi de cerca de 5 mil foliões.
Fonte: Correio Web.

Baderna: PT tem medo de Lei Antiterror


Impasse pode atrasar Lei Antiterrorismo para Copa


Militantes do MST entram em confronto com policiais militares em frente ao Palácio do Planalto, em Brasília. Partidos de esquerda travam Lei Antiterrorismo com medo que baderneiros aliados sejam enquadrados (Pedro Ladeira/Folhapress)...

PT e outros partidos de esquerda resistem à proposta com medo que manifestantes que atuam em protestos – entre eles o MST – sejam enquadrados.

O Senado se prepara para votar um projeto de lei que tipifica o crime de terrorismo. A proposta preenche uma lacuna na legislação brasileira, especialmente quando o país se prepara para sediar as próximas edições da Copa do Mundo e das Olimpíadas. Mas o debate para levar adiante o texto, que impõe penas de até trinta anos de prisão para atos terroristas, acabou travado por resistência do PT e de outros partidos de esquerda. O motivo: o temor que a nova lei seja aplicada para punir vândalos e baderneiros que atuam em protestos e carregam bandeiras de movimentos sociais.

Na prática, o que os petistas pretendem é incluir na nova lei exceções que permitam um salvo conduto para grupos tradicionalmente promotores da baderna, como o Movimento dos Sem-Terra (MST). É uma das razões pelas quais o país ainda não tem uma lei antiterrorismo.

É fato que havia ambiguidades no texto que chegou ao plenário do Senado. A proposta foi formulada na comissão criada para regulamentar itens da Constituição Federal. O projeto, relatado pelo senador Romero Jucá (PMDB-RR), prevê penas rigorosas a autores de atentados. Um artigo em especial causou discussão: o 2º, que teria um alcance muito amplo. Ele prevê pena de quinze a trinta anos de prisão para quem "provocar ou infundir terror ou pânico generalizado mediante ofensa ou tentativa de ofensa à vida, à integridade física ou à saúde ou à privação da liberdade de pessoa".

O artigo 4º, cujo título é "Terrorismo contra coisa", tem teor semelhante e enquadra um tipo de ataque frequentemente adotado por manifestantes violentos: "Provocar ou infundir terror ou pânico generalizado mediante dano a bem ou serviço essencial".

Além de prever punições elevadas, a proposta endurece a progressão de pena, que só poderia ocorrer quando quatro quintos da sentença tiverem sido cumpridos. Ao contrário de outra proposta sobre o tema, que tramita no projeto do novo Código Penal, o texto relatado por Jucá não especifica que um ato precisa ser praticado por razões ideológicas, políticas, religiosas ou separatistas. Ou seja: ataques do crime organizado – como os perpetrados pelo PCC em São Paulo – também estariam sujeitos à pena rigorosa da lei antiterrorismo.

Alternativa – Após o impasse em plenário, o senador Eunício Oliveira (PMDB-CE) foi escolhido para apresentar uma proposta única, fundindo dois projetos diferentes em tramitação na Casa. Um deles é o de Jucá. O outro é o do Código Penal. Caberá a Eunício apresentar o chamado substitutivo. 

Ciente da queda de braço a respeito da possível punição a manifestantes, o senador do PMDB deve apresentar um texto mais conciso, inspirado nas resoluções internacionais sobre terrorismo, às quais o Brasil aderiu, e que têm como objetivo principal evitar as ações de organizações estrangeiras. A ideia dele é evitar ambiguidades e voltar o projeto ao combate a grupos terroristas "tradicionais". O peemedebista afirma que sua proposta não servirá, por exemplo, para tipificar os atos do MST. Segundo ele, mesmo quando age com violência, como em um protesto realizado em Brasília há duas semanas, o movimento não pode ser visto como terrorista. "O MST não praticou terrorismo. Praticou baderna aqui em Brasília e, no dia seguinte, foi recebido pela presidente da República", diz o senador.

Mas o PT não parece confiar na iniciativa de Eunício: a bancada do partido tenta fazer avançar outra proposta, apresentada  pelo senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE). "Tem que ficar absolutamente claro que terrorismo é aquilo que representa, de fato, uma ameaça ao Estado, e ao regime democrático que leve a uma risco de ruptura. Não podemos pegar as manifestações sociais e classificar como o terrorismo", diz o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE).

Eunício diz que os temores de que sua proposta se aplique a manifestantes são descabidos: "Isso é discurso. Eu fui líder estudantil e fui de movimentos de rua. Quando havia canhões apontando para a gente. Jamais eu me prestaria ao papel de interferir nisso".

O senador Pedro Taques (PDT-MT) também diz acreditar que o texto de Jucá precisa ser alterado para evitar interpretações dúbias: "Nós temos que entender que as manifestações representam um direito do cidadão. Não podemos confundir terrorismo com manifestação, nem vandalismo com terrorismo". 

Assim, a lei de terrorismo não servirá para punir nem os manifestantes pacíficos, nem os violentos. O governo deve enviar ao Congresso uma proposta específica para punir os Black Blocks e outros grupos de vândalos, e a comissão de segurança do Senado já discute proposições do mesmo teor. Uma delas, sugerida pela Secretaria de Segurança do Rio de Janeiro, trata de atos de vandalismo e de depredação durante protestos.

Legislação antiga – O único dispositivo atual que cita o terrorismo é a Lei de Segurança Nacional, criada ainda durante a ditadura e pouco utilizada pelas autoridades hoje em dia. No Brasil, durante a ditadura, a acusação de terrorismo era frequentemente utilizada contra militantes políticos que não pegavam em armas. Ainda hoje, é comum em países de viés autoritário, como Cuba, prenderem opositores sob essa acusação. Nos Estados Unidos, a atual legislação antiterrorista em vigor foi aprovada após os ataques de 11 de setembro. As normas não tratam apenas da punição aos criminosos que promovem atentados – e que podem ser condenados à morte –, mas também estabelecem métodos diferenciados de investigação. Alguns dos dispositivos do chamado Patriot Act são criticados por concederem ao Estado um poder desproporcional.

Independentemente dos excessos, o combate ao terror exige uma estrutura de Estado capaz de enfrentar o problema de forma eficaz – o que não deve ser tema da legislação do Brasil. Para Ricardo Caldas, professor da Universidade de Brasília (UnB) e doutor em Relações Internacionais, a criação de uma lei que aborde apenas a punição aos terroristas é insuficiente. "No Brasil, só se age depois que a porta está arrombada. Aqui, se tenta resolver só uma parte do problema e não o sistema como um todo", analisa ele.

O debate sobre o projeto expõe a complexidade do debate: leis genéricas demais podem ser aplicadas de forma distorcida. Leis muito específicas podem ser insuficientes para enfrentar o terrorismo internacional.

Enquanto o debate não avança, o relógio corre. A três meses e meio da Copa do Mundo, a nova proposta – seja ela qual for – ainda precisará tramitar pela Câmara dos Deputados antes de entrar em vigor. Caso o Congresso não chegue a um acordo, o Brasil sediará o maior torneio esportivo do mundo sem ter um instrumento legal para punir terroristas.
Fonte: GABRIEL CASTRO - Revista Veja - 02/03/2014 - - 22:52:33

Incêndio: Posto policial pega fogo


Incêndio acaba com Posto da Polícia Militar no Itapoã


Na madrugada desta segunda-feira (03) um posto da Polícia Militar no Itapoã pegou fogo. O incêndio ocorreu na Quadra 2, próximo à garagem da empresa Viva Brasília, por volta das 3h...

Segundo o Ciade do Corpo de Bombeiros não houve ferido, embora, segundo a corporação, exista a possibilidade do incêndio ser criminoso. A perícia está sendo feita desde ás 9h da manhã de hoje.
Fonte: AMANDA CARVALHO - Jornal de Brasília - 03/03/2014 - - 10:29:48

sábado, 1 de março de 2014

Reunião com Familiares do Zé Maria.


Na noite desta sexta-feira (28/02), o deputado Agaciel Maia, acompanhado de sua esposa Sanzia Maia, participaram de reunião com familiares e amigos do Sr. Zé Maria, ex-administrador da cidade do Varjão.

MPDF denuncia deputado Wellington Luiz por suposto desvio de R$ 105 mil


Dinheiro foi usado para custear viagem para a Holanda, diz MP.
Advogado do deputado diz que houve 'lamentável equívoco' em denúncia.
28/02/2014 20h27 - Atualizado em 28/02/2014 20h27.

O Ministério Público do Distrito Federal (MPDF) denunciou, nesta sexta-feira (28), o deputado distrital Wellington Luiz (PMDB) pelo suposto desvio de R$ 105 mil de emenda parlamentar. O dinheiro, segundo o MP, foi utilizado para para custear uma viagem para a Holanda. Além do parlamentar, foram denunciados a mulher dele e mais 12 pessoas.
Wellington Luiz, que foi secretário de Condomínios do DF entre fevereiro e agosto de 2012, negou, por meio do advogado dele, que tenha cometido irregularidade.
Segundo a denúncia, o deputado contratou, de forma irregular uma escola de futebol para prestar serviços de treinamento e capacitação de atletas do Varjão. O projeto previa uma viagem para participar de um campeonato na Holanda.
"Não houve e não há projeto básico, não foi definida a origem dos recursos, não houve parecer jurídico que embasasse a contratação, não houve pesquisa de preço para verificação da compatibilidade entre os valores contratados e a prática usual de mercado, não houve justificativa para realização do evento, não houve a formalização da celebração do contrato, não houve designação de executor nem a comprovação da execução dos serviços previamente, e não houve publicidade", diz trecho da denúncia.
Para o Ministério Público, a verba destinada ao projeto foi desviada para cobrir todas as despesas da viagem do parlamentar, da mulher dele e de mais oito pessoas que integraram a comitiva.
Procurado pelo G1, o advogado do deputado, Edson Smaniotto, afirmou que ainda não teve acesso ao teor da denúncia, mas que acredita que houve "precipitação" do Ministério Público. Ele disse que o deputado estava de férias e aproveitou o evento para incluir a Holanda em seu itinerário.
"O MP está imaginando que pelo deputado ter ido junto com as crianças nessa viagem os gastos teriam sido custeados pelo Poder Legislativo. Isso não é verdade porque cada um pagou a viagem do seu próprio bolso, inclusive compraram as passagens junto a uma companhia de viagem com seus cartões de crédito", afirmou. "A denúncia me parece que foi um lamentável equívoco do MP, que se apressou na denúncia."
A assessoria do deputado informou que o parlamentar estranhou o processo e que a emenda sob suspeita sequer foi liberada. Já o advogado de Wellington Luiz afirmou que o dinheiro foi utilizado pelo projeto, mas devolvido.
"O projeto não pôde ter continuidade porque o responsável pela escolinha faleceu poucos dias depois de voltar da Europa e não havia ninguém para sucedê-lo", conta. "Assim que o deputado tomou conhecimento, determinou que a escola restituísse todo o valor aos cofres públicos."
Mandato cassado
Em agosto de 2011, Wellington Luiz teve seu mandato cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral por captação e gasto ilícito de recursos financeiros em campanha eleitoral.
De acordo com a representação proposta à época pelo Ministério Público Eleitoral (MPE), ele teria gastado quase 25% da verba de campanha com combustível sem ter apresentado nenhum recibo de locação de veículo ou registro de doações na prestação de contas. No total, essas despesas chegaram a R$ 12 mil, equivalente a 20% do valor gasto na campanha do candidato.
O parlamentar recuperou o mandato em dezembro do mesmo ano quando o plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu por unanimidade pela manutenção do cargo.
Para o relator do caso no TSE, ministro Marcelo Ribeiro, a rejeição das contas de campanha não deveria, necessariamente, acarretar na perda do diploma do candidato. Ribeiro disse na época que para a incidência da cassação “é necessária a prova da proporcionalidade e relevância jurídica do ilícito praticado”.
O ministro ressaltou não desconsiderar o fato de que a omissão de recibos impossibilita o controle pela Justiça Eleitoral da arrecadação e gastos de recursos, o que determina a desaprovação das contas. “Entretanto, tal irregularidade, especialmente no caso, não deve gerar automaticamente a cassação do diploma, devendo ser consideradas as nuances do caso”, afirmou.

G1 DF.